Brasília
Prefeitura do Rio usa mensagem no Facebook para fazer alertas à população
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR) está usando o serviço de mensagens (messenger) do Facebook para se comunicar mais rapidamente com a população, tanto para receber informações sobre a ocorrência de situações anormais na cidade, quanto para fazer, com agilidade, alertas de chuva forte ou de qualquer outro tipo de problema.
O chefe executivo do COR, Guilherme Sangineto, disse que o uso das redes sociais pelo órgão começou pelo Twitter em 2011 e que agora a ideia é intensificar essa prática para chegar mais perto da população. “Nós entendemos que as redes sociais são um canal de mão dupla, uma vez que interagimos muito com a sociedade por meio dessas ferramentas”, acrescentou.
O serviço do messenger, que começou a ser utilizado no fim da semana passada, está com 1.400 inscritos para receber e transmitir mensagens instantâneas, inclusive com o envio de vídeos. Para se inscrever é preciso apenas acessar a página do órgão no facebook e procurar o chat COR. “A fonte humana é mais um sensor do COR. A pessoa verifica a anomalia na via pública, como um alagamento, manda para o COR, pode mandar com foto ou vídeo, nós verificamos, confirmamos, chamamos os atores da prefeitura – por exemplo, a Comlurb, a Guarda Municipal -, que vão trabalhar e resolver o problema. Depois, damos um retorno ao usuário de que a demanda foi atendida”.
“A informação que vem pelas redes sociais tem um caminho que favorece muito o tratamento das anomalias na cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Sangineto. Ele lembrou que, por meio das redes sociais do COR, qualquer pessoa tem acesso a informações da cidade que passam por mobilidade, clima, transporte, obras, intervenções viárias, eventos e situações de emergência. “Os picos das nossas redes sociais são sempre durante as emergências. Mas, em dia normal, os nossos comunicados alcançam 800 mil perfis. Em dias de emergência, chegam a mais de 2 milhões”, revelou, destacando que, somente no Twitter, em 2014, o COR tinha aproximadamente 200 mil seguidores. Quatro anos depois, esse número chega perto de 850 mil.
Chuva
Desde as 19h35 de domingo (7), o Centro de Operações mantém o município do Rio em estágio de atenção por causa da chuva.
Em oito dias, o Rio registrou 85% do esperado de chuva para janeiro. A média acumulada, até as 11h30 dessa segunda-feira (8), ficou em 141milímetros (mm), quando o previsto para todo o mês era 166,2 mm. Somente nas últimas 12 horas foram 30% do esperado para o mês.
A situação vem sendo monitorada pelo COR. São realizadas reuniões frequentes, com a participação de integrantes de todos os órgãos do município envolvidos no antendimento aos problemas causados pela chuva. Nas reuniões, são apresentados relatórios com os resultados do que foi executado e as soluções adotadas. “Nossa atuação na chuva não termina quando ela cessa, mas sim quando todos os incidentes gerados por essa chuva são tratados. Por volta das 15h, terminamos de atender a todas as ocorrências na cidade do Rio de Janeiro geradas nas últimas 24 horas”, disse Sangineto. Entre os bairros mais atingidos estão Campo Grande e a Barra da Tijuca, na zona oeste, e Madureira, na zona norte.
Com a continuidade da chuva na cidade, que encharcou o solo, a preocupação agora é com deslizamentos de terra que possam causar tragédias. O executivo informou que o planejamento para a atuação no período de chuva, com a integração de vários órgãos do município, começou a ser traçado há três meses, incluindo o funcionamento perfeito de todos os pluviômetros, equipamentos que marcam a quantidade de chuva em determinada localidade. “Agora, a gente já está em fase de execução. Já está tudo planejado para ser executado, logicamente que esperamos que não seja preciso executar. Ninguém quer um escorregamento de encosta, ninguém quer um extravasamento de rio, ninguém quer um afloramento de bolsão”, observou, destacando que até agora não houve qualquer tipo de acidente desse tipo.
Para os casos de risco de chuva forte ou de deslizamentos, Sangineto disse que na primeira etapa são acionadas sirenes com mensagens de voz, alertando a população para situações perigosas. Quando há iminência de um acidente, os avisos são para o deslocamento aos postos de apoio, que são mais seguros. Atualmente, o sistema de alerta está instalado em 103 comunidades, com 165 sirenes.
O chefe do COR explicou que foram acionadas sirenes, no último fim de semana, em caráter preventivo, em 60 comunidades das zonas norte e sul e do centro. O objetivo foi informar que a localidade teria chuva intensa. “A função nossa é alertar. Ninguém pode ser surpreendido”, disse.
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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