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Influencer Big Jhow é preso na Grande BH por seguir com sorteio ilegal de carro de luxo
O veículo estava com bloqueio judicial após operação da Polícia Civil de Brasília. Prisão aconteceu na casa dele, na cidade de Esmeraldas.
O influenciador Elizeu Silva Cordeiro, conhecido como “Big Jhow,” foi preso na manhã desta quarta-feira (16), em Esmeraldas, na região Metropolitana de Belo Horizonte. Alvo da segunda fase da Operação Huracán, a prisão preventiva foi requerida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
“A prisão foi requerida como garantia da ordem pública porque o influenciador continuou com o sorteio ilegal do veículo Lamborghini mesmo após o sequestro judicial do carro, agora com a promessa de entrega de valor correspondente ao do veículo”, explica a polícia.
A decisão foi proferida ainda no domingo, pelo juiz do plantão judicial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT). Segundo o magistrado, o investigado não “respeita as determinações judiciais e os preceitos legais” e “insiste em promover alienação que sabe ilegal”.
“Não se trata de simples rifa de bem de valor desprezível, mas de operação milionária, cujo produto fatalmente terá que ser branqueado”, considerou o juiz.
Dois mandados de busca e apreensão também foram cumpridos, uma lancha e um jet ski.
O mandado de prisão foi cumprido pela Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais (CORE/MG ), no condomínio onde Big Jhow reside, em Esmeraldas.
Não tenho como pagar ganhador de carro
“Antes preciso resolver a ação da Lamborghini, que é meu foco, não estou nem conseguindo dormir direito e preciso resolver isso com vocês, que estão participando”, disse o influenciador Elizeu Silva Cordeiro, conhecido como “Big Jhow,” em comunicado publicado no último sábado (12) no Instagram.
A ação faz parte da 2ª fase da Operação Huracán, deflagrada em março deste ano (veja detalhes abaixo). Dois veículos da marca Lamborghini, avaliados em R$ 5 milhões, foram apreendidos.
No estado mineiro, os agentes apreenderam uma lancha e um jet ski, avaliados em R$ 700 mil. Também foram bloqueados R$ 12 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.
Esquema de rifas
Segundo as investigações, entre outubro de 2021 e maio deste ano, o grupo promoveu a lavagem de R$ 12 milhões, obtidos por meio das rifas ilegais, por meio de empresas de fachada.
A polícia afirma que os influenciadores utilizavam um site para a venda dos sorteios e dissimulavam os valores arrecadados em três empresas de fachada, em Taguatinga, no DF, e em Contagem, em Minas Gerais.
Segundo a polícia, as rifas são ilegais porque a distribuição de prêmios por meio de sorteios deve seguir uma série de regras estabelecidas pelo Ministério da Economia, o que não era feito pelo grupo.