Brasília
Em entrevista, Ricardo Salles defende que houve descaso com as cidades
Ministro afirma que os centros urbanos foram desconsiderados nas políticas de meio ambiente: ”São temas que têm muito menos charme”
Ministro do Meio Ambiente, o advogado Ricardo de Aquino Salles, 44 anos, ataca prioridades nas políticas nos governos passados. Um dos exemplos, segundo ele, é a desatenção com centros urbanos, onde a mobilização para buscar soluções de problemas tem menos “charme” por falta de recursos para viagens e seminários.“Houve um descaso absoluto da questão ambiental das cidades no Brasil na última década”, disse ele, durante entrevista ao programa CB.Poder, uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. “Ninguém se preocupou em cuidar do saneamento, ninguém se preocupou em cuidar do lixo, ninguém se preocupou em avançar na qualidade do ar. Por quê? Porque são temas que têm muito menos charme, não tem funding internacional para ficar fazendo seminários e viagens.”
Salles, ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo, tem se envolvido em polêmicas como o Fundo da Amazônia (responsável por receber doações para políticas de controle ao desmatamento) e a defesa, ou falta dela, da aprovação recorde de agrotóxicos — que ele chama de defensivos — durante o governo Bolsonaro. Todos os temas foram tratados na entrevista a seguir:
O senhor participou na terça-feira de reunião com a bancada da Amazônia, que teve inclusive a participação do presidente Bolsonaro. Como está essa relação com os ambientalistas?
A relação é boa. É claro que os pontos de vista sobre decisões concretas variam de acordo com várias visões: do setor produtivo, não só do agro, mas da indústria; do mercado imobiliário; da parte de infraestrutura. Em determinados pontos, às vezes pontuais, determinadas lideranças do setor ambiental têm visões diferentes. Precisamos encontrar qual é a melhor solução para o país. Essa é a função do Poder Executivo, e é isso que nós estamos fazendo.
Há uma crise mal resolvida em relação ao Fundo da Amazônia?
Eu não diria que é uma crise. O que há é a posição do governo, que foi eleito para fazer valer a decisão da população brasileira que quer, entre outras coisas, mais eficiência, resultados de gestão e mensurar aquilo que se faz em termos de esforço em território nacional na área de meio ambiente, nas diversas modalidades, inclusive na Amazônia. É uma questão da nossa soberania, o Brasil ter voz ativa sobre os destinos de tudo que se faz na região da Amazônia, inclusive os recursos doados ao governo brasileiro via fundo amazônico. Não foi doado a qualquer entidade, foi ao governo brasileiro, que é gerido pelo BNDES, que é um banco público brasileiro. Portanto, está sob administração do governo.
O senhor tem um balanço do que foi feito com esse fundo depois que ele foi criado?
Sim. Nós fizemos um levantamento sobre os 103 contratos. Contratos esses que foram analisados pelo ministério sob ótica do mérito, dos seus objetivos e do atingimento de resultados. Nós entendemos que foi uma boa experiência. A própria dinâmica dos contratos mostra que houve um aprimoramento, uma melhora, desde o começo até o fim. Tivemos uma mudança de perfil, mas, ainda assim, nós entendemos que dá para fazer mais coisas que, efetivamente, beneficiem a população que vive na região. Usando melhor os recursos do fundo em alinhamento com os recursos do governo federal e também com o dos estados. Nós entendemos que, assim, trará muito mais resultados em termo de diminuição do desmatamento ilegal e manutenção da biodiversidade da floresta.
Mas tem irregularidade? Porque o senhor chegou a dizer que mostraria quais eram as irregularidades em relação ao fundo. Quais são elas?
Nós produzimos uma análise que pega desde o mérito nas escolhas dos projetos. Nesse aspecto ficou claro, para nós, que não há uma visão de sinergia, de estratégia, de coerência nas escolhas dos projetos
Mas isso não necessariamente é irregularidade.
Mas ninguém disse que era no sentido formal. As coisas que entendemos que precisam ser mudadas também entram no mérito. Embora haja questões que vão ser analisadas na formalidade para isso inclusive é o documento que vai para a Controladoria-Geral da União (CGU). No mérito dos projetos, a sinergia tem o melhor resultado. Na execução, aí sim entram as questões mais importantes, para você ter a prestação de contas na sua integralidade, a comprovação da realização de determinadas atividades, a comprovação de que houve reuniões, que compareceram aquele determinado número de pessoas…
Esse levantamento, então, não foi feito ainda?
Esse levantamento foi feito por nós em vários contratos, inclusive levantadas algumas questões de documentos e comprovações que nós entendemos que não estão a contento incluídas nas prestações de conta.
O senhor poderia citar um exemplo prático?
Não posso citar exemplo porque os contratos foram feitos em caráter sigiloso no banco. Então, nós vamos entregar ao banco tudo que encontramos que é uma análise, inclusive, diferente da do TCU, que faz uma análise formal. A visão do TCU é coincidente com a nossa, a deles mais na forma, a nossa mais no mérito e no conteúdo. Todas elas indicam inclusive uma necessidade de que é necessário aprimorar e melhorar a governança do fundo.
Qual o maior problema então?
A escolha das estratégias, foco naquilo que se faz, o resultado chegar na ponta final de quem vive na região da Amazônia, essa é uma questão muito importante. Não podemos ter recursos dispersos, estratégias que não se coadunam, nós temos uma vasta área a ser contemplada com os recursos, eles têm que ter uma estratégia conjunta, e é isso que nós queremos fazer. O ministério se dispôs a ter mais presença na questão da gestão do fundo e os estados também e a ideia é que isso avance para que tenhamos mais resultados.
No Brasil, os lixões ainda são um problema grave. A gente vê tantas áreas carentes que estão repletas de lixo. Como tratar esse assunto?
O ministério elegeu, até porque nos parece o grande problema do meio ambiente no Brasil, a agenda de qualidade ambiental urbana. 80% dos brasileiros vivem nas cidades em todas as regiões, inclusive na Amazônia. Houve um descaso absoluto da questão ambiental das cidades no Brasil na última década. Ninguém se preocupou em cuidar do saneamento, ninguém se preocupou em cuidar do lixo, ninguém se preocupou em avançar na qualidade do ar. Por quê? Porque são temas que têm muito menos charme, não tem funding internacional para ficar fazendo seminários e viagens, mas são temas extremamente importantes, porque justamente com a falta de boas gestões nos lixões que as pessoas ficam doentes, que há a contaminação do solo por chorume, enfim, por tudo isso. Da mesma forma o saneamento, o percentual de coleta e tratamento muito baixo, eficiência também baixa, é muito ruim a situação do saneamento no Brasil. Do lixo, da qualidade do ar, enfim todos os temas da agenda urbana. Com relação ao lixo, nós precisamos ajudar os municípios em primeiro lugar.
De que forma?
Nós estamos fazendo as negociações para acordos de logística reversa da indústria, fizemos, na semana retrasada, o lançamento do Sistema Nacional Integrado de Gestão de Resíduos. É um sistema de informática na qual você faz a gestão do resíduo, monitoramento, ou seja, de onde vem, para onde vai, que tipo de lixo. O país estava há 10 anos esperando. Ninguém fez. Nós fizemos isso em seis meses. Por quê? Porque é prioridade do governo e do ministério ajudar os municípios e estados a solucionar o problema do lixo, que é uma grande vergonha. Eu arrisco dizer que praticamente 100% dos nossos municípios têm problema grave de lixo.
Nos primeiros 100 dias do governo Bolsonaro, foram liberados 152 agrotóxicos. Para se ter uma ideia, em 2005, esse número chegou a 91. O senhor, como ministro do Meio Ambiente, se preocupa com esse número?
O processo de aprovação dos defensivos é feito junto do Ministério da Saúde…
O senhor chama de defensivo o que muita gente chama de agrotóxico e de veneno…
É, veneno… Enfim, cada um pode chamar do jeito que quiser. Eu entendo que é defensivo porque é que nem remédio, se você exagerar na dose faz mal, se usar na medida certa, ele é um instrumento adequado que permite você ter a produção agropecuária em volume que possa alimentar com qualidade a sociedade. Temos que tirar esse patrulhamento em cima do defensivo que ficou taxando de veneno. Nós temos um instrumento que o mundo inteiro usa.
O país vem sendo acusado de não se comprometer com o acordo de Paris, por países como a Alemanha e a França. Essas críticas não atrapalham, principalmente, em acordos como o firmado entre a União Europeia e o Mercosul?
O Brasil permanece no Acordo de Paris. O Bolsonaro já tinha dito em janeiro, não foi uma resposta de agora para a Merkel (Angela, chanceler alemã) ou o Macron (Emmanuel, presidente francês) ou quem quer que seja. O Brasil não só ia continuar no acordo, como vem cumprindo todos os compromissos assumidos integralmente. A gente está indo muito bem nas metas de redução de gás de efeito estufa, biocombustíveis, fontes renováveis de energia limpa. O Brasil tem a energia limpa, 84% da nossa energia é renovável/limpa ao contrário da Europa que tem muita energia de termelétrica, carvão, energia suja. A Europa acabou de declarar que não vai cumprir as metas do acordo de Paris, e o Brasil está indo bem para cumprir. Entre os fatos e as versões há uma grande diferença. (Colaborou Marina Torres*)
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
Ver essa foto no Instagram
A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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