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Greve no Metrô-DF completa dois meses; empresa estima prejuízo de R$ 6,8 milhões

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Justiça prorrogou acordo coletivo. Em horários de pico, 18 dos 24 trens estão em funcionamento; veja detalhes.

A greve de servidores do Metrô do Distrito Federal completa dois meses nesta segunda-feira (1º) e, até o momento, não tem previsão para chegar ao fim. Até a última atualização, o julgamento do dissídio ainda não tinha data marcada para ocorrer.

Enquanto trabalhadores e empresa não chegam a um acordo, as perdas se acumulam. De acordo com a Companhia do Metropolitano, que administra o serviço, o prejuízo causado pela paralisação entre 2 de maio e 27 de junho já chegava a R$ 6,8 milhões. No mês passado, as perdas acumuladas eram de R$ 3,8 milhões.

Desde o início da greve, o serviço funciona em horário reduzido, com 18 dos 24 trens circulando em horário de pico. Com a oferta menor de vagões, o metrô diz que transportou 1,5 milhão de usuários a menos do que o esperado para os dois meses.

Com a greve, as estações ficam abertas de segunda a sábado das 5h30 às 23h30 e, no domingo, de 7h às 19h. Apenas 30% dos trens circulam na maior parte do dia. Em horários de pico, o quantitativo sobe para 75%.

Confira os horários considerados de pico:

  • Segunda a sexta, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30: 18 trens
  • Sábado: das 6h às 9h45 e das 17h às 19h15: quatro ou cinco trens
  • Domingo: das 7h às 19h: três trens

Benefícios garantidos

Sem prazo para o impasse chegar ao fim, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) determinou que o Metrô-DF mantenha o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com os servidores.

A decisão, divulgada nesse sábado (29), atende a uma solicitação do Sindicato dos Metroviários (SindMetrô). No documento, o desembargador do Trabalho Brasilino Santos Ramos determinou que benefícios garantidos pelo acordo – como auxílio alimentação e plano de saúde – sejam mantidos até o julgamento do dissídio.

“Também pontuo que estão em jogo temas sensíveis e relevantes para os trabalhadores, os quais historicamente a ele assegurados.”

Além disso, a decisão prevê que a empresa pague multa diária de R$ 5 mil por funcionário prejudicado, em caso de descumprimento. O Metrô disse que não foi notificado da decisão.

Na última quarta-feira (26), a Justiça determinou que o Metrô deixasse de descontar os dias parados dos trabalhadores e que devolvesse os valores “comprovadamente descontados por este motivo”.

Segundo o sindicato, a empresa efetuou os abatimentos, “inclusive de empregados que não aderiram ao movimento”.

Reivindicações

Os servidores do Metrô-DF reivindicam o cumprimento de sentenças judiciais que determinam reajuste dos salários no mesmo índice que a inflação. Eles pedem ainda a manutenção do acordo coletivo firmado em 2017.

Além disso, o sindicato quer um acordo para que a jornada de trabalho dos pilotos mude oficialmente de 8 horas para 6 horas diárias.

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