Para saber se isso era possível, os pesquisadores colocaram amostras da bactéria Deinococcus radiodurans (a mais resistente conhecida segundo o Guinness Book) no espaço e as deixaram por lá por três anos, sendo expostas a fortes raios ultravioletas, em temperaturas que flutuavam entre 29 graus e -42 graus Celsius negativos. Algumas das bactérias conseguiram até se multiplicar durante a viagem de volta à Terra.
A ideia dos cientistas era confirmar a hipótese de Panspermia, que consiste na ideia de uma transferência de vida interplanetária.
“Eu sabia que a bactéria sobreviveria, após vários estudos de laboratório, mas quando voltou com vida, me senti aliviado”, disse o autor do estudo, Akihiko Yamagishi, professor emérito da Universidade de Farmácia e Ciências da Vida de Tóquio, à agência de notícias AFP. “Todo mundo acredita que a origem da vida se encontra na Terra, mas novas descobertas indicam que a vida também pode ter começado em outros planetas”, acrescentou o professor.