Tecnologia
WhatsApp: 7 recursos ‘escondidos’ que ajudam no uso do aplicativo
Mensagens temporárias, qualidade das imagens e outros recursos melhoram o uso do WhatsApp
Companheiro de muita gente na hora de falar com amigos, parentes e colegas de trabalho, o WhatsApp é o mensageiro mais utilizado no Brasil, de acordo com uma pesquisa da empresa Mobile Ecosystem Forum. Mesmo assim, há diversas ferramentas bem úteis no app que não são tão conhecidas pelos usuários por estarem mais “escondidas” na plataforma.
Alguns desses recursos desconhecidos permitem aos usuários excluir mensagens automaticamente, melhorar a qualidade das fotos enviadas e recebidas no “Zap” e até acessar um chat específico direto da tela inicial do celular – para quem quer agilizar aquela conversa com o melhor amigo ou com o contatinho do momento.
A seguir, confira sete recursos “secretos” do WhatsApp que vão ajudar a deixar a plataforma mais intuitiva.
Restringir quem pode te adicionar em grupos
Essa ferramenta permite que o usuário escolha as pessoas com permissão para adicioná-lo nos famosos “grupos do Zap”. Para habilitar, basta ir em Configurações e em seguida, Privacidade. Na nova aba, acesse o banner Grupos para escolher uma dentre as opções Todos, Meus contatos e Meus contatos, exceto…, definindo quem pode te adicionar livremente em grupos do WhatsApp. Vale lembrar que ao selecionar Todos não haverá restrições.
Com a configuração ativada, caso uma pessoa sem permissão tente adicionar o usuário em um grupo, ele receberá um link de convite na conversa privada com a pessoa, podendo aceitar ou recusar o pedido.
Marcar uma conversa para ler mais tarde
Para os usuários que sempre se esquecem de responder mensagens no WhatsApp, já é possível sinalizar a conversa com um selo, para lembrar de voltar no chat mais tarde – semelhante à ferramenta “marcar como email não lido”, no Gmail.
Por padrão, ao ler uma mensagem no app, a bolinha colorida de notificação que fica ao lado do chat desaparece – mostrando que aquela mensagem já foi acessada. Mas é possível fazer com que a marca retorne ao clicar e segurar a conversa que deseja responder depois e selecionar Marcar como não lida. Após o processo, a bolinha reaparece, indicando que há uma conversa pendente.
Ao clicar na conversa para ler a mensagem, o selo de chat não lido some novamente e o recurso tem que ser reativado.
Mensagens temporárias
Se você tem o costume de apagar as conversas do WhatsApp, o recurso Mensagens temporárias pode ser útil. Para ativar esse recurso, basta escolher uma conversa, clicar nos três pontinhos no canto superior direito da tela e selecionar Mensagens temporárias. Na nova aba, selecione qual será a “vida útil” das mensagens, que pode ser 24 horas, 7 dias ou 90 dias. Vale ressaltar que o recurso pode ser desabilitado a qualquer momento na mesma aba
Ao fim desse prazo estabelecido, todas as mensagens da conversa serão apagadas automaticamente para todos os participantes do chat. Também é possível ativar essa ferramenta em grupos.
Caso você queira que alguma das mensagens da conversa não seja apagada, basta clicar e segurar na caixa de conversa e, depois, selecionar o ícone de marca-páginas na parte superior da tela. Assim, todas as mensagens, exceto as selecionadas, serão deletadas.
Biometria para entrar no Zap
Também é possível preservar a privacidade das conversas colocando uma trava para entrar no aplicativo do mensageiro – parecido com a função de bloqueio de tela do celular. Ao acessar as configurações do app, basta ir em Privacidade e, em seguida, em Bloqueio de tela – o nome dessa aba pode mudar conforme as formas de bloqueio disponíveis em cada celular.
Nessa nova página, é só habilitar a opção e seguir com o passo a passo fornecido pelo app para salvar o método de segurança usando identificação digital ou a biometria facial.
Aumentar a qualidade das imagens
Ao enviar ou receber uma foto pelo WhatsApp, a qualidade pode ser prejudicada pela configuração padrão do app. Isso porque no processo, a plataforma reduz o tamanho das imagens para economizar espaço de armazenamento do sistema e acelerar o processo de envio das fotos.
Para melhorar essa qualidade, basta ir em Configurações, depois em Armazenamento e dados e, por fim, em Qualidade das fotos. Na nova aba, selecione se quer que a qualidade seja definida automaticamente pelo sistema do app, se prefere que a resolução da foto seja sempre alta ou o modo para economizar dados móveis quando enviadas – quanto maior a qualidade da foto, maior será a quantidade de dados móveis consumida para baixar o arquivo.
Acessar conversas da página inicial do celular
Essa ferramenta, para quem tem um celular com sistema operacional Android, do Google, é bem útil para facilitar o acesso de chats que são frequentemente abertos. Ao clicar e segurar uma conversa, é possível selecionar a opção Adicionar atalho para conversa. Essa ferramenta, ao ser habilitada, faz com que um ícone, com a foto de perfil e o nome do usuário ou do grupo selecionado, apareça na tela inicial do celular, como se fosse um aplicativo.
Clicando nesse “app”, o usuário é encaminhado diretamente para a conversa.
Responder mensagens sem precisar desbloquear o celular
Esse recurso é mais conhecido pelos usuários, mas não deixa de ser interessante e útil. Ao receber uma mensagem com o celular bloqueado, é possível abrir uma pequena caixinha de conversa para responder o chat sem precisar acessar o aplicativo do WhatsApp.
Para isso, basta apertar e segurar em cima da notificação, clicar em Responder e enviar o texto. A técnica também funciona caso você esteja usando o celular em outros aplicativos ou serviços. nesse caso, ao aparecer o banner, arraste a notificação para baixo para abrir a caixa de texto.
Tecnologia
“Brainrot”, você tem isso? Conheça esse efeito colateral da vida digital
Termo descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido
Se você leu meu texto sobre a slopficação da internet, talvez agora você fique um pouco mais assustado. Senta que lá vem a história…
Se você é millennial, como eu, e tinha uma certa esperança que a próxima geração seria melhor e daria conta de um monte de coisas que não conseguimos, bem… nascer e crescer imerso em redes sociais parece que não está fazendo muito bem, pelo menos na construção de gosto e o que se escolhe consumir online.
Entender minimamente a GenZ (Geração Z) e a Geração Alpha tem consumido boa parte do tempo das minhas pesquisas online. Sacar os movimentos e tentar entrar na cabeça dos jovens é interessante e surpreendente, já que os valores e gostos são completamente diferentes. E olha que pra muita coisa eu sou mais Z que Y.
Mas vamos para o que interessa. Você já ouviu ou viu, em algum lugar, termos como:
- Skibidi Toilet
- Level Five Gyat
- Rizz
- Fanum Tax
- Only in Ohio
- Sigma Looksmaxxing
- Grimace Shake
Parece erro, palavras sem sentido, mas eles têm aparecido com frequência em uma série de conteúdos virais, mais especificamente memes, e que têm sido atribuídos ao tal do “brainrot”. Se você perguntar para o Google Tradutor, não vai conseguir nada. Já para o ChatGPT, ele traz uma luz. Olha só:
Acho que, com isso, você já consegue ir sacando o que é “brainrot”. Apesar desse termo ser antigo (usado desde 2004), é agora que ele está bombando em redes sociais muito usadas por jovens da GenZ, como o TikTok.
E não é pouco dizer que esses jovens internautas estão obcecados com a tal “brain rot” ou “brainrot”. Tanto que a própria viralização do termo explica muito o que estamos vivendo nos tempos atuais: “doomscrolling“, essa rolagem infinita nos nossos feeds, e também nosso estado online crônico.
Traduzido por “podridão cerebral”, “apodrecimento do cérebro” ou até “cérebro apodrecido”, o termo, ou condição, descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido, que podem afetar negativamente as habilidades cognitivas e a capacidade de pensar criticamente.
Longe de ser um termo médico ou científico, é simplesmente um efeito colateral do nosso comportamento online, principalmente em redes sociais, frequentemente motivado por um desejo compulsivo de se manter atualizado, principalmente com eventos negativos, mesmo quando isso pode ser emocionalmente desgastante ou prejudicial para a saúde mental.
Basicamente, estamos gastando mais tempo e literalmente nos entregando e absorvendo grandes quantidades de informações irrelevantes e de baixa qualidade.
Sem entrar nas questões neurodegenerativas, não precisamos de muito para entendermos que, ao consumirmos conteúdos piores, ficaremos piores. Ou seja, nossos cérebros vão trabalhar com o que recebem. Se consumimos porcarias, vamos pensar em porcarias. Simples assim.
E tem muita gente online falando que já está com “brainrot” só de ter recebido ou passado por certos conteúdos, justamente porque estão muitos expostos a eles. E assim como os “slops” causam uma certa confusão mental, os conteúdos associados ao brainrot também, desassociando imagens ou conceitos de seus contextos reais.
Um exemplo é a imagem de um soldado da Segunda Guerra Mundial com um olhar atordoado, que faz parte da pintura de Tom Lea “That 2,000 Yard Stare“, que é usado em muitos conteúdos meméticos, e que TikTokers dizem ser brainrot.
Popularização e perigos
Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, percebemos que tivemos uma procura maior do termo em 2005 e 2010, mas, a partir da segunda metade de 2023 até agora, o termo explodiu. E é interessante notar que esses picos estão muito associados à cultura gamer e a jogos que contribuíram com seu uso ao longo da década de 2010.
Inclusive, “brainrot” é uma doença que os jogadores podem contrair no jogo de “2011 The Elder Scrolls V: Skyrim“. Em 2007, ano que muita gente considera o surgimento do termo, ele aparece em posts no X, nos quais os usuários descreviam reality shows de namoro, videogames e certos comportamentos, como brainrot.
Um artigo recente do NYT, Jessica Roy relata como alguns usuários do TikTok até começaram a criar paródias de pessoas que parecem “ter” essa condição, ajudando, assim, na popularização, ridicularização e adoção do termo. E, apesar de não ser um elogio falar que alguém tem brainrot, algumas pessoas demonstram um leve orgulho ao admitir a condição.
Em um quiz recente do BuzzFeed, dava até pra saber se “o seu cérebro está 1000% cozido”. Outra leva de vídeos fala que quanto mais gírias da internet uma pessoa usa, mais brainrot ela tem.
E apesar do humor que tudo isso traz, existe um lado bem ruim. Sabe quando a gente fica obcecado por algo e vê aquilo em todo lugar, ou quando gostamos tanto de um personagem ou uma celebridade e começamos a ficar parecidos com elas? Bem, consumir conteúdos de baixa qualidade pode nos deixar menos preparados a certaz situações e “menos inteligentes”, como colocam os jovens com brainrot. Muitos compartilham nas redes seu medo de ficaram “burros”.
Há muitos pesquisadores que estão se debruçando nesse tema, como o neurocientista Michel Desmurget, que tem um livro bastante controverso, assim como outros que se adentram nesse tema, “A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças”.
Esse medo de ficarmos piores cognitivamente é real, porque somos o que comemos e consumimos. A “Geração Touch” e as “crianças de iPad” certamente carregam consequências disso, tanto pela tela e o aumento de miopia, muita quantidade de luz azul, que traz alterações no sono, e por aí vai, até o que é visto, assistido e lido.
Em toda a história da humanidade, acompanhamos as consequências boas e ruins das mais diversas tecnologias que foram sendo introduzidas nas nossas vidas, e se tratando de internet, hoje e sempre, independente da tecnologia em si, sabemos que “gostamos” de certos conteúdos justamente pelo modo como nosso próprio cérebro funciona.
Nem vou entrar nessa discussão, porque isso daria um outro texto, mas, no caso dos memes, eles são divertidos, rola uma conexão emocional positiva com eles, e isso dá uma ajudinha na disponibilidade de dopamina no nosso cérebro. É entretenimento puro e viciante.
Por isso mesmo, existem muitos pesquisadores interessados no assunto, tanto que, nos Estados Unidos, diversas instituições de saúde já estão estudando isso como um distúrbio. No artigo no NYT, é citada a pesquisa do Hospital Infantil de Boston, que chama essa condição de “Uso Problemático de Mídia Interativa”. E ela mostra que, conforme passamos muito tempo online, mudamos nossa percepção do espaço físico para o online, e isso tem consequências.
E a GenAI nessa história?
Brainrot está na moda hoje em dia, assim como a GenAI (inteligência artificial generativa). Mas será que a IA está ajudando a nos levar a um estado de brainrot generalizado?
Se o uso preguiçoso da GenAI pode nos fazer desenvolver menos algumas habilidades ao longo do tempo, não há dúvida. É como foi com a nossa memória, tanto que hoje não guardamos o número do celular de quase ninguém. Claro que nesse cas,o é reversível, podemos treinar e melhorar, graças a neuroplasticidade cerebral.
Mas, assim como a internet está se “slopificando”, ou seja, sendo tomada por conteúdos sem valor sendo gerados sinteticamente, nós também poderemos acabar nos deparando cada vez mais com esse conteúdo, e (por que não?) aumentando o brainrot, assim como nos enganando cada vez mais por conteúdos falsos. As consequências de longo prazo não sabemos, e muito estudo ainda será feito, mas, com certeza, uma coisa pode alimentar a outra.
Deveríamos nos preocupar com o “brainrot”?
Em certo sentido, sim, embora devamos ser cautelosos ao soar o alarme sobre o que impulsiona ou leva ao “brainrot”. É muito fácil referir-se a praticamente qualquer coisa como causadora de “brainrot”, se formos pensar.
A cultura da internet sempre traz questões e termos interessantíssimos que podem nos fazer pensar e desenvolver muitas teorias e conceitos. Brainrot ainda é uma expressão que carece de rigor científico, principalmente para descrever ou quantificar a saúde mental real. Mesmo assim, não significa que devemos ignorar ou minimizar as preocupações que estão no cerne desse termo.
Tecnologia
Tik Tok planeja lançar o Whee, plataforma de fotos ‘cópia’ do Instagram
Na plataforma, será possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos
O TikTok está trabalhando em seu próprio Instagram, afirmou o site Android Police na terça-feira, 18. O aplicativo, chamado Whee, tem como objetivo o compartilhamento de fotos com melhores amigos – uma mistura da rede de Mark Zuckerberg com o BeReal, de fotos instantâneas e não editadas. O app, que já pode ser utilizado em alguns países, ainda não chegou ao Brasil.
De acordo com as imagens vistas pelo Android Police, o Whee é um app separado do TikTok, mas também mantido pela ByteDance. Na plataforma, é possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos.
Configurações básicas como curtidas e comentários também estão presentes, em um layout bastante parecido com o do Instagram.
“Capture e compartilhe fotos da vida real que somente seus amigos podem ver, permitindo que você seja mais autêntico”, afirma a descrição do Whee no Google Play, loja de apps do Android. “Whee é o melhor lugar para amigos próximos compartilharem momentos da vida”, completam.
O TikTok e a ByteDance ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aplicativo, mas já é possível encontrar a nova rede social em alguns países em celulares com sistema operacional Android.
Tecnologia
YouTube testa recurso que introduz “notas” de contexto em vídeos
Testes começarão nos Estados Unidos e serão feitos, inicialmente, com usuários e criadores selecionados
O YouTube anunciou, nesta segunda-feira (17), que permitirá em breve que os usuários adicionem “notas” que fornecerão contexto sobre alguns de seus vídeos. Os testes fazem parte de um novo recurso que inicialmente será lançado nos Estados Unidos.
A plataforma convidará alguns usuários e criadores de conteúdo, como parte da fase inicial de teste, para escrever notas destinadas a fornecer “contexto relevante, oportuno e fácil de entender” sobre os vídeos.
As notas, por exemplo, poderão esclarecer quando uma música é uma paródia, apontar quando uma nova versão de um produto que está sendo analisado estiver disponível ou informar aos espectadores quando imagens antigas são erroneamente apresentadas como eventos atuais.
A rede social X, antigo Twitter, possui um recurso semelhante chamado Notas da Comunidade, que permite que colaboradores selecionados adicionem contexto às publicações, incluindo tags como “enganoso” e “fora de contexto”.
O recurso de notas no YouTube será, inicialmente, disponibilizado em dispositivos móveis para usuários nos Estados Unidos e em inglês. Nessa fase, avaliadores externos classificarão a utilidade das notas, o que ajudará a treinar os sistemas, antes de um possível lançamento mais amplo, disse o YouTube.
*Com reportagem de Yuvraj Malik, em Bengaluru
CNN Brasil
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