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Brasília

Projeto leva estudantes da rede pública do DF ao cinema, com transporte e pipoca

A escola no cinema’ oferece 12 filmes, sendo cinco animações. O projeto ocorre no Cine Cultura, do Liberty Mall; veja como as escolas podem participar.

Foto: A escola no cinema/Divulgação

Democratizar o acesso ao cinema, promover o debate sobre temas relevantes e formar público são os objetivos do projeto que leva estudantes da rede pública do Distrito Federal à sala escura de projeção.

De 11 de março a 15 de abril, “A escola no cinema” vai oferecer 12 filmes de graça, sendo quatro longas, um média e sete curtas-metragens. Entre eles estão “Peixonauta”, “Tainá 3” e “Tito e os pássaros”, pré-indicado ao Oscar na categoria “melhor animação”.

Cena do filme "Peixonauta" (2016), com direção de Célia Catunda, Kiko Mistrorigo e Rodrigo Eba — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Cena do filme “Peixonauta” (2016), com direção de Célia Catunda, Kiko Mistrorigo e Rodrigo Eba — Foto: A escola no cinema/Divulgação

A ação é voltada para alunos da pré-escola até o ensino médio, além daqueles que cursam a Educação de Jovens e Adultos. O projeto tem capacidade para receber 5 mil espectadores (veja como participar abaixo).

Transporte e pipoca

Os filmes serão exibidos em três sessões diárias – de manhã, de tarde e à noite – durante o período regular de aula. Os estudantes serão transportados ao cinema em um ônibus do projeto e receberão pipoca para aproveitar a sessão.

Cena do filme "Eric, acorde!" (2016), com direção de Telmo Carvalho — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Cena do filme “Eric, acorde!” (2016), com direção de Telmo Carvalho — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Os índices de acesso dos estudantes da rede pública ao cinema são assustadores, são pouquíssimos os que frequentam, e a experiência de ir ao cinema é muito importante”, disse o coordenador geral do projeto, Nilson Rodrigues.

“Queremos propiciar a fruição do filme na sala de cinema e, também, a sua função pedagógica.”

Cena do filme "Tainá 3 – A origem" (2013), com direção de Rosame Svartman — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Cena do filme “Tainá 3 – A origem” (2013), com direção de Rosame Svartman — Foto: A escola no cinema/Divulgação

As sessões serão exibidas no Cine Cultura, do Liberty Mall, do qual Rodrigues é sócio-diretor. “Lá, eles vão ter a experiência completa de ir ao cinema, como têm os garotos e garotas de classe média e de elite.”

Segundo o coordenador, o alto preço que se paga para assistir a um filme no cinema e a distância física das grandes salas – concentradas nas regiões centrais e com maior renda per capita – são os principais fatores do afastamento destes estudantes.

Cena do filme "A piscina de Caique" (2017), com direção e roteiro de Raphael Gustavo da Silva — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Cena do filme “A piscina de Caique” (2017), com direção e roteiro de Raphael Gustavo da Silva — Foto: A escola no cinema/Divulgação

“A falta de condições financeiras e de estímulo acabam afastando essas pessoas das atividades culturais. Isso vale para o cinema, para o teatro e para os museus.”

“A cultura precisa ser encarada como um direito.”

Após os filmes, os professores receberão uma sugestão de material didático para que os temas abordados durante a sessão sejam trabalhados dentro da sala de aula.

Do cinema para a escola

Cena do filme "Vida Maria" (2017), com direção de Márcio Ramos — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Cena do filme “Vida Maria” (2017), com direção de Márcio Ramos — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Todos os filmes selecionados para o projeto são brasileiros e cinco deles, animações. A escolha dos títulos partiu do potencial educativo de cada um deles, segundo a curadora e coordenadora pedagógica, Cléria Costa.

“Buscamos filmes que abordassem temas atuais como ecologia, amizade, união, diversidade, respeito.”

Cena do filme "Lá do alto" (2016), com direção de Luciano Vidigal — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Cena do filme “Lá do alto” (2016), com direção de Luciano Vidigal — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Segundo ela, que é mestre em linguística aplicada, as produções foram escolhidas “a dedo” para que os professores pudessem elaborar atividades pedagógicas em sala de aula.

“Queremos que os alunos se identifiquem com os personagens, que possam trocar ideias e dialogar sobre valores.”

Filmes em cartaz

Cena do filme "O outro lado do paraíso" (2016), com direção de André Ristum — Foto: A escola no cinema/Divulgação

Cena do filme “O outro lado do paraíso” (2016), com direção de André Ristum — Foto: A escola no cinema/Divulgação

O filme mais antigo em cartaz é “O outro lado do paraíso”, de 2014, que conta a história de um homem que se muda para Brasília em busca de melhores condições de vida.

Ao chegar, a ditadura é instaurada e ele passa a viver um pesadelo com a família. O longa é narrado pela perspectiva do filho, um menino de 11 anos.

Já as produções mais recentes são de 2018: “Gemini8”, uma animação para crianças de 4 a 6 anos, e “Tito e os pássaros”.

Cena do longa-metragem de animação brasileiro "Tito e os pássaros", dos diretores Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto. — Foto: BIFF/Divulgação

Cena do longa-metragem de animação brasileiro “Tito e os pássaros”, dos diretores Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto. — Foto: BIFF/Divulgação

O último conta a história de Tito, um menino que tenta salvar o mundo da “doença do medo” – infecção contagiosa que faz os olhos das pessoas crescerem e os braços diminuírem até que se transformem em pedras.

Cena do longa-metragem de animação brasileiro "Tito e os pássaros", dos diretores Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto. — Foto: BIFF/Divulgação

Cena do longa-metragem de animação brasileiro “Tito e os pássaros”, dos diretores Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto. — Foto: BIFF/Divulgação

Após a exibição dos filmes, o professor responsável vai receber um material para trabalhar o tema da sessão em sala de aula. Entre as atividades propostas para “Tio e os pássaros” estão a criação de um poema ilustrado sobre a união entre as pessoas e perguntas sobre medos e como superá-los.

Como participar?

As escolas que desejam aderir ao projeto, devem agrupar 90 alunos da mesma faixa etária – de 4 a 6 anos, 7 a 9 anos, 10 a 12 anos ou a partir de 13 – e fazer a inscrição pela internet. O período vai até dia 28 de fevereiro.

Serão aceitos pedidos de escolas localizadas em:

  • Águas Claras
  • Brazlândia
  • Candangolândia
  • Ceilândia
  • Cidade Estrutural
  • Cruzeiro
  • Gama
  • Guará I e II
  • Itapoã
  • Jardim Botânico
  • Núcleo Bandeirante
  • Paranoá
  • Planaltina
  • Recanto das Emas
  • Riacho Fundo I e II-DF
  • Samambaia
  • Santa Maria
  • São Sebastião
  • Sobradinho I e II-DF
  • Taguatinga
  • Varjão
  • Vicente Pires
  • Fonte G1

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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