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Putin assegura que Rússia poderá substituir grãos ucranianos de forma comercial e gratuita
No artigo “Rússia e África: unindo esforços em prol de paz, progresso e um futuro de sucesso”, o líder russo tocou no assunto do acordo de grãos suspenso pelo lado russo em 17 de julho.
Em particular, Putin afirmou que o pacto alimentar perdeu seu sentido já que foi usado, de fato, para enriquecimento dos Estados Unidos e Europa que revendiam os grãos ucranianos.
Conforme os dados apresentados pelo mandatário, em um ano foram exportadas da Ucrânia 32,8 toneladas de carga, 70% das quais seguiram para os países com renda alta, inclusive a União Europeia, enquanto menos de 3% do volume total chegaram a Etiópia, Sudão e Somália, bem como Iêmen e Afeganistão.
“À luz de todos esses fatos, a continuação do acordo de grãos, que não cumpriu seu propósito humanitário, perdeu todo o sentido”, diz o artigo. Ao mesmo tempo, Vladimir Putin assegurou que a Rússia “é capaz de substituir os grãos ucranianos tanto na base comercial quanto de forma gratuita, especialmente porque esperamos novamente um recorde de colheita neste ano”.
O chefe de Estado enfatizou ainda que, “apesar das sanções, a Rússia continuará trabalhando com toda sua energia em organizar para a África as entregas de grãos, alimentos, fertilizantes e mais: apreciamos e seguiremos desenvolvendo toda a paleta de laços econômicos com a África: tanto com Estados individuais como com grupos de integração regional e, claro, com a União Africana”.