Brasília
Fim de semana no DF tem filme em homenagem aos 103 anos de Athos Bulcão e últimas apresentações do musical inspirado em livro de Clarisse Lispector
Programação traz ainda teatro, cinema, música ao vivo, oficinas e exposições. Há opções gratuitas e pagas; confira o que fazer em Brasília neste primeiro fim de semana de julho.
Teatro, cinema, música ao vivo, oficinas e exposições são algumas das atividades que acontecem no primeiro fim de semana de julho, no Distrito Federal. Um dos destaques, é a exibição gratuita de um documentário em homenagem ao aniversário de 103 anos do artista Athos Bulcão.
A programação conta ainda com as últimas sessões da mostra com os filmes do ator norte-americano Steve McQueen e o fim da temporada de apresentação do musical inspirado no livro “A Hora da Estrela”, de Clarisse Lispector – ambos em cartaz no CCBB de Brasília.
103 anos de Athos Bulcão
Athos Bulcão nasceu, no Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918. Mas o carioca viveu 50 anos em Brasília, e no solo do planalto central deixou grande parte de suas obras, como o painel de azulejos azuis da Igrejinha da entrequadra 307/308 Sul.
Igrejinha das quadras 307/308 Sul, no Distrito Federal — Foto: Luís Tajes/Setur-DF
Se estivesse vivo, o artista completaria 103 anos nesta sexta-feira (2). Para comemorar a data, em tempos de pandemia do novo coronavírus, a Fundação Athos Bulcão lança uma exposição digital com 61 obras do artista, além de um documentário sobre a vida do carioca .
A mostra está em cartaz no Google Arts and Culture e traz obras de Athos localizadas em Brasília. Já o filme será publicado no YouTube, a partir das 0h desta sexta.
O documentário “Tela sobre Tinta”, tem 30 minutos de duração e aborda a trajetória e o legado de Athos Bulcão. É possível assistir, de graça, até o domingo (4).
Musical inspirado na obra de Clarisse Lispector
Acaba, neste domingo (4), a temporada de apresentação do musical inspirado no livro “A Hora da Estrela”, último romance lançado por Clarisse Lispector, antes de morrer. O espetáculo está em cartaz no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília.
A peça “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” é encenada na quinta e sexta-feira, às 19h, e aos sábados e domingos em sessões às 16h e às 19h. O ingresso custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) e está à venda na internet.
No sábado (3), a sessão presencial, às 16h, terá tradução em libras. Além de assistir presencialmente, o público pode conferir as apresentações pela internet. O espetáculo é transmitido pelo YouTube, nos mesmos horários das sessões no teatro.
Clarice Lispector faleceu pouco tempo depois do lançamento de “A Hora da Estrela”, em 1977. A obra narra a saga de Macabéa, imigrante nordestina cuja vida no Rio de Janeiro é marcada pela ausência de afeto e poesia.
No musical, a atriz Laila Garin assume o papel de protagonista. A direção é de André Paes Leme e a trilha sonora foi composta por Chico César. A idealização e produção são de Andréa Alves.
Cinema de graça
Chega ao Recanto das Emas, neste sábado (3), o Circuito Cine Drive In nas Cidades. Os moradores da região vão poder aproveitar sessões gratuitas de filmes até a próxima quinta-feira (8).
As exibições ocorrem em uma estrutura montada no estacionamento do Fórum, atrás da Praça do Skate.
Público assiste sessão de filme no projeto Circuito Cine Drive-in nas Cidades, no DF — Foto: Divulgação
Cada sessão terá capacidade para 100 carros, sendo que cada veículo pode ter até quatro pessoas. Por causa do espaço limitado, os ingressos devem ser retirados, com antecedência, pela plataforma Sympla.
Depois de pegar o bilhete, é preciso enviar uma mensagem com alguns dados para o WhatsApp (61) 98344-1858. As informações servem para agilizar a liberação do acesso às sessões.
Os dados devem ser enviados com, no mínimo, 12 horas antes do evento. São eles:
- Placa do veículo usado para entrar na sessão
- Nome e CPF do titular do ingresso
- Código do ingresso
No local, as pessoas precisam respeitar o distanciamento entre os carros, o uso de álcool em gel e a aferição de temperatura. Confira abaixo a programação deste fim de semana:
Sábado (3)
- 18h: Curta metragem
- 18h30: Uma Aventura Lego 2
- 20h40: Doutor Sono
Domingo (4)
- 18h: Curta metragem
- 18h30: O Rei Leão
- 20h40: Mulher Maravilha 1984
Segunda-feira (5)
- 18h30: Curta metragem
- 20h40: A Freira
Terça-feira (6)
- 18h30: Curta metragem
- 20h40: Minha Mãe é Uma Peça 3
Quarta-feira (7)
- 18h30 Curta metragem
- 20h40 Coringa
Quinta-feira (8)
- 18h30: Curta metragem
- 20h40: Aves de Rapina – Arlequina
Festival Internacional de Teatro
Cena do espetáculo “Uma palhaça confinada em gaste sua lombra em casa”, da atriz Ana Luiza Bellacosta. Performance faz parte da programação do Cena Festival Cena Contemporânea, edição de 2021. — Foto: Humberto Araujo
Começou, na quinta-feira (1ª), a 22ª edição do Festival Internacional de Teatro de Brasília, o Cena Contemporânea. O evento fica em cartaz até 10 de julho, com exibição gratuita e online dos espetáculos.As obras ocupam o canal no YouTube do festival, de segunda a sábado, às 21h, e aos domingo, às 20h. Cada peça fica em cartaz durante três dias após a estreia nas redes sociais.
Além das performances artísticas, o Cena Contemporânea também conta com debates e conversas sobre o tema “Memória, afeto, revolução”. Ao todo, serão quatro encontros com especilialistas, pela plataforma Zoom (saiba mais clicando aqui). O público poderá acompanhar as discussões também pelas redes sociais.
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
Ver essa foto no Instagram
A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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