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Atuação de ex-militares alemães na China preocupa Berlim

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Foto: Johannes Eisele/AFP/Getty Images

Há anos, pilotos aposentados da Bundeswehr, contratados por empresas privadas, dão treinamento a militares chineses. Alemanha teme que prática coloque em risco segredos de defesa.

No passado, a Alemanha possuía programas oficiais de treinamento militar com a China. A troca entre militares de experiências técnicas e táticas é comum. Militares também costumam levar suas habilidades únicas para o setor privado depois de se aposentarem.

Mas, hoje me dia, quando se trata da China, essas normas estão sendo examinadas mais de perto. Isso ficou claro recentemente pela forte reação na Alemanha a uma reportagem que revelou uma prática considerada comum: de acordo com a revista Der Spiegel e a emissora pública de televisão ZDF, um “punhado” de pilotos aposentados da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) foi contrato para dar treinamento na China.

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, que estava em Cingapura participando de uma cúpula de defesa de alto nível quando a história estourou, só pôde dizer a seu homólogo chinês, Li Shangfu, que esperava que “essa prática fosse interrompida imediatamente”.

O fato ocorre justamente quando o governo alemão, a pedido dos Estados Unidos, reavalia as relações econômica e estratégica com a segunda maior economia do mundo e crescente poder militar.

“O ministério [da Defesa] agora deve fazer todo o possível para acabar com essa prática”, disse Marcus Faber, legislador e membros do comitê parlamentar de defesa, em nota à DW. “As regras para quem, devido ao seu trabalho para o Estado alemão, tem acesso a informações relevantes para a segurança precisam ser reforçadas com urgência”, completou.

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