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Estudante do DF vai representar Brasil em Comissão da Juventude do Brics, na Rússia

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Juliana de Almeida Martinelli, de 28 anos, viaja em setembro para participar de evento sobre empreendedorismo. Ela é única brasiliense em grupo de outros cinco brasileiros.

Estudante do DF, Juliana de Almeida Martinelli, vai representar Brasil em Comissão da Juventude do Brics, na Rússia — Foto: UniCeub/Divulgação

A estudante de engenharia elétrica Juliana de Almeida Martinelli, de 28 anos, vai representar o Brasil na Comissão da Juventude do Brics – bloco econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A jovem viaja para a Rússia no dia 20 de setembro, onde participará de um evento voltado para o empreendedorismo.

Juliana, que é aluna do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), conta que foi selecionada junto com outros cinco brasileiros, sendo a única brasiliense e mulher empreendedora do grupo.

“Trabalho há alguns anos com inovação em cidades inteligentes, e ser escolhida para representar o Brasil é uma honra, mostra que estou no caminho certo.”

O programa internacional do Brics tem o objetivo de promover o empreendedorismo entre os jovens por meio de aulas, seminários e reuniões.

Projeto de impressão 3D em concreto

Impressora 3D de concreto da estudante do DF, Juliana Martinelli — Foto: UniCeub/Divulgação

Na Rússia, ainda no evento, a estudante vai apresentar um projeto de impressões 3D em concreto, chamado de “InovaHouse3D”. Segundo Juliana, o equipamento foi criado para “facilitar a montagens de casas com preços mais acessíveis”.

A jovem contou que a ideia surgiu em 2014 quando leu uma notícia sobre a impressão de casas em 3D na China, para ajudar os locais em situações de emergência. “Na época saiu uma matéria sobre a empresa chinesa que viralizou, ela conseguiu imprimir 10 abrigos emergenciais em um dia.”

Em 2015, a jovem empreendedora colocou em prática o projeto ao lado de colegas de faculdade e decidiu inscrever a iniciativa em uma competição de startups no DF.

“Acabamos ficando em terceiro lugar e resolvemos desenvolver a tecnologia para solucionar problemas de habitação no Brasil”, disse a jovem.

Estudante de engenharia do DF, Juliana Martinelli, trabalhando na máquina 3D em concreto — Foto: UniCeub/Divulgação

Jovem promissora

Em 2019, a estudante foi reconhecida pela revista Forbes como uma das jovens mais promissoras do Brasil. “Nosso maior marco na época foi a construção da primeira impressora 3D de concreto da América Latina”, afirma Juliana.

“Mas hoje meu maior foco é em colocar a tecnologia de impressão 3D de concreto no mercado brasileiro, principalmente para a habitação social.”

Para a estudante, o evento pode ser uma oportunidade para dar mais visibilidade à sua carreira. “Um evento desse porte expande as possibilidades de encontrar um investidor para o InovaHouse3D”, disse.

Juliana não é a única brasiliense que está representando o Brasil fora do país. A estudante de direito e ciências sociais, Paloma Costa Oliveira, de 28 anos, foi nomeada para participar do Grupo Consultivo da Juventude sobre Mudança Climática da ONU.

A jovem irá aconselhar o secretário-geral António Guterres sobre o clima pós pandemia do novo coronavírus. Em 2019, Paloma participou e discursou na Cúpula do Clima da ONU em Nova York, nos Estados Unidos, ao lado da ativista sueca Greta Thunberg.

A estudante contou que quando recebeu o convite se sentiu honrada, orgulhosa e também com uma dose extra de responsabilidade. “Eu senti muito o peso da responsabilidade que essa oportunidade acarreta”, afirma.

“Tenho o dever e a obrigação de levar as vozes da juventude e também de abrir espaço para outras próximas juventudes.”

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