Economia

Dólar vira com preocupação fiscal e volta a ficar acima de R$ 5,60

Publicado

em

Mercado teme que auxílio emergencial seja estendido até o ano que vem, o que elevaria os gastos do governo

Dólar: temores fiscais voltam a pressionar mercado de câmbio (halduns/Getty Images)

O dólar virou para alta, nesta quarta-feira, 7, com a possibilidade de o governo estender o auxílio emergencial até junho aumentando os temores fiscais. A informação de que o governo estuda a medida foi noticiada pela Veja. Segundo a publicação, a extensão do auxílio poderia provocar gastos adicionais de 100 bilhões de reais.

A notícia, porém, foi negada pelo ministro Paulo Guedes, que afirmou que o auxílio acabará em dezembro, o que ajudou a arrefecer a valorização do dólar. Às 13h27, o dólar comercial subia 0,37% e era negociado a 5,613 reais na venda.

No exterior, o cenário segue positivo, com os investidores minimizando os efeitos das últimas declarações do presidente Donald Trump sobre o fim das negociações sobre o pacote de estímulo trilionário. Na véspera, a interrupção das conversas sobre estímulos, anunciada por meio do Twitter de Trump, provocou forte aversão ao risco nos mercados globais, com o dólar se valorizando no mundo inteiro.

“No primeiro momento, o mercado reagiu mal, mas o estímulo é só uma questão de tempo para sair. O próprio [candidato à presidência democrata] Joe Biden deve fazer um pacote ainda maior, de 3,4 trilhões de dólares, se ele ganhar. Por isso o mercado está mais tranquilo”, afirma Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.”

Horas após ter posto um ponto final nas negociações, o próprio Trump afirmou que aprovaria uma apoiaria uma proposta fragmentada de estímulo direto de 1.200 dólares. Mas, segundo a Associated Press, a democrata e presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, não estaria disposta a aceitar apenas uma parte do pacote.

 

 

&

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, vem afirmando repetidamente que novos incentivos são fundamentais para que a economia consiga se recuperar de maneira sólida. Nesta quarta, outros membros do Fed, como Neel Kashkari e Charles Evans devem reforçar o discurso. Também está prevista a divulgação da ata do Fomc, que deve trazer mais detalhes sobre a última decisão de taxa de juros nos Estados Unidos, que foi mantida no intervalo entre 0% e 0,25%.

Com o clima mais ameno nos mercados, o dólar se desvaloriza contra as principais moedas emergentes do mundo e perante seus pares desenvolvidos, como o euro e a libra esterlina.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trending

Sair da versão mobile