“As medidas de emergência tomadas pelos países europeus nesta semana para reduzir a demanda de gás, como o acendimento de antigas usinas a carvão, foram justificadas pela dimensão da crise apesar das preocupações com o aumento das emissões de carbono”, afirmou, acrescentando que, na opinião dele, o retorno à geração de energia do carvão será “temporário” e vai ajudar a manter suprimentos de gás suficientes para a próxima temporada de aquecimento.
Alemanha, Áustria, Itália e Países Baixos anunciaram seus planos para intensificar o uso de carvão para geração de energia, enquanto Suécia e Dinamarca disseram que também lançariam medidas emergenciais para conter o uso de gás natural.
Birol alertou, no entanto, que as medidas atuais não vão longe o suficiente se as exportações de gás russo pararem completamente e sugeriu que os governos europeus intensifiquem os esforços para encher as instalações de armazenamento, entre outras opções.
“Acredito que haverá mais medidas e mais profundas sobre a demanda [tomadas pelos governos na Europa] à medida que o inverno se aproxima”, disse Birol. Ele observou que o racionamento de gás é uma possibilidade, o que poderia ajudar a compensar as consequências da perda de gás russo, e propôs ao bloco que “considerasse adiar o fechamento [de usinas nucleares] desde que as condições de segurança estejam presentes”.