Em alguns prédios em São Paulo, o uso de máscaras se tornou obrigatório. Em 2 de julho, a Secretária de Saúde do Estado de São Paulo confirmou que condomínios residenciais e comerciais poderão ser multados se moradores ou funcionários não utilizarem máscaras de proteção. A multa só será aplicada em casos de denúncia.
Seria o caso de um superespalhador?
Essas pessoas de contágio mais alto têm nome e definição. São os superspreaders (“superespalhadores” na tradução livre). Por fatores genéticos não identificados, se tornam mais contagiosas do que as outras e dessa forma podem contaminar um número maior de indivíduos.
Para entender o conceito é bastante simples: basta pensar em uma carona hipotética, na qual o motorista está infectado, mas não sabe ou tem sintomas muito leves, e outras quatro pessoas estão no carro com ele. Em um passeio rápido, todos ficam doentes também.
Esse superspreader, então, vai à festa de um colega de trabalho e, entre uma cerveja e outra, contamina mais dez pessoas. Entre essas 14 contaminadas, alguma outra pode ter o mesmo alto poder de espalhamento da doença. Aí essa outra pessoa pega um metrô cheio em São Paulo e, sem máscara, consegue contaminar todo mundo que está no mesmo vagão.
De tal forma, todos ficam infectados em uma reação em cadeia. É como quando você derruba uma fileira de peça de dominós.