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Crescimento do gelo no mar ártico durante o inverno diminui o declínio a longo prazo: NASA

Nova pesquisa da NASA descobriu que o aumento na taxa de crescimento do gelo marinho do Ártico no inverno pode ter diminuído parcialmente o declínio da camada de gelo do mar Ártico.

Como as temperaturas no Ártico se aqueceram ao dobro do ritmo do resto do planeta, a extensão da água do mar congelada que cobre o Oceano Ártico e os mares vizinhos diminuiu e diminuiu nas últimas três décadas. A extensão do gelo no Ártico no final do verão caiu quase pela metade desde o início dos anos 80. Um estudo recente da NASA descobriu que desde 1958, a cobertura de gelo do Ártico perdeu em média cerca de dois terços de sua espessura e agora 70% da calota polar é feita de gelo sazonal, ou gelo que se forma e derrete em um único ano.

NASA / Alek Petty

O sol se pondo sobre o bloco de gelo do mar Ártico, como observado durante o Projeto de Exploração do Giro Beaufort em outubro de 2014.

Mas, ao mesmo tempo em que o gelo do mar está desaparecendo mais rápido do que jamais foi observado no registro de satélite, ele também está aumentando em um ritmo mais rápido durante o inverno. Esse aumento na taxa de crescimento pode durar décadas, um novo estudo aceito para publicação na revista Geophysical Research Letters .

Isso não significa que a cobertura de gelo esteja se recuperando, no entanto. Apenas atrasando sua morte.

“Este aumento na quantidade de gelo marinho que cresce no inverno não supera o grande aumento no derretimento que observamos nas últimas décadas”, disse Alek Petty, cientista de gelo marinho do Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, e principal autor do estudo. “No geral, a espessura está diminuindo. O gelo marinho do Ártico ainda está em declínio em todas as estações e deve continuar em declínio nas próximas décadas.”

Petty e sua equipe usaram modelos climáticos e observações da espessura do gelo marinho do satélite CryoSat-2 da Agência Espacial Européia para explorar a variabilidade do crescimento do gelo marinho através do Ártico. Os resultados do modelo climático se compararam bem tanto com as medições do CryoSat-2 quanto com os resultados de outro modelo de gelo marinho do Ártico, dando aos autores confiança na capacidade do modelo climático de capturar a variabilidade do gelo marinho do Ártico.

“O modelo climático global parece fazer um bom trabalho ao capturar o estado do gelo do Ártico e mostra que a maior parte da mudança de espessura no Ártico central é da termodinâmica, ou seja, formação de gelo e gelo derretido, embora ao redor da borda do gelo do Ártico. dinâmica, que é o transporte de gelo, pode desempenhar um papel maior “, disse Petty.

Essas simulações mostraram que na década de 1980, quando o gelo do mar Ártico estava em média 6,6 pés de espessura em outubro, cerca de 3,3 pés extras de gelo se formariam durante o inverno. Essa taxa de crescimento aumentou e pode continuar a fazê-lo por várias décadas em algumas regiões do Ártico; Nas próximas décadas, poderíamos ter um bloco de gelo que teria, em média, apenas cerca de 3,3 pés de espessura em outubro, mas poderia experimentar até 1,5 metro de crescimento de gelo durante o inverno.

Parece contraintuitivo: como é que uma camada de gelo enfraquecida consegue crescer a um ritmo mais rápido durante o inverno do que quando o Árctico estava mais frio e o gelo era mais espesso e mais forte?

“Nossas descobertas destacam alguma resiliência da camada de gelo do mar Ártico”, disse Petty. “Se não tivéssemos esse feedback negativo, o gelo estaria diminuindo ainda mais rapidamente do que é atualmente. Infelizmente, o ciclo de feedback positivo do gelo de verão e o aumento da absorção solar associada ao derretimento do gelo no verão ainda parecem ser dominantes e continuam impulsionar o declínio global do gelo do mar. “

No entanto, o aumento da taxa de espessamento do gelo marinho no inverno tem outras implicações. À medida que o gelo se forma na superfície do oceano, liberta muita água salgada e densa da qual se originou, o que afunda e aumenta a mistura das águas no oceano superior. Quanto mais formação de gelo ocorre, mais mistura esperamos ver no oceano superior. Aumentos nesta formação de gelo e mistura durante o inverno podem ajudar a mitigar o forte resfriamento das águas superficiais do Oceano Ártico que tem sido observado nas últimas décadas devido ao aumento do derretimento do verão.

“Isso está alterando o equilíbrio sazonal e a distribuição da salinidade do oceano superior no Ártico; está mudando quando temos água fresca, quando temos água salgada e quão profunda e sazonal é essa camada mista oceânica superior”, disse Petty. “E isso vai significar que os microrganismos e ecossistemas locais precisam se adaptar a essas condições de rápida evolução”.

As projeções de Petty descobriram que, em meados do século, os fortes aumentos nas temperaturas atmosféricas e oceânicas compensarão o mecanismo que permite que o gelo regride mais rápido, e a camada de gelo do mar Ártico diminuirá ainda mais. O estudo previu que a troca ocorrerá quando o gelo do mar tiver menos de 1,6 metro de espessura no começo do inverno, ou se a sua concentração – a porcentagem de uma área coberta de gelo marinho – for inferior a 50%.

“Esse mecanismo de feedback negativo que aumenta o crescimento do gelo provavelmente não será suficiente para evitar um Ártico sem gelo neste século”, concluíram Petty e seus colegas. Fonte: Portal Nasa

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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