Brasília
Variante britânica do coronavírus pode elevar risco de morte em 61%
Chamada de B.1.1.7, a cepa do vírus Sars-CoV-2 que surgiu no Reino Unido já está circulando no Brasil desde fevereiro
Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (15) aponta que o risco de morte em casos de infecção pela chamada “variante britânica” do novo coronavírus é até 61% maior do que em casos em casos em que a infecção ocorre por outra cepa da covid-19. Chamada de B.1.1.7, a cepa já está circulando no Brasil desde o fim de fevereiro.
A pesquisa foi publicada na revista científica Nature. Segundo os pesquisadores, o risco de morte em relação à mutação pode variar entre 42% e 82% de acordo com a idade e com o sexo da pessoa que for infectada. Homens com idades mais avançadas formam o grupo que corre mais risco de sucumbir aos efeitos letais do vírus.
O risco de morte para homens com mais de 85 anos aumenta de 17% para 25%, enquanto para mulheres nesta idade passa de 13% para 19%. Já para homens de 70 a 84 anos, o risco aumenta de 4,7% para 7,2%, enquanto para as mulheres na mesma faixa etária a probabilidade aumenta de 2,9% para 4,4%.
Para grupos mais jovens, em que os pacientes ainda não completaram 70 anos, o risco de morte do coronavírus continuou sendo menor do que 1%, assim como nas demais cepas. Os testes, no entanto, não levam em consideração a pré-existência de doenças que podem comprometer o sistema imunológico dos pacientes – como problemas pulmonares, por exemplo.