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O Falcon Heavy põe em órbita a ambição da Space X

O lançamento da versão turbinada do foguete Falcon 9, que há anos leva cargas para o espaço, é um marco importante na exploração espacial

Centro Espacial Kennedy, Flórida – Da mesma plataforma de onde a Nasa lançou as naves que levaram os astronautas para a Lua, um foguete americano, novo e grande, foi lançado ao espaço em 6 de fevereiro. Desta vez, porém, a agência nacional não estava envolvida: o Falcon Heavy foi construído pela SpaceX, companhia fundada e dirigida pelo bilionário Elon Musk.

“Parece surreal para mim”, disse Musk durante uma entrevista coletiva após o lançamento.

O lançamento da versão turbinada do foguete Falcon 9, que há anos leva cargas para o espaço, é um marco importante na exploração espacial: pela primeira vez um foguete dessa potência foi lançado por uma empresa privada, e não pela Nasa.

Sua carga é curiosa: o Roadster vermelho de Musk, carro esportivo elétrico construído por sua empresa, a Tesla. Dentro dele, um manequim com um dos trajes espaciais da SpaceX. Espera-se que orbitem o Sol durante centenas de milhões de anos.

“É meio que uma bobagem, uma gozação, mas essas coisas são importantes”, disse Musk.

O sucesso é um estímulo para que a SpaceX comece a desenvolver foguetes ainda maiores, que poderiam ajudar a realizar o sonho de Musk de enviar pessoas para Marte. Para isso, ele descreveu um foguete de nova geração chamado BFR (B para big, grande; R para rocket, foguete) que pode estar pronto para lançamento em meados da década de 2020.

O desempenho quase impecável do Heavy em 6 de fevereiro encheu Musk de confiança. “O projeto BFR vai funcionar”, disse.

E acrescentou que esperava que o lançamento incentivasse outras empresas e outros países a perseguir metas espaciais mais ambiciosas.

“Queremos uma nova corrida espacial; corridas são emocionantes.”

As visões de Musk incluem seres humanos vivendo na Terra e em Marte. Ele é parte de uma nova geração de pioneiros empresariais do espaço que inclui Jeff Bezos, o fundador da Amazon, que afirmou que um dos objetivos de sua empresa de foguetes, a Blue Origin, é a perspectiva de milhões de pessoas vivendo no espaço; a Planetary Resources, empresa americana com um grande investimento de Luxemburgo, espera minerar asteroides com fins lucrativos; a Moon Express, com sede na Flórida, quer fazer negócio com viagens de ida e volta para a Lua.

Por enquanto, o Heavy permitirá que a SpaceX dispute contratos para lançar satélites espiões maiores, e alguns especialistas em voos espaciais estão incentivando a Nasa a usar foguetes privados em vez da versão gigantesca e muito mais cara, o Space Launch System, que atualmente está sendo desenvolvido em parte para levar astronautas para a Lua.

“Basicamente é mais uma opção para a realização dos objetivos da comunidade espacial”, disse Phil Larson, reitor assistente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Colorado, que já trabalhou como gerente de comunicações e projetos corporativos da SpaceX.

Embora atrasada por ventos de grande altitude, a contagem regressiva prosseguiu sem problemas, sem as falhas que atormentaram outros lançamentos de novos foguetes.

O Heavy rugiu, soltando uma nuvem de fumaça e vapor na plataforma de lançamento. Começou a subir, liberando uma luz incrivelmente brilhante produzida por 27 motores.

Cerca de 15 segundos depois, com um barulho ensurdecedor, atingiu os espectadores com a velocidade do som.

Pouco mais de três minutos após o lançamento, a parte mais tensa do voo havia acabado, quando os propulsores foram abandonados e a segunda etapa continuou seu caminho para a órbita da Terra.

Cerca de oito minutos após o lançamento, duas explosões balançaram a área quando os propulsores laterais pousaram quase em sincronia em duas plataformas de pouso no Cabo Canaveral. Nos últimos anos, a SpaceX descobriu como trazer seus propulsores de volta para serem usados novamente em voos futuros.

Um problema da missão foi que o propulsor central, que deveria descer em uma plataforma flutuante no Atlântico, acabou se chocando contra a água, pois alguns dos motores falharam no momento do pouso final.

Uma vez em órbita, o foguete enviou vídeos do carro, com o manequim vestindo o traje espacial e uma mão no volante. No painel estavam as palavras “Não entre em pânico”, menção ao livro de Douglas Adams, “O Guia do Mochileiro das Galáxias”.

A nave atravessou o cinturão de radiação Van Allen da Terra. Cerca de sete horas depois que o foguete foi lançado, Musk anunciou que um terceiro e último impulso havia colocado seu carro esporte em uma órbita elíptica em torno do sol, que se estende além da órbita de Marte.

Desde 2010, a empresa enviou várias vezes ao espaço o foguete Falcon 9, menor que o Heavy, levando satélites e cargas para tripulações a bordo da Estação Espacial Internacional. A SpaceX mudou o setor global de lançamentos com seus preços mais baixos e propulsores reutilizáveis.

O Falcon Heavy é capaz de levar 64 mil quilos para a órbita terrestre baixa, mais do que qualquer outro foguete hoje. Como os três propulsores seriam recuperados para novas viagens, um lançamento do Falcon Heavy não é muito mais caro que o de outro foguete da empresa, disse Musk. A SpaceX cobra US$90 milhões pelo voo do Falcon Heavy, em comparação com US$62 milhões para um do Falcon 9, uma pechincha no contexto da exploração espacial.

Musk estima que sua empresa tenha gasto mais de US$500 milhões no Falcon Heavy e disse que o programa foi quase cancelado três vezes.

A SpaceX já reservou os próximos voos do Heavy para a Arabsat, empresa de comunicações da Arábia Saudita, e a Força Aérea dos Estados Unidos.

No entanto, o mercado para o Heavy é menor do que Musk imaginava quando anunciou o desenvolvimento do foguete, em 2011. Naquela época, ele esperava que os lançamentos da SpaceX fossem divididos uniformemente entre os Falcon 9s e os Heavies.

Porém, o desenvolvimento deste último levou anos além do previsto – o propulsor central teve que ser redesenhado para suportar o estresse dos laterais – e, com os avanços na miniaturização, a tendência é a criação de satélites menores. A SpaceX também aumentou a capacidade do Falcon 9, que agora pode transportar cargas que originalmente exigiriam o Heavy.

O sucesso da empreitada pode calar a crítica que se seguiu ao primeiro lançamento da SpaceX no ano – um foguete Falcon 9 que carregava uma carga altamente secreta de codinome “Zuma”, em 7 de janeiro. Um dia após o lançamento, houve relatos de que Zuma havia caído na Terra. Funcionários da SpaceX afirmam veementemente que o Falcon 9 teve o desempenho esperado, sugerindo que a culpa pelo que deu errado deve ser do Northrop Grumman, que construiu o Zuma.

No ano passado, a SpaceX apresentou muitos dos planos para o futuro desenvolvimento do Heavy. A empresa tinha a intenção de usar o foguete para lançamento de uma das cápsulas da SpaceX, conhecidas como Dragon, sem passageiros, em uma missão de pouso em Marte, mas a ideia acabou sendo abandonada em meados do ano passado.

Em 2017, Musk disse também que dois turistas espaciais partiriam em um Falcon Heavy para uma viagem ao redor da Lua este ano; no dia 5 de fevereiro, ele afirmou que, por enquanto, a empresa não tem planos imediatos para fazer as melhorias necessárias para colocar pessoas a bordo.

Em vez disso, a SpaceX está focada no desenvolvimento do BFR. Seria um foguete de dois estágios: um propulsor poderoso para escapar da gravidade da Terra com uma nave espacial para missões interplanetárias. O veículo completo só estaria pronto em 2020, mas Musk afirmou ter esperanças de iniciar testes de voos curtos de parte da nave espacial no ano que vem.

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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