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Saúde mental: a evolução dos tratamentos psiquiátricos no Brasil

Muita coisa mudou na psiquiatria nas últimas décadas. Contamos os progressos e as perspectivas em terra brasileira

Rio de Janeiro, 1944. Quando soube que um dos internos do Hospital Pedro II estava encarcerado havia mais de dois dias numa cela, a médica Nise da Silveira (1905-1999) correu para libertá-lo. “Trata-se de um psicótico com alto grau de agressividade”, protestou o profissional que o mandara trancafiar. “Ele só precisa ser tratado como um ser humano!”, argumentou Nise. A cena faz parte do filme Nise – O Coração da Loucura (2015) e sintetiza o papel da mulher que mudou o tratamento psiquiátrico no Brasil.

Mais do que se rebelar contra os maus-tratos a pacientes, Nise transformou o setor de terapia ocupacional da unidade num ateliê de pintura e modelagem, interagiu com esquizofrênicos por meio das artes plásticas e encorajou os psicóticos a conviver com cães e gatos, aos quais chamava de “coterapeutas”. “Nise da Silveira sempre atuou da forma mais íntegra, humana e social possível, sendo um exemplo para nós, psiquiatras”, diz o médico Antônio Geraldo da Silva, diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Quando chegou ao antigo Centro Psiquiátrico Nacional, Nise encontrou um ambiente, para dizer o mínimo, desumano. Seus pavilhões, superlotados, lembravam os de uma penitenciária. Na maioria das vezes, os portadores de doenças mentais viviam confinados em hospitais psiquiátricos como o de Juqueri, em São Paulo, isolados de tudo e de todos, até a morte. Muitos eram submetidos à camisa de força e a técnicas violentas como a lobotomia e o eletrochoque.

Estima-se que, só no Hospital Colônia de Barbacena, em Minas Gerais, mais de 60 mil internos, entre dependentes químicos, ativistas políticos e até mães solteiras, tenham morrido, vítimas de negligência, isolamento social e tortura. “Os manicômios não foram construídos com o objetivo de tratar, mas, sim, de excluir aqueles que não se encaixavam no que se pensava ser um cidadão normal”, analisa o psiquiatra Marco Aurélio Soares Jorge, doutor em saúde pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Esses “depósitos de gente”, como os próprios médicos se referiam a tais instituições, foram quase todos desativados no Brasil. Ainda existem 161 espalhados pelo país. O Pedro II, onde Nise trabalhou de 1946 a 1974, quando foi aposentada compulsoriamente, aos 69 anos, cedeu espaço ao Museu de Imagens do Inconsciente.

Mas não foram só as instituições que mudaram. Os critérios para diagnosticar um transtorno também sofreram uma evolução gradual. Um exemplo clássico é o homossexualismo. Só em 1990 ele foi excluído da lista de distúrbios mentais.

A mudança na definição dos transtornos psiquiátricos

“Em linhas gerais, podemos dizer que tudo aquilo que foge dos padrões mais aceitos dentro de uma sociedade é considerado loucura”, explica a médica Maria Tavares Cavalcanti, diretora do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Não há uma separação nítida entre o que é normal e o que é patológico. O que há são normas que mudam de acordo com a cultura.”

Quanto ao personagem do início deste texto, aquele descrito como “um psicótico com alto grau de agressividade”, seu nome é Lúcio Noeman (1913-1992) e algumas de suas obras estão expostas entre as mais de 360 mil que fazem parte do museu fundado por Nise em 1952.

“A loucura era até agora uma ilha perdida no oceano da razão”, escreveu Machado de Assis (1839-1908) em O Alienista. “Começo a suspeitar que é um continente.” O que diria o Bruxo do Cosme Velho se soubesse que, 136 anos depois da publicação de seu conto, os transtornos psiquiátricos passaram a atingir 23 milhões de brasileiros, quase o dobro do número de habitantes da cidade de São Paulo?

Sem diagnóstico precoce e terapia adequada, portadores de doenças mentais estão sujeitos a mazelas que vão de incapacidade social a mortalidade precoce. “Todos os transtornos, sem o devido tratamento, oferecem riscos: 96% dos casos de suicídio estão relacionados a distúrbios não tratados ou tratados incorretamente”, aponta Silva. “Quanto mais tempo o indivíduo demora a receber atendimento, mais complexo se torna o quadro e mais difícil a recuperação.”

Desde 2001, quando foi aprovada a Lei Antimanicomial no Brasil, hospitais psiquiátricos estão sendo substituídos por Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Em vez de serem internados por tempo indeterminado e de permanecerem isolados, os pacientes recebem atendimento humanizado em regime diário e com equipes multidisciplinares formadas por médicos, enfermeiros e psicólogos, entre outros profissionais. Os casos mais graves são encaminhados para hospitais com atendimento psiquiátrico.

Pioneiro, o CAP Itapeva, no interior paulista, surgiu em 1986 e, hoje, atende cerca de 500 pessoas, entre egressos de hospitais psiquiátricos, pacientes indicados por médicos e outros que procuram a instituição por conta própria. Lá, têm direito a três refeições, corte de cabelo, atividades recreativas e oficinas de geração de renda, como costura, marcenaria e informática.

Quando o paciente não tem onde morar, pode ficar nas residências terapêuticas. Ao todo, são 489 em todo o país. “Quando comparados aos hospitais psiquiátricos, os CAPs custam menos e funcionam mais”, avalia o psiquiatra Rodrigo Leite, coordenador dos Ambulatórios do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Se a procura é baixa, atribuo ao fato de que muitas pessoas custam a aceitar que precisam de ajuda, temem sofrer preconceito ou desconhecem a existência do serviço.”

Felizmente, o número de CAPs saltou de 516 em 2004 para 2 462 em 2017. Enquanto isso, o de leitos de hospitais psiquiátricos caiu de 51 393 em 2002 para 25 009 em 2015. Mesmo assim, ponderam os especialistas, isso não basta. Outras medidas são necessárias, como uma política de prevenção ao uso de álcool e drogas e a ampliação do número de residências terapêuticas. “Todas as ações devem ser pensadas com um único objetivo: oferecer o que há de melhor para o paciente psiquiátrico”, enfatiza o diretor da ABP.

Que as lições de Nise da Silveira se juntem aos avanços terapêuticos para continuar mudando essa história.

Marcos da psiquiatria no país

1831: José Martins da Cruz Jobim (1802-1878), pioneiro na psiquiatria, publica o primeiro escrito sobre doenças mentais no Brasil.

1852: É inaugurado o Hospício de Pedro II, o “Palácio dos Loucos”, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro. É o primeiro do gênero por aqui.

1881: Um decreto do governo cria a cadeira de Doenças Nervosas e Mentais nas Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro.

1883: O médico Teixeira Brandão (1854-1921) vira professor de psiquiatria no Rio e é considerado o primeiro alienista brasileiro.

1907: Criada, na capital fluminense, a Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal.

1921: Inaugurado o famigerado Manicômio Judiciário, órgão que se encarrega dos doentes mentais que cometem delitos.

1987: Realizada a primeira Conferência Nacional de Saúde Mental, em que se lança o lema “Por uma Sociedade Sem Manicômios”.

1992: O Ministério da Saúde regulamenta os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Internação? Só em casos extremos e sob ordem médica.

2001: Sancionada a lei que trata dos direitos dos pacientes com transtorno mental e defende a gradativa desativação dos manicômios.

2008: Criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, que recomendam a inclusão de profissionais de saúde mental na Atenção Básica.

2015: A história da psiquiatra Nise da Silveira ganha as telas do cinema, popularizando seu trabalho de humanização com os pacientes.

O que mudou nos tratamento psiquiátricos

Remédios

Antes: Os primeiros medicamentos começaram a ser desenvolvidos só na década de 1950. Tinham muitos efeitos colaterais.

Depois: Nas últimas quatro décadas houve uma avalanche de fármacos para depressão, bipolaridade, esquizofrenia…

Eletroconvulsoterapia

Antes: O antigo eletrochoque era empregado de maneira indiscriminada (e sem anestesia) em pacientes considerados agressivos.

Depois: A técnica atual, feita com todo cuidado, é usada só em casos mais graves de depressão e restrita ao ambiente de pesquisa.

Cirurgia

Antes: A lobotomia era uma técnica altamente invasiva que cortava as conexões entre os lobos frontais e demais regiões do cérebro.

Depois: Abolida em 1955, foi substituída por remédios e psicoterapia. Devido aos riscos, não é mais reconhecida pelos médicos.

Psicoterapia

Antes: O tratamento parecia mais uma lição de moral. Os pacientes tinham de seguir rígidas normas, sob pena de punição.

Depois: É uma ferramenta de autoconhecimento. Há várias modalidades, sempre indicadas para o controle dos transtornos.

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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