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Sem roupa de gari, Doria muda estilo e busca se mostrar fiel ao PSDB

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Autointitulado “gestor” assumiu o papel de político que agora tenta se mostrar fiel a acordos e protagonista em seu partido

Doria: primeiro mês de governo mostra uma nova face do empresário que há dois anos virou prefeito da capital (Adriano Machado/Reuters)

São Paulo – Sem roupa de gari ou bota de carpinteiro. O figurino do governador João Doria (PSDB-SP) inclui agora terno e gravata, seja em agendas externas ou em compromissos no Palácio dos Bandeirantes. Menos marketing e mais despachos internos. O autointitulado “gestor” assumiu o papel de político que agora tenta se mostrar fiel a acordos e protagonista em seu partido.

No seu segundo cargo público, Doria mudou não só o estilo, mas também a estratégia. Abandonou a postura mais agressiva que marcou o período eleitoral até seu discurso de posse, carregado de críticas à “velha política”. Agora adotou um tom conciliador, pregando respeito à história do partido que governa o estado há 24 anos.

No mês passado, Doria recebeu para almoços o ex-governador Geraldo Alckmin, presidente nacional da sigla, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No cardápio, o projeto de eleger o ex-deputado federal Bruno Araújo (PE) sucessor de Alckmin na eleição de maio e levar o partido a uma guinada à direita, ou “sintonizá-lo com os anseios da população”, como tem dito.

Obter consenso para a escolha de Araújo foi ainda tema de conversas com o ex-senador Aloysio Nunes, que ganhou cargo no governo, e outros tucanos que visitaram Doria em São Paulo: Eduardo Leite e Yeda Crusius, atual e ex-governadora do Rio Grande do Sul. Nos próximos dias, o encontro será com Tasso Jereissati (CE), que estuda se lançar candidato ao comando da legenda tucana.

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