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‘Serei fiel ao meu povo’: saiba como é celebrada a cerimônia de posse do presidente da Rússia

© Sputnik / Assessoria de imprensa da Presidência da Rússia / Acessar o banco de imagens

De acordo com a lei sobre as eleições presidenciais russas, a posse do chefe de Estado é realizada seis anos após a data de posse do antecessor. Se ocorrer uma nova eleição ou uma eleição antecipada antes dessa data, o presidente toma posse 30 dias após a Comissão Eleitoral Central russa publicar os resultados oficiais das eleições presidenciais.
Desde 2000 a posse do presidente da Rússia ocorre no dia 7 de maio. A Constituição indica que na cerimônia o presidente presta juramento perante representantes do Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento russo), da Duma Estatal (câmara baixa) e do Tribunal Constitucional russo.
O roteiro da cerimônia foi elaborado para o primeiro presidente russo, Boris Yeltsin, e não sofreu mudanças radicais desde então. A única modificação feita está relacionada ao local da cerimônia. Quando Yeltsin chegara ao poder, a cerimônia foi realizada no Palácio Estatal do Kremlin. Desde 2000 o evento acontece nos salões cerimoniais do Grande Palácio do Kremlin.
Desde então é utilizado o mesmo roteiro cerimonial, mas algumas alterações particulares podem ser introduzidas. O serviço protocolar presidencial é responsável por isso.
O serviço protocolar presidencial também determina quem comparecerá ao evento solene. Devem sempre participar membros do governo, parlamentares da Duma e do Conselho da Federação, representantes da administração presidencial, juízes do Tribunal Constitucional e diplomatas, entre outros. De acordo com o protocolo, todos os participantes deverão usar terno clássico.
Na cerimônia de posse, o presidente recebe os símbolos do poder presidencial, a insígnia e a bandeira do presidente, bem como um exemplar especial da Constituição, que é guardado na biblioteca presidencial e perante o qual o presidente presta juramento.
Por volta das 11h15, horário de Moscou (05h15 no horário de Brasília), a passagem para o Kremlin é fechada para convidados da cerimônia. Eles lotam os três salões do Grande Palácio do Kremlin. O evento começa ao meio-dia, horário de Moscou (06h00 em Brasília), e dura uma hora.
A posse acontece no Salão de Santo André do Grande Palácio do Kremlin e é transmitida pelas telas instaladas para os presentes nos outros dois salões, denominados São Jorge e Santo Alexandre.
Pouco antes do meio-dia, o presidente eleito chega ao Grande Palácio do Kremlin acompanhado por uma carreata. Na varanda do palácio ele recebe um relatório do comandante do Kremlin. Em seguida, ele entra no Grande Palácio do Kremlin pela grande entrada, sobe a grande escadaria e passa pelos convidados e guardas do Regimento de Escolta Presidencial nos salões secundários.
A orquestra presidencial toca a fanfarra “Nosso presidente”, escrita especialmente para a posse. Exatamente ao meio-dia, horário de Moscou, o presidente eleito entra no Salão de Santo André e sobe no púlpito. O texto do juramento presidencial está estipulado na Constituição da Rússia.

“Juro que, ao desempenhar as funções de presidente da Rússia, respeitarei e garantirei os direitos e liberdades humanos e civis, defenderei e protegerei a Constituição da Rússia, defenderei a soberania e a independência, a segurança e a integridade do Estado, e serei fiel ao meu povo”, pronuncia o presidente, com a mão direita sobre a Constituição.

Após o juramento, o novo chefe de Estado recebe os símbolos do poder. O hino estatal é tocado na sala e a bandeira do presidente é hasteada acima da residência presidencial no Kremlin.
Em seguida o presidente dirige uma mensagem aos cidadãos russos, e após o discurso é tocada a obra patriótica “Slavsia” (“Glória”), da ópera “A life for the Tsar” (“Uma vida para o czar”, em tradução livre, de 1836) de Mikhail Glinka.
Depois de 30 saudações da artilharia a partir do aterro do Kremlin — a mais alta na hierarquia de honras militares, dado que o presidente é também o comandante-chefe das Forças Armadas russas —, a cerimônia de inauguração culmina com um desfile do Regimento de Escolta Presidencial na Praça da Catedral do Kremlin.
Por conta da posse do presidente, o Patriarca de Moscou — líder da Igreja Ortodoxa russa — e de toda a Rússia realiza um serviço religioso na Catedral da Anunciação do Kremlin. Conforme a tradição, o presidente comparece à celebração religiosa.

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Corte japonesa ordena que governo pague indenização por esterilizações forçadas

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Cerca de 25 mil japoneses foram vítimas de lei que tinha objetivo de “prevenir aumento dos descendentes inferiores”

 

Vista aérea de Tóquio
Getty Images

 

Numa decisão histórica, o Supremo Tribunal do Japão ordenou ao governo que pagasse indenizações às pessoas que foram esterilizadas à força ao abrigo de uma lei de eugenia agora extinta, decidindo que a prática era inconstitucional e violava os seus direitos.

A Lei de Proteção Eugênica, em vigor entre 1948 e 1996, permitiu às autoridades esterilizar à força pessoas com deficiência, incluindo aquelas com perturbações mentais, doenças hereditárias ou deformidades físicas e lepra. Também permitia abortos forçados se um dos pais tivesse essas condições.

A lei tinha como objetivo “prevenir o aumento dos descendentes inferiores do ponto de vista eugênico e também proteger a vida e a saúde da mãe”, segundo uma cópia da lei – que listava “notável desejo sexual anormal” e “notável inclinação clínica” entre as condições visadas.

Cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas sem consentimento durante esse período, de acordo com a decisão do tribunal, citando dados do ministério.

Embora o governo tenha oferecido compensar cada vítima em 3,2 milhões de ienes (cerca de US$ 19,8 mil) em 2019, ao abrigo de uma lei de assistência, as vítimas e os seus apoiadores argumentaram que isso estava longe de ser suficiente.

A decisão de quarta-feira (3) abordou cinco ações desse tipo, movidas por demandantes de todo o país em tribunais inferiores, que depois avançaram para a Suprema Corte.

Em quatro desses casos, os tribunais inferiores decidiram a favor dos demandantes – o que o Supremo Tribunal confirmou na quarta-feira, ordenando ao governo que pagasse 16,5 milhões de ienes (cerca de US$ 102 mil) aos atingidos e 2,2 milhões de ienes (US$13 mil) aos seus cônjuges.

No quinto caso, o tribunal de primeira instância decidiu contra os demandantes e rejeitou o caso, citando o prazo de prescrição de 20 anos. O Supremo Tribunal anulou esta decisão na quarta-feira, qualificando o estatuto de “inaceitável” e “extremamente contrário aos princípios de justiça e equidade”.

O caso agora é enviado de volta ao tribunal de primeira instância para determinar quanto o governo deve pagar.

“A intenção legislativa da antiga Lei de Proteção Eugênica não pode ser justificada à luz das condições sociais da época”, disse o juiz Saburo Tokura ao proferir a sentença, segundo a emissora pública NHK.

“A lei impõe um grave sacrifício sob a forma de perda da capacidade reprodutiva, o que é extremamente contrário ao espírito de respeito pela dignidade e personalidade individuais, e viola o artigo 13º da Constituição”, acrescentou – referindo-se ao direito de cada pessoa à vida, liberdade e a busca pela felicidade.

Após a decisão de quarta-feira, os manifestantes do fora do tribunal – homens e mulheres idosos, muitos em cadeiras de rodas – celebraram com os seus advogados e apoiadores, erguendo faixas onde se lia “vitória”.

Eles estão entre o total de 39 demandantes que entraram com ações judiciais nos últimos anos – seis deles morreram desde então, de acordo com a NHK, destacando a urgência desses casos à medida que as vítimas chegam aos seus anos finais.

Numa conferência de imprensa após a decisão do tribunal, o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressou o remorso e o pedido de desculpas do governo às vítimas, informou a NHK. O governo pagará prontamente a compensação e considerará outras medidas, como uma reunião entre os demandantes e o primeiro-ministro Fumio Kishida, disse ele.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

versão original

 

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Polícia desmobiliza protesto pró-Palestina no parlamento australiano

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Manifestantes carregavam faixa em que denunciavam Israel por crimes de guerra

 

Polícia desmantela protesto pró-Palestina no Parlamento Australiano
Reuters

 

Quatro manifestantes pró-Palestina foram levados sob custódia policial nesta quinta-feira (4) depois de escalarem o telhado do parlamento australiano em Canberra.

Os manifestantes, vestidos com roupas escuras, permaneceram no telhado do prédio por cerca de uma hora. Eles estenderam faixas pretas, incluindo uma que dizia “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, um refrão comum dos manifestantes pró-Palestina, e entoaram slogans.

Os manifestantes empacotaram suas faixas antes de serem levados pela polícia que os aguardava por volta das 11h30, horário local.

CNN

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Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

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País se prepara para entrar em uma nova era política com provável derrota do grupo há 14 anos no comando

 

Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

 

Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em uma votação histórica para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais indicam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, vai perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.

A eleição é um referendo sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia.

Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.

Como funcionam as eleições?

O parlamento britânico tem 650 assentos. Para ter maioria, é preciso conseguir 326 assentos.

Após uma campanha de semanas, as urnas serão abertas às 7h, no horário local, desta quinta-feira (3h, horário de Brasília), e permanecerão abertas até às 22h.

Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área.

O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.

Se não houver maioria, eles precisam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.

O monarca tem um papel importante, embora simbólico. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.

A votação antecipada desta quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, mas a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.

O evento, contudo, provavelmente inaugurará um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.

Rei Charles recebe Rishi Sunak no Palácio de Buckingham / Reprodução/ Palácio Buckingham

Quem é Keir Starmer?

O rival de Rishi Sunak é o líder trabalhista Keir Starmer, que é amplamente favorito para se tornar o novo primeiro-ministro britânico.

Ex-advogado de direitos humanos muito respeitado que então atuou como o promotor mais sênior do Reino Unido, Starmer entrou na política tarde na vida.

Líder trabalhista Keir Starmer em Blackpool / 3/5/2024 REUTERS/Phil Noble

Starmer se tornou um parlamentar trabalhista em 2015 e menos de cinco anos depois era o líder do partido, após uma passagem como secretário do Brexit no Gabinete Paralelo durante a saída prolongada do Reino Unido da União Europeia.

O britânico herdou um partido que se recuperava de sua pior derrota eleitoral em gerações, mas priorizou uma reformulação da cultura, se desculpando publicamente por um escândalo de antissemitismo de longa data que manchou a posição do grupo com o público.

Starmer tentou reivindicar o centro político do Reino Unido e é descrito por seus apoiadores como um líder sério e de princípios. Mas seus oponentes, tanto na esquerda de seu próprio partido quanto na direita do espectro político, dizem que ele não tem carisma e ideias, e o acusam de não ter conseguido estabelecer uma visão ambiciosa e ampla para a nação.

Quando saíram os resultados?

Após a abertura das urnas nesta quinta-feira (3), a mídia britânica estará proibida de discutir qualquer coisa que possa afetar a votação.

Mas no momento que a votação acabar, uma pesquisa de boca de urna será divulgada e definirá o curso da noite. A pesquisa, feita pela Ipsos para a BBC, ITV e Sky, projeta a distribuição de assentos do novo parlamento, e historicamente tem sido muito precisa.

Os resultados reais são contados ao longo da noite; o escopo do resultado da noite geralmente fica claro por volta das 3 da manhã, horário local (23h, horário de Brasília), e o novo primeiro-ministro geralmente assume o cargo ao meio-dia.

Mas as coisas podem demorar mais se o resultado for apertado ou se as vagas principais forem decididas na reta final.

De qualquer forma, a transferência de poder acontecerá no fim de semana, dando ao novo governo algumas semanas para trabalhar em legislações importantes antes do recesso parlamentar de verão.

CNN

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