Economia

Ibovespa hoje: bolsa opera estável em dia de Copom, apesar de exterior positivo

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Vale recua em linha com minério de ferro e impede alta do índice; BC deve voltar a subir juros nesta noite

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

O Ibovespa opera próximo da estabilidade nesta quarta-feira, 3, descolado das firmes altas no mercado internacional. A maior cautela ocorre em véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta noite.

A grande expectativa é de que o colegiado opte por mais uma elevação de 13,25% para 13,75. Porém, dúvidas sobre o fim ou continuidade do ciclo de alta para setembro continuam na mesa.

Mas na prática são as ações da Vale (VALE3), com a maior participação do Ibovespa, que segura a alta do índice. A mineradora recua quase 1% nesta manhã, seguindo a desvalorização do minério de ferro nesta madrugada.

A queda da commodity, segundo a Reuters, foi pressionada por dados de queda do volume de vendas e de preços de casas novas na China.

Ações de petrolíferas, por outro lado, operam em leve alta, com investidores digerindo a decisão da Opep+ de elevar a produção de petróleo em 100.000 barris por dia. A valorização do setor, porém, é insuficiente para sustentar a bolsa brasileira nesta quarta.

No exterior, os principais índices de ações chegam a subir mais de 1%, com o fim da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. A viagem, criticada pela própria imprensa americana, abalou ainda mais a relação sino-americana, com bolsas internacionais encerrando o último pregão na véspera.

Como resposta, a China anunciou bloqueou as exportações de areia natural, frutas e produtos de pesca a Taiwan, segundo a Reuters, além de ter proibido a importação de 35 produtos da ilha.

Ações em destaque

Embora o movimento do Ibovespa seja contido neste pregão, as maiores altas e baixas são intensas, com investidores reagindo aos balanços do segundo trimestre.

A Cielo salta mais de 5%, estendendo os ganhos no ano para mais de 100% no ano, após o resultado divulgado na última noite. A empresa , que vinha sofrendo com o aumento da concorrência, apresentou seu maior lucro líquido desde 2018  e aumentou sua margem Ebitda em 5,1 ponto percentual na comparação anual para 28%.

Já a Gerdau lidera as perdas, beirando 3% de queda, após balanço desta manhã. A companhia teve lucro líquido ajustado de R$ 4,298 bilhões no segundo trimestre, 27,6% acima do mesmo período de 2021.

 

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