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PF e mais 4 homens morrem em operação na Bahia; suspeitos se esconderam em mata, diz governo

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Um policial federal e quatro homens morreram em um confronto durante uma operação na manhã desta sexta-feira (15), na região de Valéria, em Salvador. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), outros dois agentes (um da Polícia Federal e outro da Civil) ficaram feridos.

O policial Lucas Monteiro Caribe chegou a ser socorrido com os outros dois agentes para o Hospital Geraldo Estado (HGE), na capital baiana, mas chegou à unidade sem vida. Um dos policiais feridos vai tem de passar por cirurgia no olho. Não há detalhes sobre o estado de saúde do outro agente.

De acordo com a SSP-BA, os quatro homens que morreram são suspeitos de fazer parte do grupo criminoso que trocou tiros com os policiais. Dois morreram no momento do tiroteio, e os outros, horas depois, em uma região de matagal, entre os bairros de Valéria e Rio Sena, durante a fuga.

Desde agosto, a Polícia Federal participa de operações na Bahia como parte de um acordo de cooperação entre o governo estadual e federal para reprimir a criminalidade no estado.

O grupo criminoso se escondeu em uma região de mata fechada, do bairro periférico da capital baiana, de acordo com a secretaria da segurança da Bahia.

Valéria fica em um ponto considerado estratégico para o tráfico de drogas e é palco de constantes confrontos entre facções criminosas de atuação local e nacional. A região margeia duas rodovias, a BR-324 e a BA-528, conhecida como Estrada do Derba, onde ocorreu a operação desta sexta. A localidade está em um dos limites de Salvador, próximo ao município de Simões Filho, e tem extenso matagal.

Segundo dados do Monitor da Violência, a Bahia é o estado com maior número de mortes violentas no primeiro trimestre de 2023. (leia mais abaixo)

Três policiais ficam feridos e dois homens morreram após confronto no bairro de Valéria, em Salvador — Foto: Divulgação/SSP-BA

Lucas Monteiro Caribe, policial morto na operação — Foto: Arquivo Pessoal

Três policiais ficam feridos e dois suspeitos morrem após confronto no bairro de Valéria, em Salvador — Foto: Divulgação/SSP-BA

 

Já os que seguem sentido Base Naval, estão retornando para a BR-324 antes do local da operação policial e de lá continuam o itinerário.

Helicópteros do Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar realizam varreduras na região de Valéria e do subúrbio ferroviário à procura dos suspeitos. Do alto, os militares avaliam possíveis rotas de fuga e repassam informações para as equipes que estão no chão.

Graer atua na região de Valéria — Foto: Divulgação/SSP-BA

Nesta sexta, o governador Jerônimo Rodrigues apresentou novas viaturas na cidade de Feira de Santana, a 100 km de Salvador. Perguntado sobre a operação integrada em Salvador, ele lamentou a morte do policial federal.

“Eu quero me solidarizar com a Polícia Federal, que perdeu um homem na iniciativa de uma operação, em Valéria. É uma iniciativa da polícia em desmontar a atuação do crime organizado na Bahia”, disse Jerônimo Rodrigues.

Três policiais ficam feridos e dois suspeitos morrem após confronto no bairro de Valéria, em Salvador — Foto: Divulgação/SSP-BA

De acordo com o governador da Bahia, a determinação dele, do secretário de segurança Marcelo Werner, do presidente Lula e do ministro Flávio Dino é de que a polícia “não dê trégua” para os criminosos.

“Nós não queremos e determinamos que sejam trazidos corpos. Queremos presos, para que a gente possa, a partir da prisão deles, garantir mais informações e fazer uma operação com sucesso”, afirmou.

A Bahia vive momento de insegurança nos últimos meses, com troca de tiros entre policiais e homens armados e apreensões de armas pesadas. No início deste mês, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, admitiu que a guerra entre facções é a principal responsável pela violência no estado.

O estado é que registrou o maior número de mortes violentas no primeiro trimestre de 2023. Entre janeiro e março deste ano, 1.289 pessoas morreram em casos de feminicídios, homicídios dolosos, latrocínios ou lesões corporais seguidas de morte.

Um mês antes, a PF e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia lançaram a ‘Força Integrada de Combate ao Crime Organizado’. No desfile do 7 de setembro, o governador do estado negou que vai pedir intervenção federal para a segurança pública do estado, após os casos de violência registrados em Salvador.

No entanto, Jerônimo Rodrigues admitiu a possibilidade de adotar a medida futuramente, caso entenda que isso seja necessário. Se precisar, não terei problema, mas não há ambiente agora para a gente poder duvidar da segurança da Bahia. Não é preciso a intervenção do governo federal no estado da Bahia. Estamos Tranquilos e firmes com isso, disse.

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