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Caçada às ‘vespas assassinas’: cientistas conseguem capturar animal nos EUA após meses de armadilhas

Essas vespas nativas da Ásia haviam sido identificadas pela primeira vez nos Estados Unidos em dezembro do ano passado, gerando alarme entre apicultores e entomologistas americanos pelo risco que representam à população local de abelhas.

A vespa gigante asiática é a maior do mundo e pode medir mais de 5 cm — Foto: WSDA/BBC

Depois de meses de esforços e de mais de mil armadilhas espalhadas pela região noroeste dos Estados Unidos, cientistas do Departamento de Agricultura do Estado de Washington (WSDA, na sigla em inglês) conseguiram capturar pela primeira vez uma vespa gigante asiática (‘Vespa mandarinia’).

Apelidadas por cientistas de “vespas assassinas”, por sua letalidade, essas vespas nativas da Ásia haviam sido identificadas pela primeira vez nos Estados Unidos em dezembro do ano passado, gerando apreensão entre apicultores e entomologistas americanos pelo risco que representam à população local de abelhas.

Desde que foram vistas na região, autoridades locais lançaram um grande esforço para tentar localizar essa espécie invasora, com o objetivo de destruir os ninhos antes que ela se estabeleça nos Estados Unidos. Moradores e apicultores se uniram aos esforços, espalhando mais de 1,3 mil armadilhas pela região.

No dia 14 de julho, uma dessas vespas foi capturada em uma armadilha instalada pelo WSDA no condado de Whatcom. Depois de análises em laboratório, cientistas confirmaram no dia 29 de julho que realmente se tratava de uma vespa gigante asiática.

Esta foi a primeira vespa gigante asiática capturada em uma armadilha na região. Até então, haviam sido identificadas outras cinco vespas no Estado de Washington, mas todas encontradas na natureza, por acaso.

“Isso é muito encorajador, porque significa que as armadilhas funcionam”, disse o entomologista Sven Spichiger, do WSDA. “Mas também significa que temos muito trabalho pela frente.”

Risco à população de abelhas

Segundo cientistas do WSDA, as vespas gigantes asiáticas são as maiores do mundo, podendo medir mais de 5 cm, e são capazes de destruir uma colmeia de abelhas em poucas horas.

A vespa gigante asiática capturada em julho (ao centro), em comparação com outras da mesma espécie — Foto: WSDA/BBC

A vespa gigante asiática capturada em julho (ao centro), em comparação com outras da mesma espécie — Foto: WSDA/BBC

Apesar de salientarem que elas só atacam humanos caso sejam provocadas ou se sintam ameaçadas, cientistas afirmam que essas vespas têm uma picada extremamente dolorosa e liberam uma toxina tão potente que pode causar a morte de uma pessoa que tiver levado várias picadas, mesmo se não for alérgica.

Mas o risco principal é para a população local de abelhas – que já está em declínio por causa de fatores como doenças, uso de pesticidas e perda de habitat – e que é fundamental não apenas para a produção de mel, mas também para diversos cultivos que dependem de polinização, como maçã, mirtilo, amêndoas, cereja e framboesa.

O entomologista do WSDA afirma que os próximos meses serão cruciais para erradicar os ninhos dessa espécie invasora enquanto sua população ainda é pequena.

A meta é encontrar e destruir os ninhos até meados de setembro, antes que as vespas se reproduzam tanto que a erradicação fique impossível.

O ciclo de vida da vespa gigante asiática começa em abril, quando as rainhas emergem da hibernação e passam a procurar um local para construir seus ninhos e formar suas colônias. O período de julho a outubro (fim do verão e início do outono no Hemisfério Norte) é considerado o melhor para capturá-las.

O WSDA vai usar câmeras infravermelhas para procurar por ninhos e instalar novas armadilhas com o objetivo de capturar e manter as vespas vivas. Nesse caso, as vespas poderão ser rastreadas até sua colônia, que será, então, destruída.

Sem defesa natural
Ainda não se sabe como as vespas gigantes asiáticas chegaram aos Estados Unidos. Uma das teorias é a de que tenham sido transportadas em navios de carga. Também podem ter sido trazidas deliberadamente.

Em agosto de 2019, uma dessas vespas já havia sido detectada no Canadá, na província de British Columbia, que faz fronteira com o Estado americano de Washington. No fim do ano passado, apicultores americanos na região começaram a encontrar suas colmeias destruídas, com milhares de abelhas decapitadas.

Segundo os cientistas do WSDA, as abelhas nos Estados Unidos não têm mecanismo de defesa natural contra as vespas gigantes asiáticas. Até três vezes maiores que as abelhas, essas vespas invadem e ocupam as colmeias, matam as abelhas adultas e devoram as larvas e pupas. Em poucas horas, cerca de 30 vespas gigantes asiáticas conseguem dizimar uma colmeia inteira.

Apicultores e outros moradores interessados estão sendo orientados sobre como montar armadilhas caseiras em suas propriedades. Caso uma vespa gigante asiática seja capturada viva, o WSDA pede para ser informado imediatamente.

“Como o número de vespas gigantes asiáticas operárias aumenta à medida que a colônia se desenvolve, moradores (do Estado de Washington) terão mais chance de ver uma delas em agosto e setembro”, alerta o WSDA.

Mas os cientistas advertem os moradores para que não tentem matar as vespas por conta própria nem tentem remover os ninhos e que, caso encontrem os insetos, entrem em contato com as autoridades.

“Providencie o maior número de detalhes possível sobre o que você viu e onde. E também inclua uma foto, caso consiga obter uma de maneira segura. E, se encontrar uma vespa morta, guarde para possíveis testes”, diz o departamento em comunicado.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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