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Fogueira acesa por adolescentes causa incêndio na Floresta Nacional de Brasília

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Levantamento preliminar do Corpo de Bombeiros aponta destruição em área equivalente a oito campos de futebol. Fogo se alastrou devido à baixa umidade e ventos fortes, dizem brigadistas.

Fogueira acesa por adolescentes causam incêndio na Floresta Nacional de Brasília — Foto: Arquivo pessoal

Um incêndio queimou uma área equivalente a oito campos de futebol na Floresta Nacional de Brasília (Flona), na noite desta quinta-feira (30), de acordo com estimativa do Corpo de Bombeiros. A suspeita é de que as chamas começaram a partir de uma fogueira acesa por adolescentes.

De acordo com equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o local, o fogo começou por volta das 18h30. Brigadistas identificaram que os jovens iniciaram o fogo, que se alastrou devido à baixa umidade e aos ventos fortes.

A Flona está fechada para o público desde 18 de março, devido à pandemia de coronavírus. Funcionários que trabalham na estrada principal informaram  que os jovens podem ter acessado o local irregularmente, pulando cercas. Após serem flagrados, fugiram e não chegaram a ser identificados.

De acordo com a Polícia Civil, não houve registro de ocorrência sobre o caso. O  ICMBio foi questionado sobre quais medidas serão tomadas para responsabilizar os autores, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Fogueira acesa por adolescentes causam incêndio na Floresta Nacional de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

O incêndio ocorreu no mesmo dia em que avança o projeto do governo federal de privatizar a administração da Flona e do Parque Nacional de Brasília. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, visitou o local nesta quinta-feira (saiba mais abaixo).

O incêndio

Fogueira acesa por adolescentes causam incêndio na Floresta Nacional de Brasília — Foto: TV Globo/Reproduçã

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada pelos brigadistas que trabalham na Flona, que tentavam apagar o fogo, sem sucesso.

Na estrada à caminho da Flona, na BR-070, na altura de Taguatinga, um jabuti fugia do incêndio, às margens da pista. Os bombeiros salvaram outros três animais da espécie, levados para área segura, sem chamas.

De acordo com o capitão Antônio Pedro Bastos, do Corpo de Bombeiros, nesse tipo de incêndio, o fogo fica “extremamente alto”. “A gente vai cercando o fogo, impedindo a propagação, usando alguns métodos como aceiro negro e contra fogo, para, assim, extinguir as chamas”, disse.

Fogueira acesa por adolescentes causam incêndio na Floresta Nacional de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

O militar alerta que os incêndios florestais “estão começando agora” e as fogueiras não devem ser acesas em áreas de mata.

“Temos que lembrar que essas brasas podem voar durante alguns metros ou quilômetros e podem provocar incêndio em outras localidades. O fogo realmente destrói tudo, Tanto espécies de animais, de vegetais e insetos. Então, passando o fogo , temos o empobrecimento total da área”.

Concessão da área

O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, afirmou nesta quinta-feira (30) que a Flona será concedida à iniciativa privada junto com o Parque Nacional. Salles explicou que o ministério trabalha para que a concessão seja realizada ainda neste ano.

“A ideia agora é também agregar à concessão do Parque Nacional a Flona, que é contígua, vizinha ao parque, aumentando ainda mais as possibilidades diárias de lazer, de investimentos, de atrativos para essa região, já que é superbonita”, disse o ministro.

Com isso, o Parque Nacional de Brasília e a Flona passarão a ser administrados por entidades privadas. Atualmente, as unidades de conservação estão sob responsabilidade do ICMBio, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Segundo o ministro, a iniciativa privada tem mais agilidade para administrar os parques e mais recursos para investir. Conforme Salles, a pasta trabalha para conceder os parques nacionais pelo período de 15 anos.

Além do Parque Nacional de Brasília, o ministro disse que a pasta trabalha para conceder à iniciativa privada outros parques nacionais do país como os dos Lençóis Maranhenses, no Maranhão; Jericoacoara, no Ceará; e Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.

“São as unidades que nós entendemos que tem grande potencial de turismo e ‘subutilizadas’, ‘subvisitadas’. A gente entende que essa é uma grande oportunidade para os brasileiros”, afirmou Salles.

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