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Butantan diz ter enviado à Anvisa nesta sexta documentação completa para autorização de testes da ButanVac

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Em 26 de março deste ano, o Butantan divulgou o desenvolvimento do imunizante e enviou à Anvisa o pedido de autorização referentes às fases 1 e 2 de testes da vacina, quando são avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune.

Na época, o Instituto disse que esperava iniciar os estudos com 1,8 mil voluntários ainda em abril, a depender da liberação da agência. Até o momento o imunizante só foi testado em animais na fase pré-clínica.

Entretanto, o chamado “dossiê do produto” remetido há quatro semanas, não contemplava todos os requisitos exigidos pela Anvisa.

Prazos e metodologia

Durante a coletiva, o diretor do Instituto negou atraso e disse que as solicitações feitas pela Anvisa fazem parte do processo de aprimoramento do protocolo.

“Não houve demora. Uma vez aceito pela Anvisa, inicia-se um processo de discussão com a própria Anvisa, com aperfeiçoamentos desse protocolo, até se chegar à essa fase de submissão. Isso também leva em consideração que essa vacina é parte de um consórcio internacional”, afirmou.

Ainda de acordo com Dimas Covas, o modelo de testes é diferente dos demais realizados por outras vacinas. No caso da ButanVac, o objetivo é avaliar quão segura e eficaz ela é no comparativo com as vacinas que já estão em uso.

“Está dentro de um processo que eu acho que é relativamente rápido, tratando-se de um estudo dessa complexidade. É um procedimento novo, não estamos falando de um estudo clínico clássico. É um estudo de comparabilidade, como já existem vacinas que já estão sendo aplicadas, a ideia é comparar a resposta de segurança e de imunogenicidade com as demais, e com isso demonstrar a sua eficiência.”

Segundo Dimas, os testes serão feitos na população adulta acima de 18 anos e vão incluir indivíduos que já foram inclusive vacinados e acometidos pela Covid-19, além de pessoas que ainda não tiveram contato com o vírus.

Autorização para testes em humanos

O Instituto Butantan tem o prazo de até 120 dias para apresentar as informações detalhadas sobre os estudos clínicos. A Anvisa exige apresentação de uma proposta de estudo a ser executado, com informações sobre o número de participantes, locais de realização dos testes e os resultados esperados.

A Agência ainda afirma que não pode antecipar previsão de prazos antes do envio dos dados pelo Instituto Butantan. Depois de autorizada, o tempo de execução da pesquisa da vacina dependerá do laboratório e sua capacidade de execução.

ButanVac

O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes da vacina, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, até 9 mil pessoas irão participar e a etapa vai estipular a eficácia. O objetivo é encerrar os testes e ter 40 milhões de doses da vacina prontas antes do final de 2021.

O imunizante é produzido com matéria-prima nacional, sem necessidade de importação de insumos. Segundo o instituto, a Butanvac faz parte de uma segunda geração de vacinas contra a Covid e leva em conta as variantes, como da P1, que é brasileira. A tecnologia usada é a mesma da vacina contra a gripe.

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