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Votação sobre militarização nas escolas públicas do DF começa neste sábado

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Secretaria de Educação divulgou calendário. CED Condomínio Estância III, em Planaltina, será o primeiro a votar se aprova ou não modelo de gestão.

Alunos do CED 7 de Ceilândia hastearam a bandeira no primeiro dia de gestão compartilhada com a PM — Foto: Victor Gomes / G1DF

A partir deste sábado (10), pais e professores das seis escolas que estão na iminência de ter a gestão compartilhada com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Segurança Pública vão poder votar se aprovam ou não o modelo.

A Secretaria de Educação divulgou o calendário das assembleias e o CED Condomínio Estância III, em Planaltina, vai ser o primeiro a receber o pleito. A votação secreta, por meio de cédula, ocorrerá das 8h às 21h de sábado.

Uma comissão, formada por representantes da comunidade escolar, vai fazer a contagem dos votos e anunciará o resultado após a apuração.

De acordo com a pasta, caso a maioria dos votantes presentes (50% mais um voto) seja a favor do programa, ele deverá ser implementado nas semanas seguintes. A pasta, no entanto, não especificou o prazo.

As demais escolas selecionadas para a gestão compartilhada terão a votação em 17 de agosto (veja lista das instituições abaixo).

  • CEF 01 do Itapoã
  • CEF 19 de Taguatinga
  • CEF 407 de Samambaia
  • CED Gisno (Asa Norte)
  • CEF 01 do Núcleo Bandeirante.

Ao todo, as unidades reúnem 6,6 mil estudantes do ensino fundamental e médio.

CED 7 de Ceilândia iniciou o ano letivo com a gestão compartilhada com a PM — Foto: Victor Gomes / G1DF

Gestão compartilhada

Desde 11 de fevereiro, início do ano letivo de 2019, outras quatro escolas do DF iniciaram as aulas sob o modelo compartilhado:

  • Centro Educacional (CED) 1 da Estrutural
  • CED 308 do Recanto das Emas
  • CED 7 de Ceilândia
  • CED 3 de Sobradinho

Nesse regime, os estudantes são obrigados a adotar um padrão de corte de cabelo – curto para meninos e coque para meninas. Como uniforme, os alunos usam camisa branca e calça jeans. A previsão é de que o uniforme militar seja obrigatório, mas até o início de julho, as roupas ainda não tinham sido distribuídas.

Na prática, a Secretaria de Educação é responsável pela parte pedagógica dessas unidades, e a Polícia Militar e os bombeiros auxiliam em atividades burocráticas e de segurança, como controle de entrada e saída, horários e filas. Alguns militares também dão aula de ética e de cidadania no turno oposto.

Estudantes de escola pública do Distrito Federal — Foto: Mary Leal/Secretaria de Educação

Os alunos continuam sendo avaliados com base nas notas das disciplinas da grade curricular, mas o comportamento dentro das instituições também é levado em conta.

Para o governador Ibaneis Rocha (MDB), o balanço dos primeiros resultados das quatro escolas que já funcionam em regime compartilhado é positivo. “Os resultados são muito bons e mostram que devemos investir mais no projeto”, disse.

“Como aconteceu antes, a comunidade é quem vai decidir se as escolas terão a administração compartilhada. Nada será imposto, mas acredito que este é mais um passo na nossa busca pela excelência na educação.”

O custo para aplicação da proposta em cada escola é orçado em R$ 200 mil por ano. A despesa é custeada pela Secretaria de Segurança Pública.

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