Brasil
Prefeitura assina contrato de mais de R$ 1 milhão com empresa do Maranhão para a construção de boxes no Camelódromo
Poder Executivo revelou que, na próxima segunda-feira (26), será expedida a ordem de serviços e a Center Serv dará início às obras, que deverão ser entregues em dezembro deste ano.
O contrato entre a Prefeitura de Presidente Prudente (SP) e a empresa Center Serv Serviços de Locação de Mão de Obras Eireli, com sede em São Luís (MA), para a construção de módulos de boxes de alvenaria no Shopping Popular, também conhecido como Camelódromo, já foi assinado e será publicado ainda nesta quinta-feira (22).
O Poder Executivo informou que, na manhã desta quinta-feira (22), representantes da Center Serv já estiveram no local da construção dos boxes, na Praça da Bandeira, para conferir onde será instalado o canteiro de obras, para que não haja atrito com a Spalla Engenharia Eireli, outra empreiteira que também atua nos trabalhos de revitalização do Camelódromo.
A Prefeitura ainda revelou que, na próxima segunda-feira (26), será expedida a ordem de serviços e a Center Serv dará início à construção dos 216 boxes, que deverão ser entregues em dezembro deste ano.
O contrato da Prefeitura de Presidente Prudente com a empresa Center Serv Serviços de Locação de Mão de Obras Eireli tem o valor de R$ 1.023.486,23 e prevê a construção de módulos de boxes no Camelódromo.
Na última sexta-feira (16), a Prefeitura havia publicado a homologação da decisão que declarou a Center Serv como vencedora da licitação.
O Poder Executivo explicou que a licitação foi concluída em R$ 1.023.486,23 e que o valor já havia de saldo no Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal.
A empresa será responsável pela construção de 216 boxes de alvenaria.
As obras de revitalização do Camelódromo, que fica na Praça da Bandeira, no Centro de Presidente Prudente, estão em andamento desde janeiro deste ano, a cargo da empresa Spalla Engenharia Eireli, de São Paulo (SP). “A Spalla é responsável por toda parte da estrutura metálica, bem como construção dos pisos, floreiras, entre outros. Já a Center Serv será responsável apenas pela construção dos boxes. Dessa forma, todo o restante da obra é de responsabilidade da Spalla”, detalhou. Segundo a Prefeitura, o prazo para a conclusão dos boxes de alvenaria contratados junto à Center Serv termina em dezembro deste ano, “quando também há a previsão de entrega da obra”.
Os outros 40 boxes que também integram o projeto de revitalização do Camelódromo já foram construídos pela própria Prefeitura, segundo o Executivo. Ainda de acordo com o Poder Executivo, o projeto inicial das obras de revitalização do Camelódromo não contemplava a construção dos boxes, porque “até então seriam utilizadas as estruturas existentes no local”.
No entanto, segundo a Prefeitura, com o início das obras, “foi verificado que seria inviável a utilização das estruturas que estavam deterioradas”.
O Executivo ponderou que a Center Serv foi contratada “em razão de ter sido a empresa que ofereceu menor valor para construção, uma vez que a concorrência pública ocorre dessa forma”.
As obras de revitalização do Camelódromo tiveram início em janeiro deste ano e seguem em andamento na Praça da Bandeira. A projeção inicial era de término dos trabalhos no dia 6 de setembro, no entanto, a Prefeitura pontuou que a previsão atual de conclusão dos serviços passou a ser até o fim do ano.
As obras de revitalização do Camelódromo foram anunciadas pela Prefeitura em novembro de 2018, quando o Poder Executivo assinou contrato com a Caixa Econômica Federal para o financiamento do projeto.
O valor original do contrato assinado com a empresa Spalla era de R$ 2.956.042,05, mas recebeu um aditivo de R$ 356.163,59 e passou para R$ 3.312.205,64. A Prefeitura alegou que o acréscimo ocorreu devido à necessidade de aumentar a área de boxes a ser coberta. Segundo o Executivo, com o aumento da área de cobertura, seria necessário adquirir mais pisos, tintas e estruturas metálicas, entre outros itens.
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
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