A Microsoft afirmou que há um interesse das duas empresas em uma proposta que envolva a compra do software nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Além disso, não é descartado um convite a outros investidores para participarem de forma minoritária no negócio.
Dentre as medidas previstas estão a adição de proteções de segurança e privacidade no modelo operacional do serviço.
“A Microsoft garantiria que todos os dados privados dos usuários americanos do TikTok sejam transferidos e permaneçam nos Estados Unidos. Na medida em que esses dados estejam atualmente armazenados ou em backup fora dos EUA, a Microsoft garantirá que esses dados sejam excluídos dos servidores fora do país após a transferência”, disse a companhia.
O comunicado reforça, entretanto, que as discussões ainda são preliminares e não há nenhuma garantia de que a transação evolua.
Hostilidade de Trump
O anuncio vem no mesmo dia que o presidente Donald Trump anunciou que passará à ação “nos próximos dias” contra o aplicativo.
“O presidente Donald Trump disse ‘chega’ (…) e, então, tomará medidas nos próximos dias em resposta aos diversos perigos para a segurança nacional que representam os programas informáticos ligados ao Partido Comunista Chinês”, afirmou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
Mais cedo, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, havia alertado, em entrevista à emissora ABC, que o TikTok devia ser vendido ou bloqueado nos Estados Unidos, devido às inquietações que gera sobre a segurança nacional.
Após semanas de ameaças e pressões, o governo republicano eleva o tom contra a rede social internacional de propriedade do grupo chinês ByteDance.
Em um contexto de tensões políticas e comerciais com a China, Washington afirma que o TikTok pode ser usado pela Inteligência chinesa com fins de espionagem, acusações que a empresa sempre negou, assim como nega ter compartilhado dados com Pequim.
“Não vamos a parte alguma”, reagiu Vanessa Pappas, encarregada do braço americano do TikTok, em um vídeo publicado na rede social no sábado, assegurando que o aplicativo permanecerá no país.
Pappas prometeu criar 10.000 empregos nos Estados Unidos em três anos e acrescentou que a empresa está trabalhando para construir um aplicativo “mais seguro”.