Brasília
Centro de Referência em Síndrome de Down no HRAN atende mais de 1,4 mil pacientes
CrisDown é único no Brasil a acolher bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Grávidas com diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 durante gestação também são atendidas.
O Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) existe desde 2013 no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, e é o único no país a acolher bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Mulheres com diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 durante a gestação também recebem atendimento gratuito.
No total, o CrisDown presta assistência a 1.442 pacientes. Cerca de 30 profissionais – entre fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social, geneticista, clínico geral, cardiopediatra, neuropediatra e pediatra – estão envolvidos no trabalho.
Segundo a coordenadora, Carolina Vale, “muitos pacientes que chegaram bebês hoje frequentam escolas regulares e estão inseridos socialmente”.
“Nosso olhar é voltado para a possibilidade e não para a limitação.”
Exposição sobre pessoas com síndrome de down em Aracaju (SE) — Foto: Assessoria de Imprensa
Demanda
Por ano, o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down do HRAN recebe, em média, 80 adultos e 151 crianças. São realizados cerca de 300 atendimentos por semana.
Os pacientes são encaminhados pelas unidades básicas de saúde ou maternidades dos hospitais. A ideia é oferecer o serviço para o paciente que mais necessita naquele momento”, explica a coordenadora do CrisDown Carolina Vale.
“No dia do acolhimento, os pacientes já saem com consulta marcada em alguma especialidade.”
No acolhimento, os pacientes recebem o calendário dos grupos realizados durante o ano. Nos encontros – que são quinzenais e divididos por faixa etária – as famílias trocam informações e esclarecem dúvidas com os profissionais.
De acordo com o clínico geral Karlo Quadros, que trabalha com adolescentes e adultos, por muito tempo o atendimento clínico a pessoas com Down era restrito a crianças. No entanto, aponta o médico, essa visão está ultrapassada.
“Quando a pessoa com Síndrome de Down enfrentava as transições de vida, como adolescência e idade adulta, não tinha um cuidado específico. Aqui, temos esse cuidado para todas as faixas etárias.”
Serviço
Informações sobre o CrisDown
- Telefone: 2017-1900, ramal 7058