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Operação investiga oficial da PM do DF suspeito de extorquir empresários que prestam serviço de vistoria ao Detran
Militar teria exigido R$ 3 milhões das vítimas, ameaçando divulgar documentos que revelariam supostas irregularidades. Agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do servidor, no Jardim Botânico; g1 aguarda posicionamento do Detran e da Polícia Militar.
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quarta-feira (5), uma operação que investiga um grupo suspeito de extorquir empresários credenciados pelo Departamento de Trânsito (Detran-DF) para realização de vistorias em veículos. Um dos suspeitos é um oficial da Polícia Militar.
De acordo com a investigação, o militar exigiu R$ 3 milhões das vítimas para não divulgar documentos que supostamente revelariam irregularidades praticadas pelos empresários no processo de credenciamento junto ao Detran.
No entanto, ainda não há comprovação de que o valor exigido foi pago. Nesta quarta-feira, os investigadores cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do policial, no Jardim Botânico.
A ação é conduzida pela Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor).
Terceirização
Servidora do Detran-DF faz vistoria veicular, em imagem de arquivo — Foto: Valquíria Cunha/Detran-DF
Em setembro do ano passado, as vistorias no Distrito Federal começaram a ser feitas por empresas privadas. À época, o Detran publicou uma lista com 19 companhias credenciadas para fazer o serviço.
As vistorias não tiveram alteração de preço e o agendamento deixou de ser obrigatório. O órgão justificou a mudança para “atender a população de forma mais ágil e democrática”.
O caso chegou a parar na Justiça, quando uma liminar proibiu a realização de vistorias por empresas privadas. No entanto, a decisão foi revogada e o serviço foi autorizado.