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Brasília

Prefeitura de SP quer limitar número de músicos na Avenida Paulista

Medida servirá para reduzir os atritos entre músicos e moradores e para organizar as apresentações

Apresentações de músicos na Avenida Paulista estão prestes a passar por nova regulamentação (Willbrasil21/Thinkstock)

São Paulo – Com público cada vez maior, as apresentações de músicos na Avenida Paulista estão prestes a passar por nova regulamentação. A Prefeitura deve restringir o número de pontos na avenida em que os artistas podem se apresentar e pedir cadastramento prévio deles. A medida servirá para reduzir os atritos entre músicos e moradores e para organizar as apresentações, que muitas vezes se misturam.

“É uma demanda que vem deles (os músicos) também”, afirma o prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, que vai submeter a proposta ao conselho gestor da Paulista Aberta. O conselho se reúne hoje, na sede da Prefeitura. “A ideia é fechar um consenso dos pontos em que vamos permitir, avisar os músicos que eles têm de se credenciar antes.”

Por decreto, o número de artistas na Paulista é limitado a 50 por domingo. “Só que os 50 chegam lá às 3 horas e começam a vender pulserinha (como camelôs). O artista mesmo, que vai chegar para tocar às 15 horas, já não tem mais espaço”, diz Odloak.

O conselho gestor da Paulista também tem identificado problemas. Membro eleita do órgão, a advogada Raphaela José Cyrillo Galletti afirma que as apresentações e as outras atividades passaram a brigar por espaço. “A Paulista tem de ter espaço para o artista, para o ciclista, para quem quer sentar na rua. Outro dia, teve uma apresentação de zumba que tomo todo o espaço da ciclovia”, afirma.

Parte dos moradores reclama de barulho e desrespeito aos horários – a Paulista Aberta, oficialmente, funciona até as 18 horas. “O barulho é insuportável, com caixas acústicas de segunda a segunda até tarde da noite. Ninguém aguenta mais”, critica Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César (Samorcc). “Qualquer um pode chegar, estender uma toalha e pôr o volume na altura que quiser. A Paulista virou terra de ninguém.”

De acordo com Célia, associações estudam propor à Prefeitura que o programa seja transferido para o Vale do Anhangabaú, no centro. “O ideal é que não tivesse nada na Paulista, mas, se continuar, que pelo menos faça cadastro”, defende. “O mínimo que se espera é que alguém coloque ordem.”

Organização

Por volta das 15h30 do último domingo, dia 24,, a reportagem viu apresentações em pelo menos 21 locais da Paulista, entre bandas, cantores solo e tendas musicais. Ou seja, uma atração a cada 130 metros, embora a maioria se concentre no trecho entre o Conjunto Nacional, perto da Estação de Metrô Consolação, e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Muitas vezes, ficam literalmente uma ao lado do outra.

Os gêneros musicais iam de heavy metal a sertanejo – uma paisagem tomada por amplificadores, guitarras e baterias. Já quem tem menos estrutura precisava procurar locais afastados para ser ouvido.

Os espetáculos são organizados livremente e variam a cada domingo. Qualquer parte da Paulista, que é fechada para veículos a partir das 10 horas, pode ser palco. É comum, no entanto, que algumas apresentações passem do horário.

“Toda burocracia é um retrocesso. A Paulista está linda, com a música preenchendo todos os espaços”, afirma Thiago Calle, de 30 anos, organizador do Jazz na Kombi. O veículo ficou estacionado do lado do Conjunto Nacional, mas virado de costas para a avenida. “Foi para não atrapalhar os outros.”

Na prática, porém, artistas que não têm equipamentos de som terminam ficando de fora do “miolo” da Paulista. Sem dinheiro para investir em amplificador ou microfone, Ermelinda Silva, de 51 anos, optou pela região perto do Paraíso. “Quando chegam as bandas, atrapalham meu som”, afirmou. “Já mudei quatro vezes de lugar porque fico sufocada”, comenta. “Hoje, tem muito barulho. O cadastro ia dar uma peneirada boa”, afirma.

Morador de Osasco, na Grande São Paulo, o advogado Edson Vieira, de 50 anos, visitou a avenida em um domingo pela primeira vez. Ele gostou da experiência, mas fez ressalvas. “Essa organização (de vários músicos pela avenida) atrapalha um pouco, porque quem tiver interesse em um show termina ouvindo o som vazando de outro palco”, diz. “Apesar dessa ‘bagunça’, isso aqui é bem democrático.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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