Brasília
Dilema da escada rolante: é mais vantajoso ficar parado ou andar?
Amando ou odiando, existem leis de trânsito para manter as pessoas seguras e ajudar os veículos a fluírem tranquilamente. E, embora não sejam legalmente aplicáveis, o tráfego de pedestres também tende a seguir seu próprio conjunto de regras não escritas.
A maioria dos pedestres usa a etiqueta ao caminhar como uma forma de minimizar o desconforto, “Oops! Desculpa por ter esbarrado em você!”, e para melhorar a eficiência, “Eu quero chegar lá mais rápido!”.
Sem sequer pensar nisso, você provavelmente obedecerá à regra comum de tráfego de pedestres, que diz que os que andam mais rápido devem se mover para dentro de um caminho, enquanto os mais lentos andam para o lado de fora. Nos Estados Unidos, isso se alinha com as regras de tráfego nas ruas, onde os veículos passam à esquerda, enquanto os veículos mais lentos ficam na faixa da direita da estrada.
Esta atitude leva à formação de faixas de pedestres de tráfego. Embora não sejam pintadas nas calçadas como nas estradas, essas faixas funcionais podem ajudar os pedestres a se movimentarem de maneira mais confortável e rápida. Engenheiros de sistemas humanos como eu sabem que as faixas de pedestres surgem naturalmente em ambientes lotados.
Dentro de um ambiente construído, os designers usam técnicas diferentes para incentivar padrões de tráfego de pedestres específicos. Um exemplo são os sinais que encorajam os pedestres a “ficarem à direita” em escadas rolantes. As pessoas usarão a metade da direita se estiverem parados e a metade da esquerda se estiverem andando (ou correndo!) para chegar ao final da escada rolante.
Mas duas faixas de tráfego de pedestres em uma escada rolante realmente ajudam você a alcançar seu destino mais rapidamente? Deve haver uma pista para andar e uma pista para ficar parado, ou ambas as pistas devem ser usadas apenas para ficar parado? Um estudo relatou que 74,9% dos pedestres optaram por ficar parados na escada rolante em vez de caminhar. Uma faixa inteira da escada rolante deveria ser deixada para uma proporção pequena e impaciente da multidão?
Quando projetistas planejam espaços como estradas, edifícios e corredores, eles consideram o espaço necessário para cada pessoa no ambiente. O espaço necessário muda dependendo de como será usado. Para um pedestre, a “zona de amortecimento” descreve quanto espaço uma pessoa precisa para se sentir confortável e varia de acordo com a atividade. Alguém parado precisa, em média, de pouco mais de 0,3 m² de espaço, enquanto uma pessoa andando precisa de mais de 0,75 m². Isso significa que um espaço restrito, como uma escada rolante, pode acomodar confortavelmente mais que o dobro do número de pedestres parados do que andando.
Em Londres, os planejadores obtiveram um aumento de 27% na capacidade horária, mudando para uma política “somente parados” em uma escada rolante normalmente congestionada em uma estação de metrô. Não era permitida a caminhada na escada rolante abarrotada, o que permitia que mais pessoas passassem pela estação no mesmo período de tempo. Uma escada rolante altamente eficiente é aquela que tem mais saída – ou seja, transporta mais pessoas para o destino.
Mas a mudança foi contenciosa: a convenção social nos transportes favoreceu muitas vezes o viajante individual. Por exemplo, deixar que as pessoas andem pela esquerda permite que algumas pessoas se movam mais rápido, mesmo que reduza a capacidade da escada rolante e diminua o tempo total de viagem para outras pessoas. Embora o uso de uma das faixas da escada rolante para andar pode ajudar que pedestres andem mais rapidamente, as velocidades variadas dos participantes em relação ao resto do tráfego dificultam a eficiência geral. Para melhorar o sistema geral, a eficiência no nível do sistema é o que deve ser considerado.
Engenheiros consideram muitos pedestres em uma área uma multidão de alta densidade. Nessas situações, os pedestres tendem a andar muito mais devagar do que quando estão em um espaço aberto de baixa densidade. Esse ritmo mais lento é causado tanto pela falta de espaço quanto pela necessidade de cada pedestre tomar mais decisões — devo acelerar? Desacelerar? Passar essa pessoa? Apenas esperar? O grande número de pequenas decisões pode levar os pedestres a se comportarem como aqueles que os rodeiam. Essa mentalidade literalmente ir-com-o-fluxo torna a caminhada menos mentalmente fatigante.
Então, quando as pessoas se aproximam de uma escada rolante, elas geralmente fazem o que a pessoa imediatamente à frente delas está fazendo. Se a pessoa na frente deles anda, elas andam. Se a pessoa na frente deles estiver parada, elas ficarão paradas. Só é preciso alguém para começar a tendência.
Fiquem parados em ambos os lados da escada rolante. Os outros seguirão. Por mais intuitivo que possa parecer, essa mudança ajudará todos a chegar ao destino mais rapidamente, especialmente quando os lugares estão lotados.
Fonte Galileu
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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