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Como os pacientes com câncer devem agir diante do coronavírus

A colaboração de todos é vital para preservar quem está no grupo de risco do coronavírus, caso dos pacientes oncológicos, e aliviar o sistema de saúde

Cancer,Coronavirus

Não saia de casa desnecessariamente. Evite multidões. Lave as mãos e punhos por mais de 30 segundos. Use álcool em gel. Cubra com o antebraço o nariz e a boca ao tossir ou espirrar. Se for extremamente necessário sair, não cumprimente as pessoas como de costume: nada de aperto de mão ou beijo no rosto. Mantenha distância das pessoas.

Com a rápida disseminação da Covid-19, doença relacionada ao coronavírus (Sars-CoV-2), todo mundo já decorou essas recomendações. Então, o que a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) pode acrescentar de relevante para a população?

Visto que os pacientes oncológicos costumam ter queda na imunidade devido à doença ou por causa dos tratamentos aos quais são submetidos (quimioterapia, radioterapia, uso de corticoides, entre outros), é indispensável manter o cuidado redobrado durante esse momento. Uma pessoa que contrair o coronavírus tem maior risco de sofrer complicações se estiver enfrentando um tumor.

Como parte do compromisso da SBOC em promover e ampliar o bem-estar dos pacientes com câncer, o ponto mais crucial a se destacar é que todos eles conversem com sua equipe médica sobre como prosseguir com o tratamento.

Em casos específicos, o número de atendimento presenciais pode ser reduzido. Uma consulta de seguimento (que serve para acompanhar a evolução da pessoa e do tratamento) pode ser reagendada. O mesmo vale para as consultas de hormonioterapia, voltadas para tumores de mama e próstata. Assim, o paciente circula menos, ficando menos suscetível à infecção pelo Sars-CoV-2.

O que deve ser mantido normalmente são as consultas para indivíduos em tratamento com quimioterapia. Já pacientes que estejam com quadro sintomático de coronavírus precisam de auxílio médico para definir a urgência do tratamento contra o câncer.

Fazendo um recorte, a maior probabilidade de complicações por Covid-19 é entre os portadores de cânceres no sangue (leucemias, linfomas e mieloma múltiplo) que passaram por transplante de medula óssea ou estão em tratamento com quimioterapia. Porém, adotando as medidas preventivas listadas abaixo, os riscos associados ao coronavírus diminuem significativamente.

Aos pacientes com câncer ou em acompanhamento:

  • Não interrompa seu tratamento oncológico
  • Caso haja suspeita de infecção, a consulta deve ser priorizada e o paciente, enquanto aguarda, precisa usar máscara cirúrgica e ficar em ambiente arejado
  • Se estiver na fase de seguimento, contate sua equipe médica para avaliar se é seguro adiar seus retornos para um período com menor disseminação do coronavírus
  • Evite contato com qualquer pessoa que tenha sintomas gripais, que esteja em investigação para possível infecção Covid-19, ou que tenha chegado do exterior (com ou sem sintomas gripais)
  • Se apresentar quadros como, febre, coriza, tosse seca, falta de ar, contate seu médico
  • Permaneça somente o tempo necessário em ambiente de clínicas e hospitais. Dentro do possível, evite contato físico direto, mesmo com o seu médico e a equipe de saúde
  • Só leve, no máximo, um acompanhante para um centro de tratamento oncológico. Essa pessoa não pode apresentar qualquer sintoma respiratório ou febre
  • Restrinja visitas hospitalares ao que for estritamente necessário

A familiares e população de forma geral:

  • Evite contato com o paciente caso você apresente qualquer sintoma suspeito de gripe. Também é importante não se aproximar de terceiros com sintomas ou infecção confirmada, para não haver risco de transmitir o coronavírus ao indivíduo com câncer
  • Para indivíduos assintomáticos, o uso de máscara não é recomendado. Quando não indicada, essa estratégia pode causar custos desnecessários e criar uma falsa sensação de segurança, que leva à negligência de outras medidas preventivas essenciais, como lavar as mãos

Cada um pode fazer sua parte e contribuir para a redução na sobrecarga do nosso sistema de saúde. Isso certamente vai ajudar a atender adequadamente quem precisa de cuidados médicos, seja por decorrência do coronavírus ou por outras razões.

Mais do que nunca, é necessário combater atitudes irresponsáveis, que menosprezam a urgência da situação e desrespeitam a indicação de isolamento, conforme a diretoria da SBOC orienta em seu posicionamento publicado recentemente.

Para passar por esse período crítico da melhor forma possível, é imprescindível seguir as orientações disponibilizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Ministério da Saúde e pela comunidade científica. Nesse momento, a SBOC está com uma agenda de comunicação paralela, elaborando vários conteúdos focados em Covid-19. Sempre iremos trabalhar para desmentir notícias falsas que prejudicam a população.

Pensando nisso e para manter a sociedade, os pacientes e os oncologistas a par de todas as novidades sobre o coronavírus — com informação de qualidade —, a SBOC está atualizando regularmente uma seção do site criada exclusivamente para o assunto. Respeitando as recomendações, cuidamos de nós mesmos e de quem amamos.

*Por Dra. Clarissa Mathias, oncologista e presidente da SBOC

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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