Brasília
Expectativa da Saúde é de vacinar mais de 17 mil pessoas com novas doses da CoronaVac
Com mais 37,4 mil unidade da CoronaVac, Secretaria de Saúde seguirá com a imunização dos grupos prioritários já inciados. Fontes da pasta adiantam que a campanha pode ser ampliada para outros públicos a partir de amanhã. Hoje, começa a aplicação do reforço
O Distrito Federal recebeu, neste domingo (7/2), um lote com 37,4 mil doses da vacina chinesa CoronaVac — produzida pelo Instituto Butantan (SP) em parceria com a farmacêutica Sinovac — contra a covid-19. Sob a fiscalização da Polícia Federal (PF), a remessa desembarcou no Aeroporto Internacional Brasília Juscelino Kubitschek às 8h23, em um voo da companhia aérea Latam, e seguiu para a Rede Frio Central, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Hoje, começa a aplicação da segunda dose para quem recebeu a primeira entre 14 e 28 dias atrás. Fontes da Secretaria de Saúde do DF informaram ao Correio que a pasta deve iniciar a vacinação de idosos com 78 e 79 anos, a partir desta terça-feira (9/2).
O lote remetido ao DF faz parte do carregamento de 2,9 milhões de vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde a todas as unidades sa Federação. A quantidade de unidades foi definida de acordo com a população de cada ente federativo.
Em reunião extraordinária ontem, integrantes do Comitê de Vacinação do DF da Secretaria de Saúde deliberaram sobre distribuição e utilização das 37,4 mil doses recém-chegadas. O grupo, composto por servidores da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), da Assessoria de Comunicação (Ascom), da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (Sais), da Secretaria Adjunta de Assistência (SAA), da Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugep) e da Subsecretaria de Logística (Sulog), decidiu pela continuação da aplicação nos grupos prioritários já iniciados.
Estão incluídos trabalhadores da saúde, deficientes institucionalizados, indígenas aldeados, idosos a partir de 80 anos, indivíduos atendidos pelo Núcleo de Atenção Domiciliar (NRAD) e pessoas com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência (ILP), além dos cuidadores que trabalham nesses locais. Também são contemplados os trabalhadores dos serviços de atenção pré-hospitalar (AHP), resgatistas do Corpo de Bombeiros e de instituições privadas que prestam APH.
Drive-thru
A aplicação das vacinas na capital começou em 19 de janeiro. Dados contabilizados até as 19h de sexta-feira pela SES-DF mostram que 97.793 pessoas receberam os imunizantes. Fontes da secretaria afirmaram que a pasta deve vacinar idosos com 78 e 79 anos a partir de amanhã. A ideia inicial era ampliar a imunização para quem tem a 75 anos ou mais, uma vez que a expectativa da pasta era de receber cerca de 60 mil doses da CoronaVac, nesse fim de semana.
Na reunião de ontem, optou-se, ainda, por distribuir doses do novo lote para os hospitais da rede particular para que as unidades privadas terminem de vacinar os profissionais de saúde da rede.
O intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina CoronaVac varia de 14 a 28 dias, e da Oxford/AstraZeneca, o intervalo é de até 90 dias. Com o início da aplicação da segunda dose hoje, a Secretaria de Saúde espera alcançar, nesta semana, a marca de 100 mil pessoas vacinadas.
Os pontos de vacinação exclusivos por drive-thru, localizados no Pontão, Iguatemi Shopping, Unieuro (Águas Claras) e Parque da Cidade, serão desativados temporariamente por queda na demanda, segundo informou a Secretaria de Saúde. A pasta esclareceu que esses locais devem ser reativados quando a aplicação da segunda dose da vacina nos idosos for iniciada e previu a abertura de novos pontos de vacinação, conforme ampliação do público-alvo e do número de doses que forem sendo disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.
Colaborou Samara Schwingel
Mais de 281 mil infectados
O DF continua a registrar aumento no número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, 403 pessoas testaram positivo para a doença e 10 morreram, segundo boletim epidemiológico divulgado ontem, pela Secretaria de Saúde. O total de infectados chega a 281.002, dos quais 271.534 estão recuperados. Ao todo, 4.618 faleceram devido à covid-19.
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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