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Governo Doria avançou em metade das metas planejadas, diz pesquisa

Das 53 metas apresentadas pelo ex-prefeito em seu programa de governo, apenas 4 foram cumpridas, 20 foram iniciadas e 24 não saíram do papel

São Paulo – No primeiro ano de gestão, o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), atual pré-candidato a governador de São Paulo, avançou em 29 das 53 objetivos do Programa de Metas, plano traçado para ser implementado pela administração municipal entre 2017 e 2020. Na média geral, de janeiro a dezembro de 2017, a Prefeitura avançou em 20% na execução.

O resultado integra o balanço do Programas de Metas anualmente realizado pela Rede Nossa São Paulo, entidade que reúne 700 organizações da sociedade civil.

Participam também da iniciativa o Instituto dos Arquitetos do Brasil, a ONG Cidade dos Sonhos, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Instituto Polis e o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef).

O balanço será apresentado às 19h desta terça-feira, 17, no Auditório Prestes Maia, na Câmara dos Vereadores paulistana. A Prefeitura de São Paulo será representada pelo secretário municipal de Gestão, Paulo Uebel, que confirmou presença.

Ao todo, 20 metas do Programa foram iniciadas e apresentam resultados parciais, e 4 metas já foram concluídas. Ainda de acordo com o levantamento, das 20 metas que apresentam resultados parciais, a média de execução é de 32%.

E dessas, 14 metas estão abaixo de 50% de execução, 5 metas estão entre 50% e 75% de execução e 1 metas está com mais de 75% de execução.

Quando analisado o cumprimento das metas por áreas, destacam-se os avanços as áreas de Assistência Social (80%), Meio Ambiente (55%) e Cultura (37%).

Entre os menores avanços estão as metas de Saúde, que alcançaram 11% de realização, as de Habitação, com 8%, as de Mobilidade (9%) e, por fim, as de Educação (5%).

Procurada, a Prefeitura de São Paulo não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Entre as metas de Saúde que ainda não foram iniciadas, estão: diminuir a mortalidade infantil em 5%, priorizando regiões com as maiores taxas; aumentar a cobertura da atenção primária à saúde para 70%; e reduzir em 5% (7 óbitos prematuros a cada 100 mil residentes) a taxa de mortalidade precoce por doenças crônicas não transmissíveis selecionadas, contribuindo para o aumento da expectativa de vida saudável.

Na área da Educação, foi considerada um avanço parcial, por exemplo, a meta de expandir em 30% (85,5 mil) as matrículas em creche na Rede Municipal de Ensino. Segundo o levantamento, no primeiro ano de gestão Doria este objetivo foi cumprido em 30%.

“Primeiro, Doria prometeu, no prazo máximo de um ano, zerar o déficit das 103 mil crianças fora de creches. Quando assumiu, o prefeito revisou a meta para 65,5 mil vagas, o déficit deixado pelo ex-prefeito petista Fernando Haddad. E, em março do ano passado, estendeu o prazo para o cumprimento dessa promessa. Prometeu zerar o déficit até 30 março de 2018. Hoje, a demanda é de 44.092 vagas. Sobre as novas matrículas, até o segundo semestre de 2017 foram feitas 26.059. Ou seja, 30% da meta de 2020. Faltam quase 60.000”, analisa a Rede Nossa São Paulo.

“A Prefeitura garante que o número de crianças atendidas em creche pela rede municipal de São Paulo ultrapassou a marca de 310 mil e a demanda cadastrada foi a menor desde o início do registro, em 2007. A redução da fila – em 32% em relação a 2016 – também foi a maior registrada desde então”, completa a entidade.

Na análise por eixos temáticos, Desenvolvimento Social tem 29% de execução e Desenvolvimento Humano, 19%. Destacam-se ainda o Desenvolvimento Econômico e Gestão, com 27% de execução. As temáticas Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e Institucional registraram as menores execuções, com 14% e 9 %, respectivamente.

Metas parcialmente cumpridas

– Saúde: Reduzir o tempo médio de espera para exames prioritários para 30 dias na cidade de São Paulo. Cumprimento: 64%

Análise: O Corujão da Saúde, programa da prefeitura em parceria com hospitais privados como Albert Einstein, Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa e Oswaldo Cruz foi uma das grandes bandeiras da campanha de João Doria. A promessa era de zerar a fila de 485,3 mil exames remanescentes de 2016. Segundo a gestão do tucano, essa fila foi zerada em 83 dias de gestão. Uma nova fila surgiu e, segundo o prefeito, ela era administrável: com prazos de 30 dias para exames urgentes e 60 dias para os demais exames. Segundo o site PlanejaSampa, que acompanha o plano de metas da gestão, no primeiro semestre de 2017 o tempo médio de espera para os exames de Ecocardiograma, Endoscopia, Mamografia, Raio-X, Ressonância Magnética, Teste Ergométrico, Tomografia e Ultrassonografia nos primeiros seis meses do ano foi de 70 dias. No segundo semestre, passou para 45. “Em janeiro o tempo médio estava em 81 dias e foi caindo ao longo do ano chegando a 44 dias em dezembro”, explica a página. A média anual fechou em 59 dias e o valor base, de 2016, era de 72 dias. Em outubro do ano passado, uma reportagem da Folha de S.Paulo analisou 128 diagnósticos com tempo médio de espera informado. Constatou que desses, 84% levavam mais de 30 dias e 64%, mais de 60. A fila tinha, à época, 215 mil procedimentos. A mesma matéria mostrou que o tempo de espera por uma cirurgia era de 142 dias. O prefeito havia prometido uma redução para 30 dias. Para um procedimento na área de otorrinolaringologia, como a retirada de amídalas, a média de espera era de 275 dias.

– Educação: 100% (46) dos CEUs transformados em polos de inovação em tecnologias educacionais e práticas pedagógicas. Cumprimento: 2%

Análise: Segundo a Prefeitura, ao longo de 2017, três Centros de Educação Unificados (CEUs) foram objeto de pilotos para sua transformação em polos de inovação em tecnologias educacionais e práticas pedagógicas: os CEUs Pera Marmelo, Feitiço da Vila e Capão Redondo. O CEU Pera Marmelo já está com o laboratório renovado, enquanto os outros dois estão com projetos em andamento e entrega prevista para o início de 2018. Faltarão ainda 43.

– Segurança: Contribuir para a redução dos crimes de oportunidade em 10% (42.901) na cidade de São Paulo. Cumprimento: 9%

Análise: Como crimes de oportunidade, a Prefeitura entende as ocorrências de furto e roubo. A meta baseia-se no cálculo da média de ocorrências de furto, roubo e furto e roubo de veículo no período 2013-2016 (429.006.5), sobre a qual deve ser aplicada uma redução de 10% para projeção do índice esperado para o período 2017-2020. A meta, então, é chegar a 2020 com uma média de 386.105,85 no período. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o número de ocorrências de furtos na capital paulista caiu de 197.683 em 2016 para 185.886 em 2017. Também houve queda nos roubos: foram 197.683 em 2016 e 185.886 em 2017. Houve queda também no que refere-se a roubos e furtos de veículos: de 82.830 em 2016 para 74.747 em 2017. Foram 461.221 ocorrências, uma queda de 9,2% em relação ao ano anterior e uma média mensal de 38,4 mil ocorrências por mês.

– Habitação: 25 mil Unidades Habitacionais entregues para atendimento via aquisição ou via locação social. Cumprimento: 7%

Análise: Até o segundo semestre do ano passado foram entregues apenas 1.782 unidades. Segundo o site do PlanejaSampa, a Prefeitura está trabalhando com um universo de 28 mil unidades em estágio mais avançado de contratação que dependem de autorização pelo Ministério das Cidades, mas depende muito de recursos externos, em especial, federais. A Prefeitura também está trabalhando para viabilizar a meta de 1 mil unidades habitacionais para locação social. A negociação de fontes de recursos junto ao Ministério das Cidades por meio de projeto piloto de locação para população em situação de rua, ocorrida em 2017, chegou a fase final do processo de contratação de recursos para obras de reforma e construção de 441 unidades habitacionais. Encontra-se também em fase final de execução de obras retomadas em 2017 de empreendimento para 34 unidades habitacionais e em fase de conclusão de licenciamento de empreendimento para mais 52 unidades habitacionais. Para completar a meta proposta, está sendo trabalhada a viabilização de outros empreendimentos e fontes de financiamento.

Metas já cumpridas

– Assistência social: Assegurar acolhimento para, no mínimo, 90% da população em situação de rua.

Análise: Segundo o site PlanejaSampa, o porcentual de 79% (valor base) subiu para 83% no primeiro semestre de 2017 e chegou a 96% no segundo. Até o fim do ano passado, segundo dados da Secretaria Municipal de Administração e Desenvolvimento Social, a gestão tucana havia entregue 17 abrigos para pessoas em situação de rua – oito com baias para canil. A promessa da entrega de abrigos com canis tinha sido feito por Doria ainda em sua campanha.

– Direitos humanos: Garantir 100% de encaminhamentos das denúncias recebidas contra populações vulneráveis.

Análise: Segundo a Prefeitura, a meta, que abrange os Projetos Direitos Humanos na Cidade e Centros de Cidadania, já atingiu os 100% de encaminhamentos. O número de atendimentos realizados pela Rede de Serviços de Direitos Humanos de janeiro a novembro de 2017 foi de 22.605.

– Meio ambiente: Reduzir em 500 mil toneladas o total dos resíduos enviados a aterros municipais no período de 4 anos, em comparação ao total do período 2013-2016.

Análise: Entre 2013 e 2016, os aterros municipais receberam 15.562.000 toneladas de resíduos, uma média anual de 3.890.500 toneladas. Em 2017, segundo a Prefeitura, o total da coleta dos resíduos domiciliar, feira e poda realizado foi de 3.763.592 toneladas. Uma redução de 126.912 toneladas em relação a média do período anterior. Entre 2017 e 2020, para o cumprimento da meta, o total de resíduos encaminhados a aterros deve ser de 15.062.000 toneladas, uma média anual de 3.765.500 toneladas.

– Tecnologia: Reduzir o tempo para abertura e formalização de empresas de baixo risco para 5 dias.

Análise: Até o último semestre, a Prefeitura já tinha conseguido baixar o tempo de abertura e formalização de empresas de baixo risco de 13 para a meta de cinco dias. A projeção, todavia, é que a média volte a subir para sete dias até o segundo semestre de 2018. Essa redução aconteceu graças ao Programa Empreenda Fácil, lançado em maio de 2017, que disponibilizou um sistema online para que o empreendedor possa fornecer todas as informações e documentação sem se deslocar fisicamente.

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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