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‘Não pensei duas vezes’, diz policial aposentado que atirou em pit bull para salvar pedestres no DF
Caso ocorreu na manhã de sábado (9). Vítimas foram socorridas pelos bombeiros e hospitalizadas.
Dois dias após o ataque de um pit bull deixar dois homens feridos na Vila Planalto, no Distrito Federal, o policial civil aposentado que matou o animal conta como se sentiu. O homem deu dois tiros no animal para pôr um fim à agressão.
“Quando vi essa cena, eu não pensei duas vezes. Fui ao meu veículo, peguei minha arma, e saí em disparada para o local, que ficava a cerca de 250 metros. Efetuei dois disparos para o alto, mas o cachorro não se assustou. Fui obrigado a alvejá-lo”, disse à reportagem o policial Carlos Alberto Brandão de Andrade, 55 anos.
O caso ocorreu na manhã de sábado (9) e foi registrado por câmeras de segurança (veja vídeo acima). As vítimas são José Rinaldo Barbosa, de 45 anos, e Washington Bruno Mota, de 38 anos. Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e, até a última atualização desta reportagem, estavam hospitalizados.
O pit bull havia fugido da casa do tutor, próximo ao local do ataque. O dono do animal, de 27 anos, também foi levado para a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. Segundo a Polícia Civil, ele vai responder por lesão corporal culposa e omissão de cautela na guarda ou condução de animais.
‘Tratado como bandido’
O policial que atirou no animal disse que visitava a casa de um amigo quando viu a situação. Após a confusão, ele foi levado para a delegacia para prestar esclarecimento e liberado.
O homem afirma que foi desrespeitado pelos policiais militares que atuaram na ocorrência. “Quando a PM chegou, a situação estava toda sob controle. O cão já estava abatido, as vítimas já tinham sido socorridas pelos bombeiros. A Polícia Militar não fez nada além de atrapalhar”.
“Fui conduzido para a delegacia como um bandido. Mesmo tendo acabado de salvar a vida de uma pessoa, acabei me sentindo como um bandido pela conduta da Polícia Militar. “
Acionada pela reportagem, a PM disse que levou o policial para a 5ª DP porque ele não apresentou a identidade funcional e deu às costas para a equipe dos militares, o que foi considerado desobediência. A arma de fogo do policial aposentado foi apreendida, porque estava com documentação irregular.