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Radialista do DF é vítima de feminicídio; companheiro confessou crime e está solto
Segundo Polícia Militar, Vinícius Fernando da Silva Camargo se apresentou na delegacia e afirmou que enforcou esposa, Evelyne Ogawa, de 38 anos. ‘Está sendo um choque’, conta amiga.
Radialista na Rádio Federal, Evelyne Ogawa, de 38 anos, foi morta pelo companheiro, Vinícius Camargo, de 31 anos. O caso ocorreu no condomínio onde ela morava, em Samambaia, no Distrito Federal, na noite de sexta-feira (26). No dia seguinte, o próprio autor do crime se apresentou voluntariamente na 24ª Delegacia de Polícia, localizada na região, para confessar o assassinato.
Segundo a Polícia Civil, “como o autor foi quem levou a comunicação do fato à Polícia, e acompanhado de seu advogado, conforme prevê a legislação, ele foi liberado. Logo, não encontra-se detido”. Após a conclusão do inquérito, ele deve responder por feminicídio.
Uma amiga da vítima afirmou ao G1 que Evelyne sempre foi muito discreta sobre o relacionamento e que o crime “está sendo um choque”. “É difícil acreditar”, disse Renata Santos (saiba mais abaixo).
De acordo com a Polícia Militar, Vinícius foi até a delegacia “informando que havia matado a esposa por enforcamento” e o óbito foi confirmado pela equipe.
Conforme o relato de Vinícius na 24ªDP, o crime teria ocorrido entre 21h e 23h de sexta-feira. Ele informou o caso cerca de 12 horas depois. A Polícia Civil não divulgou detalhes do depoimento. O caso segue em apuração.
Ela não era mais a mesma’
Amiga da vitima, Renata Santos conta que conheceu Evelyne ainda antes do início do relacionamento com Vinícius. “Depois do relacionamento ela se afastou um pouco. Ela não era mais a mesma Evelyne que a gente conhecia”, conta.
Segundo a amiga, a radialista não costumava dar detalhes do relacionamento. A vítima compartilhou que chegou a ficar grávida de Vinícius, mas perdeu a criança há cerca de quatro meses. “Ela estava sofrendo depressão. Pedia que a gente orasse por ela, e era o que eu fazia”, conta.
Evelyne deixa um filho de sete anos, que teve em outro relacionamento. Para Renata, uma das memórias que fica da amiga é de uma “mãe dedicada”.
“Ela valorizava muito a família. Era uma mulher guerreira, de uma energia boa. Plantava o amor, é isso que fica para nós”, destaca.