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Motorista sem habilitação suspeito de matar mulher e bebê atropelados se apresenta à polícia em Sete Lagoas

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Marcos Winícius Silva Gomes, de 18 anos, compareceu à Delegacia da Polícia Civil na cidade, com um advogado. Segundo a Polícia Civil, ele foi ouvido e liberado, porque o tempo de flagrante já havia passado. Vítimas estavam na calçada, na porta de casa, na tarde da última quinta-feira (18), quando foram atropeladas.

Motorista sem habitação atropela e mata bebê e mulher, em Sete Lagoas — Foto: Reprodução

O motorista que atropelou e matou um bebê de cinco meses a a babá dele, de 41 anos, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, na última quinta-feira (18), se apresentou à Polícia Civil, na noite deste domingo (21).

Marcos Winícius Silva Gomes, de 18 anos, compareceu à Delegacia da Polícia Civil na cidade, com um advogado. Segundo a Polícia Civil, ele foi ouvido e liberado, porque o tempo de flagrante já havia passado.

De acordo com o delegado Thiago Pacheco, Marcos compareceu à delegacia de forma espontânea e confessou que estava dirigindo o veículo. Falou que não estava embriagado e nem em alta velocidade. Afirmou que não conseguiu fazer a curva.

Ainda segundo o delegado, até o momento, a investigação mostra o contrário do que foi dito. Ele estaria em alta velocidade e com sinais de embriaguez.

“A apresentação dele não trava as medidas cautelares que forem necessárias para condução do caso. Ainda é preciso ouvir três pessoas que estavam no carro. A Polícia Civil vai dar resposta à família e à população de Sete Lagoas. Usaremos inclusive a Polícia Judiciária para as medidas necessárias”.

Brayan Henrique da Silva e Adriana Aparecida Pereira estavam na calçada quando foram atingidos pelo carro desgovernado. De acordo com a polícia, cinco pessoas estavam no veículo. Eles faziam uma festa em uma casa vizinha e tinham saído para buscar bebidas.

“Depois do acidente todos os ocupantes do carro fugiram. O dono do veículo procurou a polícia e foi preso por repassar a direção a uma pessoa sem carteira de habilitação” disse o tenente da Polícia Militar, Ricardo Araújo.

O motorista, que não tinha carteira de habilitação, não conseguiu fazer a curva e invadiu o terreno. Os corpos do bebê e da mulher foram enterrados na última sexta-feira (19).

Parentes e amigos prestaram homenagens e Brayan e Adriana, que morreram atropelados em Sete Lagoas. Enterro foi no Cemitério Parque Boa Vista. — Foto: Fabiana Almeida / TV Globo

Um cortejo com balões e buzinas pediu justiça pela morte de Adriana e Brayan. — Foto: Fabiana Almeida / TV Globo

Antes do sepultamento, a mãe de Brayan, Tatila Cristiane da Silva, falou sobre o crime . Com voz embargada, ela mal conseguia se expressar, mas registrou sua tristeza:

“A minha dor está… está muito dolorosa. Não posso acreditar que meu filho… O que ele fez com meu filho não vai ter volta, não vai ter nada… Quero justiça”.

A irmã de Adriana Pereira ficou com o braço quebrado e a criança chegou sem vida ao hospital.

“Foi a pior cena da minha vida, ver minha mãe debaixo do carro e não poder fazer nada”, lamentou o filho da Adriana, Marlon da Cruz

Revoltados, os vizinhos foram até a casa onde ocorria a festa, jogaram pedras e atearam fogo. O imóvel foi todo destruído. Segundo a PM, a casa é da mãe do motorista.

Os parentes da criança se mobilizaram depois do acidente e pediram justiça. A mãe, que estava trabalhando como cozinheira, passou o tempo todo amparada pelos familiares.

“O Brayan era um bebê que trouxe muita alegria pra nossa casa e ver ele partindo assim, dói demais”, desabafou o padrinho, Régis Aguiar.

Preso e liberado

Carro invadiu terreno e matou duas pessoas em Sete Lagoas — Foto: Polícia Militar/Divulgação

A Polícia Civil disse que o dono do veículo, Raike Petterson de Freitas Lopes, de 27 anos, foi autuado em flagrante por “homicídio culposo na direção de veículo automotor“. As penas são “detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor”.

Segundo a polícia, após ser ouvido, Lopes foi liberado com pagamento de fiança de R$ 4.400. A investigação segue em andamento.

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