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Novo governo pode barrar nomeação de Anderson Torres para governo do DF

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Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro é o novo secretário de segurança pública do Distrito Federal, mas, como é delegado, depende de aval da PF para seguir no cargo.

Torres (à direita) ao lado de Bolsonaro em cerimônia em Brasília em 25 de novembro. — Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Pode durar pouco a nomeação de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), para o governo do Distrito Federal.

Isso porque Torres, que já havia ocupado o cargo no passado, é delegado da Polícia Federal e, para voltar a ele, e depende de cessão da corporação, hoje subordinada ao novo ministro da Justiça, Flávio Dino.

Fiel seguidor de Bolsonaro, Anderson Torres usou o posto de ministro da Justiça para determinar que a Polícia Federal investigasse críticos do governo e para dar respaldo às teorias conspiratórias e ataques do ex-presidente da República ao sistema eleitoral.

Quando o ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, atirou e jogou granadas contra policiais, Torres chegou a ensaiar uma viagem até o local, a pedido do presidente. Só recuou pelo medo de ser acusado de prevaricação.

Durante a onda de violência em Brasília em 12 de dezembro, quando bolsonaristas tentaram invadir a sede da PF, destruíram ônibus e veículos e depredaram uma delegacia, Torres levou mais de duas horas para se manifestar.

Ibaneis foi pressionado, e sabe que nomeação não deve prosperar

Segundo blog apurou, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) – que é muito próximo de Bolsonaro – foi bastante pressionado a não readmitir Torres no governo- mas não recuou.

A avaliação é que não é possível manter, na Secretaria de Segurança Pública do DF, alguém que foi conivente com o caos bolsonarista.

Para integrantes do governo Lula, a nomeação sugere que Ibaneis teme o seu próprio subordinado.

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