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Brasília

Governadores desafiam o presidente e mantêm regras de isolamento

Governadores entram em colisão com o Executivo e dizem que seguirão com regras de isolamento criticadas pelo presidente. Após trocar farpas com o chefe do Planalto, Doria convoca reunião de mandatários dos entes federativos e, em carta, eles pedem serenidade ao governo

A videoconferência com governadores do Sudeste foi tensa, com troca de acusações entre Doria e Bolsonaro
(foto: Marcos Corrêa/PR)

Num momento em que o país precisa de união para combater a pandemia do coronavírus — responsável por 57 mortes e mais de dois mil infectados até agora no país —, os governos federal e estaduais estão com relações abaladas. Com uma postura de minimizar a Covid-19 e criticar medidas tomadas por estados e municípios para evitar a disseminação da doença, o presidente Jair Bolsonaro entrou em conflito com quase todos os chefes de Executivos dos entes federativos.
Depois de criticar — em pronunciamento em rede nacional, na terça-feira — os governantes que fecharam comércio e escolas, Bolsonaro voltou à carga ontem. Chamou a atitude de chefes de Executivos de “demagogia barata” em cima da crise. Os alvos principais dele foram Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro, e João Doria (PSDB), de São Paulo. “Para esconder outros problemas, se colocam junto à mídia como os salvadores da pátria, como messias que vão salvar os seus estados e o Brasil do caos. Fazem política o tempo todo”, disparou, à porta do Alvorada, ontem. “O que estão fazendo no Brasil, alguns poucos governadores e alguns poucos prefeitos, é um crime. Eles estão arrebentando com o Brasil, estão destruindo empregos. E falam: ‘Ai, a economia é menos importante do que a vida’. Cara-pálida, não desassocia uma coisa da outra. Sem dinheiro, sem produção, o povo do campo também vai deixar de produzir. Nós vamos viver do quê?”
Os ânimos se acirraram de vez durante a videoconferência de Bolsonaro com os governadores do Sudeste. Isso porque Doria e Witzel, possíveis candidatos às eleições de 2022, vêm trocando farpas com o presidente desde o passado. A reunião foi marcada por um bate-boca entre Bolsonaro e Doria. O governador iniciou sua fala lamentando o pronunciamento do chefe do Planalto, na terça-feira. “O senhor, como presidente da República, tem de dar o exemplo. Tem de ser mandatário para comandar, para dirigir, liderar o país, e não para dividir”, disparou.
O presidente, por sua vez, disse que, em 2022, ano de eleições para a Presidência, Doria poderá “destilar todo o ódio e demagogia”. “Vossa excelência não é exemplo para ninguém. Não aceito, em hipótese alguma, essas palavras levianas”, rebateu.
Já Witzel, após a videoconferência, evitou críticas a Bolsonaro. Ainda assim, em entrevista coletiva, reiterou pedido para que a população fique em casa até o próximo dia 4, quando será reavaliada a situação do Rio de Janeiro, com possibilidade de ajuste nas atividades produtivas.
“Não queremos acabar com as empresas, exterminar empregos. Queremos preservar vidas. Ressuscitar a economia, a gente consegue. Ressuscitar quem morreu é impossível”, argumentou. “A determinação é clara: fique em casa. Peço encarecidamente àqueles que ouviram o pronunciamento ontem (terça-feira), que aguardem. Pronunciamento não tem validade jurídica, pronunciamento é opinião política”, acrescentou.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, por sua vez, que manterá as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que sua “prioridade é salvar vidas”. Ele reconheceu a preocupação com a questão econômica. “É importantíssimo nós termos algumas medidas nesse sentido com uma certa urgência. Minas Gerais é um estado que está sendo seriamente impactado. Vamos ter, caso essa situação perdure, uma queda na arrecadação de ICMS na ordem de R$ 7,5 bilhões. Isso seria catastrófico para o nosso estado”, alertou.
Reunião nacional
Ontem à tarde, governadores de 26 unidades da Federação — à exceção de Ibaneis Rocha (MDB), do DF — reuniram-se, também por videoconferência. Foi Doria quem articulou o encontro. Ao fim da conversa, eles escreveram uma carta a Bolsonaro, na qual desejam que ele “tenha serenidade e some forças com os governadores na luta contra a crise do coronavírus e seus impactos humanitários e econômicos”.
Eles concordaram em manter medidas para controlar a circulação de pessoas e fizeram pedidos, como a suspensão, por 12 meses, do pagamento das dívidas dos estados com União, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para aplicação em serviços de saúde e investimento em obras, redução da meta de superavit primário do governo federal e aplicação da Lei 10.835/2004, que institui a renda básica de cidadania, a fim de propiciar recursos destinados a amparar a população economicamente vulnerável.
Participou do encontro o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele ouviu outro apelo dos governadores: o de que a Casa agilize a aprovação do Plano Mansueto, proposta de socorro a estados e municípios. “Essa foi uma pauta urgente dos governadores, e nós vamos trabalhar para que ela seja aprovada no início da semana (que vem)”, disse o deputado.
Até então aliado de Bolsonaro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), criticou o pronunciamento de terça-feira do presidente e sinalizou rompimento com ele. “Fui aliado durante todo o tempo, mas não posso admitir que vem agora um presidente da República lavar as mãos e responsabilizar outras pessoas por um colapso econômico, uma falência de empregos que venha a acontecer”, reprovou. “Não faz parte da postura de um governante. Um estadista tem de ter a coragem de assumir as dificuldades.” Caiado afirmou que, assim como o presidente, agora só se entrará em contato com ele por meio de comunicados oficiais.
Ibaneis
Primeiro governador a decretar medidas de restrição no combate ao coronavírus, como suspensão de aulas e fechamento do comércio, Ibaneis Rocha foi diplomático ao comentar o pronunciamento de Bolsonaro. Para ele, o chefe do Executivo federal tem razão em parte ao defender que o país não pode parar: “Não é hora de politizar ou polemizar. Bolsonaro tem parte da razão. Afinal, muitos municípios pequenos, sem qualquer caso de coronavírus, estão fechando”. Ibaneis ressaltou, porém, que essa não é a realidade em todas as localidades. “De outra parte, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília têm situações diferenciadas. Eu vou manter o meu foco em cuidar das pessoas. Acredito e preciso do apoio do Ministério da Saúde e da Economia.” (Colaborou Ana Maria Campos)
OMS ressalta perigo
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi questionado ontem sobre as declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro de que a doença seria similar a um resfriado. Ele comentou que em várias nações há muita necessidade agora de atendimentos de urgência, por causa da doença. “Em muitos países, o coronavírus é uma doença muito séria”, frisou. “A responsabilidade é de todos, especialmente a liderança política. O governo inteiro deve estar envolvido.”

Aspas

“Não é hora de politizar ou polemizar. Bolsonaro tem parte da razão. Afinal, muitos municípios pequenos, sem qualquer caso de coronavírus, estão fechando (…). De outra parte, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília têm situações diferenciadas”, Ibaneis Rocha, governador do DF
 
“O senhor, como presidente da República, tem de dar o exemplo. Tem de ser mandatário para comandar, para dirigir, liderar o país, e não para dividir”, João Doria, governador de SP
 
“Não queremos acabar com as empresas, exterminar empregos. Queremos preservar vidas. Ressuscitar a economia, a gente consegue. Ressuscitar quem morreu é impossível”, Wilson Witzel, governador do RJ
 
“Dizer que isso é um resfriadinho, uma gripezinha. Ninguém definiu melhor do que 
o (Barack) Obama: ‘Na política e na vida, a ignorância não é 
uma virtude’”, Ronaldo Caiado, governador de GO

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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