Conecte Conosco

Brasília

Bruno Covas e Guilherme Boulos vão disputar prefeitura de SP no 2° turno

Na dianteira das pesquisas desde outubro, o tucano, de 40 anos, viu sua aprovação crescer durante a pandemia do coronavírus

Boulos e Covas (EXAME/Divulgação)

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) foi para a segunda fase da disputa pela prefeitura com o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. Com 99,92% das urnas apuradas, as porcentagens estavam em 32,86% e 20,24%, respectivamente.

Na dianteira das pesquisas desde o início das pesquisas eleitorais, em outubro, Covas manteve larga vantagem em relação aos outros candidatos, dos quais três brigaram pelo segundo lugar durante todo o mês: Guilherme Boulos (PSOL), Celso Russomano (Republicanos) e Márcio França (PSB).

Na véspera das eleições, Covas apareceu com 37% das intenções de votos válidos, contra 17% de Boulos, 14% de França e 13% de Russonamo. Em relação á pesquisa anterior, feita dois dias antes, o tucano ganhou um ponto percentual, Boulos manteve a porcentagem, França também ganhou um ponto percentual e Russonamo caiu dois.

Em defesa da periferia

Boulos, de 38 anos, tem como bandeira há mais de 20 anos a luta pela moradia. Saiu com 17 anos da casa dos pais, no bairro nobre de Pinheiros, e foi morar na periferia. Cursou filosifia na USP e tem mestrado em psiquiatria.

Boulos se aproximou mais da política quando se opois publicamente ao impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e, posteriormente, quando apareceu ao lado de Lula, antes do ex-presidente ser preso. Apesar da proximidade, ele preferiu se filiar ao PSOL. Em 2018, foi candidato a presidente da República, mas teve menos de 1% dos votos.

Os bons números de Boulos na disputa para a prefeitura de SP, que começaram a aparecer na boca de urna, são resultado de uma maior abstenção dos eleitores mais velhos, o que aumenta o peso dos votos dos jovens – parcela na qual Boulos vai melhor, segundo Maurício Moura, fundador do Ideia, instituto de pesquisa de opinião.

Tucano de beço

Já Covas, de 40 anos, assumiu o comando da capital paulista em abril de 2018, após a renúncia do então prefeito João Doria, que entregou o cargo ao vice para assumir o governo do estado.

Durante a pandemia do coronavirus, sua aprovação cresceu. No fim de outubro, pesquisa Datafolha mostrou que 46% dos entrevistados avaliavam o desempenho do tucano como ótimo ou bom. No levantamento feito um mês antes, o percentual era de 37%. Em outubro, a cidade teve a menor média de novos casos desde maio e encerrou a semana passada com 13,8 mil mortes e 378,1 mil casos.

Durante a pior parte do surto, seguindo a tajetória nacional, a cidade começou a perder vagas de emprego formal em decorrência do fechamento do comércio essencial. Em março, teve um saldo negativo de 42.225, chegando ao fundo do poço em abril, com perda de 106.737 posições de trabalho. Em maio, o número começou a se recuperar e voltou a ficar positivo em julho. Em setembro, último dado disponível pelo Caged, houve 17.049 novos postos, mas ainda abaixo do nível pré-pandemia. Em fevereiro o saldo de vagas havia sido de 30.901.

Em outubro do ano passado, Covas foi diagnosticado com câncer no sistema digestivo e passou pelo tratamento de quimioterapia sem se afastar da prefeitura. A doença evoluiu para metástase e se espalhou para outros órgãos, como fígado e parte do abdomem, mas regrediu. Hoje, o prefeito segue fzendo tratamento de imunoterapia para reduzir o restante do câncer.

Em alguns momentos de sua atuação como vice e como prefeito, Covas chegou a gerar polêmica por se afastar do cargo para fazer viagens pessoais. Da primeira vez, sete meses depois da posse como vice, ficou longe por 13 dias, quando foi para a Croácia com amigos. Posteriormente, duas semanas antes de assumir a prefeitura, viajou de férias para Miami, embarcando no mesmo dia em que a cidade sofreu com chuvas fortes e alagamentos que deixaram mortos.

Neto do ex-governador Mário Covas, com quem diz que passava as férias escolares em Brasília, Covas é formado em direito pela USP e em economia pela PUC e nasceu em Aparecida, bairro de Santos. Se mudou para a capital em 1995.

Sua vida pública começou em 2004, quando concorreu ao cargo de vice-prefeito na cidade natal. Não levou a vitória e, em 2006, foi eleito deputado estadual, com 122.000 votos. Na eleição seguinte, em 2010, foi reeleito com o dobro de número de votos e ficou em primeiro no ranking do estado. Em 2011, assumiu a Secretaria do Meio Ambiente do governo do estado, à frente da qual permaneceu até 2014, ano em que é eleito deputado federal.

Brasil

Por

Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

Continuar Lendo

Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

Por

Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

Continuar Lendo

Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

Por

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

Continuar Lendo

Trending

Avenida Agamenon Magalhães, 444
Empresarial Difusora – sala 710
Caruaru – PE

Redação: (81) 2103-4296
WhatsApp: (81) 99885-4524
jornalismo@agrestehoje.com.br

comercial@agrestehoje.com.br

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados