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Covid-19: Bolsonaro volta a falar em vacinação não obrigatória

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Fala contraria decisão do STF que, em dezembro do ano passado, definiu que imunização será obrigatória, mas não forçada. Presidente disse, ainda, que vacina “está a caminho”

(crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar nesta segunda-feira (4/1) que a vacinação contra covid-19 não será obrigatória, apesar de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros da Corte decidiram que o ato será obrigatório, mas não forçado – o que significa que os cidadãos que se recusarem a receber as doses poderão sofrer sanções administrativas impostas pelos governos.

Bolsonaro falou, ainda, sobre tratamento precoce e afirmou que a vacina contra a covid-19 “está a caminho”. “O tratamento precoce salva vidas. A vacina emergencial (depois de certificada pela Anvisa), e não obrigatória, está a caminho”, escreveu.

 

Junto com a mensagem, o presidente publicou o vídeo de uma entrevista do pediatra e toxicologista Anthony Wong, no qual o médico defende o uso de medicamentos contra a covid-19 que não têm eficácia comprovada contra a covid-19, como cloroquina e ivermectina. “Poderia citar pelo menos uns 15 remédios que estão sendo usados, alguns com maior sucesso, outros com menos”, afirmou, pontuando a eficácia da hidroxicloroquina.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já informou que a hidroxicloroquina e a cloroquina são produtos licenciados para outras doenças, mas não há evidência científica até o momento de que são eficazes e seguros no tratamento da covid-19. No caso da ivermectina, o órgão se posiciona “fortemente contra o uso de ivermectina para quaisquer outros propósitos diferentes daqueles para os quais seu uso está devidamente autorizado”.

No caso da decisão do STF, o presidente já a criticou, dizendo que o entendimento dos ministros pode se tornar inócuo. No entendimento do presidente, isso se dá porque não haverá vacinas disponíveis para toda a população do país neste ano e uma pessoa pode querer ser imunizada, mas não terá a vacina. “É uma irresponsabilidade tratar uma questão que trata de vidas, para salvar ou para ter efeito colateral, tratar com açodamento, com correria. Uma irresponsabilidade”, afirmou.

 

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