Brasília
Condiloma: entenda como essa doença é transmitida e saiba como tratá-la
Condiloma é uma infecção sexualmente transmissível que comumente se manifesta em forma de verrugas genitais e é causada pelo papilomavírus humano (HPV). Por não ter cura, demorar para apresentar sintomas ou ser assintomática (que não apresenta sintoma algum), a condição é tema de muitas dúvidas
Diante disso, convidamos a ginecologista Daniele Fiuza (CRM 643033) para esclarecer algumas questões sobre os sintomas, o diagnóstico, os tratamentos e as formas de prevenção. Confira a matéria a seguir e mantenha-se informada!
O que é?
Condilomas são infecções na pele causadas pelo papilomavírus humano (HPV), podendo ser chamadas também de verrugas genitais. De acordo com a Dra. Daniele, sua principal forma de transmissão é por contato direto, “por isso a dificuldade de erradicar a doença, pois lesões imperceptíveis podem favorecer a sua transmissão”.
Sendo assim, a transmissão não acontece apenas por meio de relações sexuais, mas também por contato físico e até mesmo durante o parto, de mãe para filho. Uma vez que existem inúmeros tipos de HPV, são causados diferentes condilomas, sendo que os principais são do tipo reto, acuminado e papular.
- Condiloma acuminado: é um dos tipos mais comuns, popularmente conhecido como crista de galo ou figueira. Aparece em formato de verruga couve-flor, próximo ao ânus, na região oral ou nos genitais.
- Condiloma plano: são manchas vermelhas ou rosadas que surgem na sola dos pés, palmas das mãos ou na boca. Aparece usualmente na fase secundária da sífilis.
- Condiloma papular: é o tipo que aparece como pápula, caroço elevado e mole, com coloração que varia do rosa ao castanho escuro.
Essas lesões causadas na pele são consideradas benignas e, se identificadas no começo, são de fácil tratamento. Entretanto, segundo uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná, o fator mais preocupante é a associação do condiloma ao câncer de colo de útero, por causa do HPV.
Os condilomas podem apresentar-se de diferentes maneiras e ter formas, tamanho e números variados. Outro ponto a se observar é que os pacientes que manifestam o condiloma podem estar infectados não só com um, mas com vários tipos de HPV.
Sintomas
Conforme informações da ginecologista, os sintomas vão aparecer – ou não – dependendo da imunidade do paciente. Surgem sob a forma de verrugas, sendo muito comuns nas áreas de vulva e perianal nas mulheres.
Apesar de não causarem dor, os condilomas podem apresentar ardência e coceira. A profissional afirma que o período de incubação do vírus é indeterminado, e é possível ter condilomas e não perceber, pois eles podem se apresentar de forma assintomática.
Diagnóstico
Quando os sintomas se apresentam em forma de verrugas, a própria pessoa pode perceber sua presença no corpo. A Dra. Daniele explica, entretanto, que o diagnóstico é clínico e, em caso de dúvidas, pode-se realizar uma biópsia.
Fatores de risco
Segundo a médica, os grupos de risco são os pacientes que apresentam doenças imunosupressoras, as quais diminuem a imunidade, como pessoas soropositivas ou com doenças autoimunes.
Também entram no grupo de risco as mulheres grávidas, que costumam enfrentar uma redução da imunidade. Durante a gestação, a manifestação mais comum da infecção pelo HPV é o condiloma acuminado.
Tratamentos para condiloma
Apesar de não existir cura para a infecção, a Dra. Daniele enfatiza que é possível eliminar as lesões e também trabalhar com a melhora da imunidade do paciente. Dentre os tratamentos disponíveis, estão:
- Remoção cirúrgica;
- Pomadas a base de imiquimode;
- Ácido tricloroacético;
- Tratamento a laser.
Na gestação, o tratamento mais indicado é a aplicação do ácido tricloroacético, que só pode ser feito em consultório. A médica alerta: “não é liberado o uso em residência. Temos que fazer uma vez por semana no consultório, até a remissão das lesões”.
É importante destacar que a ginecologista recomenda todos os tratamentos em conjunto com o acompanhamento médico e é o profissional quem deve indicar o mais adequado. Em suma, jamais utilize medicamentos sem prescrição médica ou tente se tratar em casa.
O uso de preservativos pode ajudar na prevenção, mas deve ser combinado com outros métodos. Estar em dia com o exame de papanicolau, por exemplo, é muito importante, pois ele pode detectar alterações e evitar o câncer de colo de útero, doença causada pelo HPV.
Dra. Daniele defende que a prevenção mais indicada é a vacina do HPV. Além disso, ela declara que na maioria das vezes, com a vacina a recorrência em pacientes imunocompetentes é menor, ou seja, a chance das lesões retornarem é baixa.
Vacina
A vacina do HPV é uma das medidas preventivas mais apontadas. Para garantir a completa proteção é necessário tomar as duas doses, gratuitas no Sistema Único de Saúde. Segundo a médica, a faixa etária mais indicada é de meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos, mas que mulheres até 45 anos também podem tomar.
Deu para perceber que nossa saúde não é brincadeira, não é mesmo? Apesar de ser uma infecção bem comum, hoje já existem diversos tratamentos e o acesso à vacina contra o HPV é mais garantido. Caso você apresente sintomas, o importante é recorrer a profissionais e evitar resolver o problema sozinha.
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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