Cidades
Novo governo pode barrar nomeação de Anderson Torres para governo do DF
Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro é o novo secretário de segurança pública do Distrito Federal, mas, como é delegado, depende de aval da PF para seguir no cargo.
Pode durar pouco a nomeação de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), para o governo do Distrito Federal.
Isso porque Torres, que já havia ocupado o cargo no passado, é delegado da Polícia Federal e, para voltar a ele, e depende de cessão da corporação, hoje subordinada ao novo ministro da Justiça, Flávio Dino.
Fiel seguidor de Bolsonaro, Anderson Torres usou o posto de ministro da Justiça para determinar que a Polícia Federal investigasse críticos do governo e para dar respaldo às teorias conspiratórias e ataques do ex-presidente da República ao sistema eleitoral.
Quando o ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, atirou e jogou granadas contra policiais, Torres chegou a ensaiar uma viagem até o local, a pedido do presidente. Só recuou pelo medo de ser acusado de prevaricação.
Durante a onda de violência em Brasília em 12 de dezembro, quando bolsonaristas tentaram invadir a sede da PF, destruíram ônibus e veículos e depredaram uma delegacia, Torres levou mais de duas horas para se manifestar.
Ibaneis foi pressionado, e sabe que nomeação não deve prosperar
Segundo blog apurou, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) – que é muito próximo de Bolsonaro – foi bastante pressionado a não readmitir Torres no governo- mas não recuou.
A avaliação é que não é possível manter, na Secretaria de Segurança Pública do DF, alguém que foi conivente com o caos bolsonarista.
Para integrantes do governo Lula, a nomeação sugere que Ibaneis teme o seu próprio subordinado.