Brasília

Servidores do Itamaraty reagem à contratação de não diplomatas

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Governo prepara decreto que vai flexibilizar nomeação de auxiliares diretos de Ernesto Araújo, como revelou Radar

Servidores do Itamaraty argumentam que contratação de gente fora do quadro é risco à política externa// Foto/Creative Commons

O Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) reagiu com críticas à iniciativa do governo em liberar a contratação de não diplomatas como assessores especiais do ministro Ernesto Araújo.

“A admissão no Ministério das Relações Exteriores (MRE) de pessoas alheias às carreiras do Serviço Exterior Brasileiro (SEB) representaria atentado à própria política externa nacional, tradicionalmente formulada por quadros formados, treinados e qualificados nas melhores práticas de defesa dos interesses nacionais, em consonância com o papel do Brasil na comunidade internacional”, diz a nota do Sinditamaraty.

O sindicato criticou até mesmo a possibilidade de que o primeiro contratado seja o  executivo americano Gerald Brant, diretor de empresa nos EUA e muito próximo de Steve Bannon. Para os servidores, essa nomeação, caso se concretize, torna vulnerável a política exterior do Brasil.

“É falaciosa a alegação de que tal nomeação poderia ser útil ao ministério ao trazer pessoas de perfil técnico: nossos quadros têm amplo conhecimento técnico nas mais diversas áreas e, além disso, contam sempre, nas negociações de escopo internacional, com profissionais igualmente experientes de outras instâncias do serviço público”.

O sindicato foi criado 2009 e representa todos os servidores do quadro permanente do Itamaraty, integrado pelas carreiras de assistente de chancelaria, diplomata, oficial de chancelaria.

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