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Brasília

O que faz a secretaria que Regina Duarte deve assumir no governo Bolsonaro

Órgão criado no governo Bolsonaro após a extinção do Ministério da Cultura tem orçamento de R$ 2 bilhões para este ano

Em sua chegada a Brasília, no último dia 22, para encontro com o presidente Jair Bolsonaro, Regina Duarte foi cercada por fãs
(foto: Sérgio Lima/AFP)

Depois de 12 dias de “noivado”, o casamento pode enfim sair nesta quarta-feira (29/1). O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, no Palácio da Alvorada, depois de voltar da viagem à Índia, que telefonaria para a atriz Regina Duarte para ver com ela a disponibilidade de nomeação para a Secretaria Especial da Cultura sair hoje. “Seria excepcional. Ela tem conhecimento e precisa de gente com gestão ao seu lado. Tem cargo para isso. Tem tudo para dar certo”, afirmou.

Regina foi convidada para o cargo para substituir Roberto Alvim, demitido no último dia 17, após divulgar um vídeo em que emulava Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, ao divulgar um edital de incentivo às artes no Brasil. O edital foi cancelado. Antes de dizer um “sim” categórico, a Namoradinha do Brasil pediu um tempo para conhecer a estrutura do órgão e as atribuições do cargo e definiu esse período como um “noivado”.
Bolsonaro disse que Regina apresentou para ele uma proposta “bastante atrativa”. “Conversei com ela. Como tratar a questão da cultura no Brasil sem o viés de esquerda que tinha aí, só dava minoria. Tá certo? E queremos cultura ao povo em geral”, afirmou. A atriz compartilhou no domingo passado (26), no Instagram, um vídeo no qual o jornalista mineiro e ex-BBB Adrilles Jorge critica o “marxismo cultural”.

(foto: Facebook/reproduçao)

No programa Jovem Pan morning show, da rádio Jovem Pan, Adriles afirmou que o marxismo cultural coloca “negros contra brancos, mulheres contra homens, homossexuais contra heterossexuais”. Ao compartilhar o vídeo, Regina Duarte disse que o depoimento era “bacana, profundo, super- real” e perguntou: “Quem é esse cara?!”. O vídeo que a atriz compartilhou é editado e não mostra o apresentador do programa, Guga Noblat, rebatendo as afirmações de Adriles com a afirmação de que “marxismo cultural” é uma “teoria conspiratória que ninguém leva a sério”.
Embora não tenha sido oficialmente nomeada, na semana passada Regina convidou a atual secretária de Diversidade Cultural, Jane Silva, conhecida como Reverenda Jane, para o cargo de secretária-adjunta da pasta. A Secretaria Especial da Cultura foi criada em janeiro de 2019, quando Bolsonaro extinguiu o Ministério da Cultura (MinC).
A secretaria passou a ser subordinada ao Ministério da Cidadania, comandado por Osmar Terra. Em novembro, quando Roberto Alvim assumiu o cargo de secretário, a entidade foi transferida para o Ministério do Turismo. Apesar de o governo nunca ter admitido isso publicamente, a mudança provavelmente se deu devido às divergências entre Alvim e Terra.
No entanto, a transferência não foi completa. O site da Secretaria da Cultura e sua assessoria de imprensa continuam ligados à pasta da Cidadania, que gere também os recursos da secretaria. Porém as nomeações, exonerações e decretos estão sob a responsabilidade do Turismo, cujo titular é Marcelo Álvaro Antônio.
O decreto da alteração afirma que “até a data de entrada em vigor da nova Estrutura Regimental do Ministério do Turismo, os órgãos transferidos permanecem integrando a estrutura do Ministério da Cidadania, mantidas as competências em vigor” e diz ainda que “o Ministério da Cidadania continuará prestando o apoio necessário ao funcionamento dos órgãos transferidos”.

Atribuições

Cabe à Secretaria Especial da Cultura atuar na formulação de políticas, programas, projetos e ações que promovam a cidadania por meio da cultura. São também de sua responsabilidade a promoção do acesso aos bens culturais, a gestão da economia criativa brasileira e a proteção dos direitos autorais. O setor audiovisual e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) estão sob o guarda-chuva da secretaria, assim como o Programa Nacional de Cultura, o Programa de Incentivo à Leitura, o Programa de Cultura do Trabalhador e o Programa Nacional de Apoio à Cultura, este instituído pela Lei Rouanet.
Ao receber o convite para comandar a secretaria, Regina fez a reticência de que “há um ministério complicado aí”, sugerindo desconforto em atuar ao lado do ministro do Turismo, denunciado pelo Ministério Público por seu suposto envolvimento no esquema de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas de fachada nas eleições de 2018. Especula-se que Regina passaria a se reportar diretamente ao presidente, no que seria uma condição para a atriz aceitar o cargo.
A estrutura da Secretaria Especial da Cultura conta com sete entidades, sendo três autarquias e quatro fundações: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Agência Nacional do Cinema (Ancine), Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), Fundação Cultural Palmares (FCP), Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fundação Biblioteca Nacional (FBN). Há ainda seis secretarias nacionais: Secretaria da Economia Criativa (SEC), Secretaria do Audiovisual (SaV), Secretaria de Diversidade Cultural (SDC), Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), Secretaria de Difusão e Infraestrutura Cultural (Seinfra), e a Secretaria de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual (Sdapi).
O orçamento do órgão para 2020 é de R$ 2 bilhões. Desse total, estão previstos R$ 404 milhões para o Fundo Nacional da Cultura (FNC) e entidades vinculadas. O montante também inclui gastos com pessoal ativo e com custeio, como luz, aluguel e telefone. A assessoria de imprensa da Secretaria Especial da Cultura não soube precisar o número de funcionários de que dispõe.

Atuação política de Regina tem apoio a FHC e “medo” de Lula

Se de fato aceitar o comando da Secretaria Especial da Cultura na gestão Jair Bolsonaro, Regina Duarte, de 72 anos, assumirá o papel mais inusitado em sua trajetória. A atriz, um ícone da televisão e um dos principais nomes da teledramaturgia da Rede Globo, passará a receber R$ 17.327,65 por mês, abrindo mão do salário fixo de R$ 60 mil na emissora carioca – esse valor sobe para R$ 120 mil quando ela está no ar. Regina é um dos poucos artistas da Globo ainda contratados pelo regime da CLT. Seu trabalho mais recente foi a Madame Lucerne, dona de um bordel na novela das 18h Tempo de amar (2018).

Regina Duarte em Selva de Pedra
(foto: TV Globo / CEDOC)

Regina estreou em 1965 na extinta TV Excelsior. Quatro anos depois, foi contratada pela então iniciante TV Globo. Ganhou o título de “Namoradinha do Brasil” quando estrelou o folhetim global Minha doce namorada, em 1971, interpretando a órfã Patrícia. Ao longo de sua carreira, fez papéis memoráveis, como a doce Ritinha de Irmãos coragem (1970), a sofrida Simone da primeira versão de Selva de pedra (1972), a empoderada Malu, do seriado Malu mulher (1979-1980) – época em que conheceu Fidel Castro (1926-2016) em Cuba; a hiperbólica Viúva Porcina de Roque Santeiro (1985), a batalhadora Raquel Accioli de Vale tudo (1988), a emergente Maria do Carmo em A Rainha da sucata (1990), além de três Helenas de Manoel Carlos (História de amor, de 1995, Por amor, de 1997, e Páginas da vida, sua última protagonista na televisão).

Palanque

Sua aproximação com a política começou em meados dos anos 1970, durante a ditadura militar. Em entrevista ao Conversa com Bial, em maio do ano passado, ela declarou que chegou a “se enfiar debaixo de porta de loja na 25 de Março para fugir da cavalaria” e, anos depois, subiu em palanque no Vale do Anhangabaú ao lado de Lula pela campanha das Diretas já. Nessa época, passou a ter mais contato com Fernando Henrique Cardoso.
Quando ele se candidatou à Prefeitura de São Paulo, em 1985, Regina, que na ocasião estava no ar em Roque Santeiro, fez campanha para FHC. A popularidade que a trama e sua personagem tinham na época não foram suficientes para que o amigo vencesse, já que quem levou a melhor foi Jânio Quadros, por uma diferença de apenas 141 mil votos.
A relação com Fernando Henrique foi se estreitando e, em 1998, quando ele se candidatou à reeleição ao Palácio do Planalto, lá estava Regina Duarte de novo pedindo votos. Mas, dessa vez, o sociólogo venceu. No primeiro mandato do tucano, ela foi nomeada integrante do Conselho Consultivo do Programa Comunidade Solidária da Casa Civil. O colegiado, presidido pela então primeira-dama Ruth Cardoso – de quem Regina era muito amiga – tinha 21 representantes da sociedade civil e o objetivo de combater a pobreza e a exclusão social.
Nas eleições de 2002 Regina teve sua participação política mais lembrada e polêmica. Ela apoiou políticos do PSDB, incluindo José Serra, que disputava a Presidência da República. No programa eleitoral do candidato, a atriz declarou, em tom grave: “Estou com medo”.
O temor era de que Lula fosse eleito, o que acabou ocorrendo, e que isso implicasse revés para a economia. O vídeo motivou uma reação do PT em que a atriz Paloma Duarte (nenhum parentesco com Regina) diz ter procurado o partido para mostrar sua indignação com relação à campanha de Serra, a quem acusou de fazer terrorismo psicológico.
Em 2018, declarou seu voto em Jair Bolsonaro, que já a havia sondado anteriormente para assumir a Cultura no governo. De acordo com reportagem publicada pela revista Veja, a atriz deve R$ 319,6 mil aos cofres públicos por irregularidades no uso da Lei Rouanet.
Segundo a revista, Regina teve contas de uma peça reprovadas em março de 2018 e foi obrigada a ressarcir o Fundo Nacional da Cultura, mas apresentou recurso. Outra notícia divulgada após o convite para que ela integre o governo é que a estrela global recebe pensão militar no valor de R$ 6.843,34 mensais dos cofres públicos, segundo dados do Ministério da Defesa obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo. O pai da atriz, Jesus Nunes Duarte, foi primeiro-tenente do Exército e faleceu em 1981, em um acidente de carro. A atriz recebe o benefício desde 1999. Procurada pelo jornal, Regina não quis comentar o assunto.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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