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Mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave crescem 1.611% no DF durante pandemia do coronavírus

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Óbitos passaram de 26 no ano passado para 445 em 2020; números incluem mortes por Covid-19. Casos cresceram 127%.

Testagens de amostras para vírus respiratórios pela Secretaria de Saúde do DF — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

As mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceram 1.611% no Distrito Federal durante a pandemia do novo coronavírus. Até 8 de junho de 2019, 26 casos haviam sido registrados. Já neste ano, até 6 de junho, o total chegava a 445.

A SRAG é um diagnóstico clínico que reúne sintomas graves de infecções virais – incluindo febre, dor de garganta e falta de ar. Por isso, entram nas estatísticas pacientes que morreram ou tiveram que ser hospitalizados devido a infecções por vírus, como o da gripe ou pela Covid-19.

O número de casos da síndrome também cresceu na capital: passou de 1.266 no ano passado para 2.886 neste ano, aumento de 127%. O G1 questionou a Secretaria de Saúde sobre o que explicaria a alta nos casos e aguardava um posicionamento até a publicação desta reportagem.

No portal oficial, o governo informa que até esta terça-feira (16) foram realizados 14.970 testes do tipo PCR – que têm o objetivo de identificar o vírus no período em que está no organismo – e 5.840 testes rápidos, que verificam a resposta do sistema imunológico ao vírus.

Diagnóstico

As 445 mortes na capital até 6 de junho foram registradas com as seguintes causas:

  • SRAG não especificada: 210 mortes
  • SARS-CoV-2 (Coronavírus): 191 mortes
  • Em investigação: 22 mortes
  • Outros vírus respiratórios: 12 mortes
  • Outros agentes causadores de doenças: 7
  • Influenza: 3 mortes

As mortes por SRAG não especificada são aquelas em que a vítima faleceu devido a uma infecção respiratória, mas não houve diagnóstico sobre o vírus que causou o problema. Desse total, 205 deram negativo para o coronavírus. Outras cinco não tiveram material colhido para exame.

De acordo com o boletim, a maioria das 206 vítimas (56%) que tiveram as mortes confirmadas por Covid-19, Influenza ou outros vírus respiratórios era homem e tinha mais de 80 anos. Veja casos por faixa etária abaixo:

Perfil epidemiológico dos Óbitos positivos para vírus respiratórios no DF — Foto: SES-DF/Reprodução

Casos

Das 2.886 notificações de SRAG neste ano, 1.066 não tiveram o vírus especificado, o que representa 42% dos registros. Já entre com infecção diagnosticada, os vírus mais frequentes são:

  • SARS-CoV-2 (Coronavírus): 854
  • Em investigação: 339
  • Outros vírus respiratórios: 237
  • SRAG por influenza: 36
  • Outros agentes etiológicos: 18

Há ainda os casos em que não houve amostra coletada para análise. Neste ano, foram 119 registros, ou seja 11% do total dos casos sem especificação.

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