Defesa contesta versão da polícia
Em entrevista concedida à CNN, a defesa do pai nega a versão apresentada no boletim de ocorrência. Segundo o advogado Rodolfo Warmeling, que representa o autor das facadas, a arma utilizada na verdade era do morador de rua, que teria sido desarmado pelo pai como forma de defesa.
Ainda de acordo com Warmeling, o vendedor já era conhecido na região por ter problemas com drogas, além de várias passagens pela polícia. A ação em si, por sua vez, teria se dado em decorrência da abordagem violenta de Giovane.
Na versão apresentada pelo advogado, “esse vendedor abordou ele para vender uma paçoca de uma forma bem ríspida, grosseira, mal educada, inclusive induzindo a criança, de 2 anos de idade, a pegar e comer esse doce sem a autorização do pai. E aí houve um desentendimento inicial”.
Apesar da recusa, o ambulante teria insistido e xingado o pai da criança, que seguiu para o interior do mercado. Após sua saída, no entanto, a discussão se agravou, o que levou à agressão registrada.
“Quando meu cliente sai do mercado, o vendedor ambulante o aborda de uma forma muito mais incisiva e agressiva, proferindo ameaças”, relatou Warmeling à CNN. Ainda na versão do advogado, Giovane teria afirmado que filmou o rosto da criança e chutado um carrinho de bebê conduzido pelo pai.
Os dois homens teriam, então, entrado em luta corporal. Giovane, que estaria de posse da faca, teria sacado a arma para amedrontar o pai, que conseguiu desarmá-lo e desferiu os golpes contra o morador de rua.
Prisão foi convertida em preventiva
Ainda de acordo com o advogado do autor, a Justiça catarinense decidiu converter a prisão, realizada em flagrante pela polícia, em preventiva, por conta da brutalidade da ação.
“Nas próximas semanas, essa prisão vai ser objeto de recursos da defesa para tentarmos buscar a liberdade dele e demonstrar a verdadeira dinâmica”, concluiu Warmeling.
A Polícia Civil segue investigando o caso.