Economia

Ata do Copom nesta terça pode apontar corte de juros em agosto ou setembro

Publicado

em

Documento divulgado pelo Banco Central pode esclarecer as dúvidas do mercado. Alguns analistas interpretam que a porta foi apenas destrancada e outros avaliam que a porta está aberta para a queda de juros

(Marcelo Casal/Agência Brasil)

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada às 8h desta terça-feira, 27, é a oportunidade que o Banco Central (BC) terá de explicar ao mercado se começará a cortar a Selic em agosto ou setembro.

A autoridade monetária manteve os juros inalterados em 13,75% ao ano na última quarta-feira, 21, e sinalizou no comunicado que pode iniciar o processo de cortes nas próximas reuniões do colegiado. Entretanto, o tom adotado no documento oficial fez o mercado divergir se o movimento começaria no próximo encontro ou no seguinte.

Na prática, alguns analistas interpretam que a porta foi apenas destrancada e outros avaliam que a porta está aberta para a queda de juros. A divulgação da ata pode trazer mais clareza para o mercado sobre quando o BC começará a reduzir a Selic.

A mensagem que o BC divulgará poderá acalmar os ânimos, reduzir a curva de juros futuros ou dar ainda mais munição para que o governo critique os membros do Copom. A ata do Copom é importante porque sinalizará com mais clareza os próximos passos do

colegiado.

Ata é importante para decisões de investimento

O documento é usado por investidores para decisões de investimento já que com os juros altos é melhor manter o dinheiro aplicado em títulos públicos ou outros papéis de renda fixa do que aportar recursos na economia real ou em investimentos de renda variável. Na prática, todos ficam paralisados à espera de uma sinalização mais clara.

Com isso, Copom terá mais elementos para decidir a política monetária após a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), marcada para quinta-feira, 29. Na ocasião será definida a meta de inflação para 2026 e os objetivos de 2024 e 2025 podem ser revisados.

Para os dois próximos anos, a meta a ser perseguida é de 3,00%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O que deve ser debatido é um horizonte mais flexível de cumprimento do objetivo, atualmente em 12 meses e que passaria para 24 meses. Com tempo maior, o BC poderia flexibilizar a dose do remédio amargo para controlar a inflação.

Trending

Sair da versão mobile