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Últimas notícias da Rainha Elizabeth II: rainha morre aos 96 anos
A Rainha Elizabeth II morreu nesta quinta-feira, aos 96 anos
A Rainha Elizabeth II faleceu aos 96 anos nesta quinta-feira, 8, no castelo Balmoral, na Escócia. Elizabeth II foi a rainha mais longeva da história do Reino Unido, no cargo desde 1952, quando tinha 25 anos.
No início desta manhã, um comunicado oficial anunciou que a rainha estava “sob supervisão médica”, sem dar detalhes sobre a situação. A família foi convocada e a morte da rainha foi anunciada horas depois. Acompanhe abaixo as últimas notícias.
Morre a rainha Elizabeth II aos 96 anos
Após médicos demonstrarem preocupação com sua saúde, o governo britânico anunciou que a Rainha Elizabeth II, de 96 anos, faleceu nesta quinta-feira, 8 de setembro, no Castelo Balmoral, na Escócia.
A conta oficial da família real no Twitter afirmou que a rainha morreu “pacificamente” nesta tarde.
O novo rei é o príncipe Charles, de 73 anos, enquanto sua esposa, Camila, é agora rainha consorte. Os porta-vozes da família real informaram que o rei “passará a noite” em Balmoral e retornará a Londres, capital do Reino Unido, nesta sexta-feira, 9.
The Queen died peacefully at Balmoral this afternoon.
The King and The Queen Consort will remain at Balmoral this evening and will return to London tomorrow. pic.twitter.com/VfxpXro22W
— The Royal Family (@RoyalFamily) September 8, 2022
Filhos da rainha estão na Escócia
A família mais próxima da rainha Elizabeth II viajou à Escócia nas últimas horas e todos os filhos já estavam reunidos com a monarca nesta manhã no castelo Balmoral.
A rainha tem quatro filhos:
- Príncipe Charles (73 anos, o mais velho e herdeiro do trono);
- Princesa Anne (72 anos);
- Príncipe Andrew (62 anos);
- Príncipe Edward (58 anos).
Charles é o primeiro na linha de sucessão e se torna o novo rei (veja abaixo os detalhes).
“Devemos nos preparar para o pior”, disse correspondente da BBC
O editor da BBC Royal, Nicholas Witchell, havia dito mais cedo em programa da emissora que o país deveria “preparar-se para o pior”.
“Esperamos o melhor, mas acho que agora devemos nos preparar para o pior”, disse Witchell, que vestia uma gravata preta na ocasião.
Embora os detalhes tenham sido inicialmente vagos sobre o estado de saúde de Elizabeth II, a imprensa britânica que cobre a família real já apontava que o simples fato de o comunicado ter sido divulgado, além da viagem rápida dos filhos, é marcante e poderia sinalizar alguma gravidade – porque, no geral, o Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha, não se pronuncia com frequência sobre casos de saúde.
Harry e Meghan vão à Escócia
O príncipe Harry e a esposa, a atriz americana Meghan Markle, que vivem nos Estados Unidos, também anunciaram, ainda antes da morte da rainha ser confirmada ao público, que estão de viagem à Escócia.
Harry é filho de Charles e o sexto na linha de sucessão. O príncipe e Markle deixaram seu papel na família real em 2021 e se mudaram da Inglaterra para os EUA. A relação entre as partes é até hoje vista como controversa.
O príncipe William, irmão mais velho de Harry e segundo na linha de sucessão ao trono, também está em Balmoral ao lado da rainha, segundo as informações oficiais.
Nova primeira-ministra se pronuncia
A nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, publicou mensagem no Twitter nesta manhã afirmando que o país estava “profundamente preocupado” com as notícias. “Meus pensamentos – e os pensamentos das pessoas em todo o Reino Unido – estão com Sua Majestade a Rainha e sua família neste momento”, escreveu a premiê pela manhã.
The whole country will be deeply concerned by the news from Buckingham Palace this lunchtime.
My thoughts – and the thoughts of people across our United Kingdom – are with Her Majesty The Queen and her family at this time.
— Liz Truss (@trussliz) September 8, 2022
Truss foi a última pessoa a ser vista em público com a rainha, nesta semana. A nova premiê havia se encontrado com Elizabeth II quando venceu votação interna e se tornou a nova líder do Partido Conservador e primeira-ministra, substituindo o então premiê Boris Johnson.
Como de praxe no cerimonial britânico, Truss foi ao encontro da rainha e recebeu o pedido para formar um governo “em nome da monarca”, oficializando o início de sua gestão. Truss se encontrou com a rainha exatamente no castelo Balmoral, assim como Johnson, que teve de comunicar a Elizabeth II o fim de seu governo.
Quem assume se a rainha morrer
O filho mais velho da rainha Elizabeth II, o príncipe Charles, é o primeiro na linha de sucessão, e se tornará agora o novo rei.
Pelo protocolo, Charles vira rei no mesmo dia, embora a cerimônia de coroação possa ainda demorar meses. Na sexta-feira, 9, Charles também deve fazer seu primeiro discurso oficial como rei.
Linha de sucessão ao trono britânico
Depois de Charles, seus filhos (William e Harry) e netos são os próximos na linha de sucessão. O próximo irmão de Charles, o príncipe Andrew, é só o sétimo na linhagem:
- 1º – Príncipe Charles: É o primeiro por ser o filho mais velho (73 anos) da rainha Elizabeth II;
- 2º – Príncipe William: O segundo na linha de sucessão é o príncipe William, de 40 anos, primeiro filho de Charles com a princesa Diana e neto de Elizabeth II;
- 3º – Príncipe George: O terceiro na linha de sucessão é o primeiro filho de William, o príncipe George (9 anos), bisneto da rainha;
- 4º – Princesa Charlotte: A quarta é a segunda filha de William, princesa Charlotte (7 anos);
- 5º – Príncipe Louis: O quinto na linha de sucessão é o filho mais novo de William, príncipe Louis (4 anos);
- 6º – Príncipe Harry: Em sexto na linha de sucessão vem o segundo filho de Charles e irmão mais novo de William, o príncipe Harry (37 anos);
- 7º – Príncipe Andrew: Em sétimo, vem o terceiro filho da rainha Elizabeth II, príncipe Andrew (62 anos), e depois seus filhos;
- 14º – Príncipe Edward: O príncipe Edward (58 anos), filho mais novo da rainha, vem em 14º, seguido por seus filhos;
- 17º – Princesa Anne: E a princesa Anne (72 anos), segunda mais velha atrás de Charles, é a 17ª, seguida por seus filhos.
Anne é a última na linha de sucessão dentre os filhos da rainha (embora seja a segunda mais velha, só atrás de Charles) por uma lei antiga do reino que dava preferência a herdeiros homens, o que fez os príncipes Andrew e Edward passarem a sua frente.
Por essa lei, a rainha Elizabeth II só se tornou monarca porque não tinha irmãos homens (somente a princesa Margareth, mais nova). Mas a regra foi recentemente revogada e não se aplica mais às novas gerações. Assim, a princesa Charlotte (filha de William) está à frente de seu irmão mais novo, Louis.
Operação ‘London Bridge’
A monarquia e o governo britânico têm um plano para o dia da morte de todos os membros do alto escalão da família real, incluindo da rainha Elizabeth II.
Para o caso da rainha, o plano se chama “Operação London Bridge” e envolve o planejamento de departamentos governamentais, a mídia, países associados e até alterações no hino nacional.
O plano era que, quando a rainha falecesse, seu secretário particular transmitiria imediatamente uma mensagem ao primeiro-ministro da vez, com os dizeres “London Bridge is down” (“A ponte de Londres caiu”, em referência ao “codinome” usado para a rainha na operação).
Em questão de minutos, outros 15 governos fora do Reino Unido, onde a Rainha é chefe de Estado, seriam informados, e depois, a imprensa. Há também expectativa de que bolsa de valores, negócios e lojas em todo o país fecharão por respeito.
Mundo
Corte japonesa ordena que governo pague indenização por esterilizações forçadas
Cerca de 25 mil japoneses foram vítimas de lei que tinha objetivo de “prevenir aumento dos descendentes inferiores”
Numa decisão histórica, o Supremo Tribunal do Japão ordenou ao governo que pagasse indenizações às pessoas que foram esterilizadas à força ao abrigo de uma lei de eugenia agora extinta, decidindo que a prática era inconstitucional e violava os seus direitos.
A Lei de Proteção Eugênica, em vigor entre 1948 e 1996, permitiu às autoridades esterilizar à força pessoas com deficiência, incluindo aquelas com perturbações mentais, doenças hereditárias ou deformidades físicas e lepra. Também permitia abortos forçados se um dos pais tivesse essas condições.
A lei tinha como objetivo “prevenir o aumento dos descendentes inferiores do ponto de vista eugênico e também proteger a vida e a saúde da mãe”, segundo uma cópia da lei – que listava “notável desejo sexual anormal” e “notável inclinação clínica” entre as condições visadas.
Cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas sem consentimento durante esse período, de acordo com a decisão do tribunal, citando dados do ministério.
Embora o governo tenha oferecido compensar cada vítima em 3,2 milhões de ienes (cerca de US$ 19,8 mil) em 2019, ao abrigo de uma lei de assistência, as vítimas e os seus apoiadores argumentaram que isso estava longe de ser suficiente.
A decisão de quarta-feira (3) abordou cinco ações desse tipo, movidas por demandantes de todo o país em tribunais inferiores, que depois avançaram para a Suprema Corte.
Em quatro desses casos, os tribunais inferiores decidiram a favor dos demandantes – o que o Supremo Tribunal confirmou na quarta-feira, ordenando ao governo que pagasse 16,5 milhões de ienes (cerca de US$ 102 mil) aos atingidos e 2,2 milhões de ienes (US$13 mil) aos seus cônjuges.
No quinto caso, o tribunal de primeira instância decidiu contra os demandantes e rejeitou o caso, citando o prazo de prescrição de 20 anos. O Supremo Tribunal anulou esta decisão na quarta-feira, qualificando o estatuto de “inaceitável” e “extremamente contrário aos princípios de justiça e equidade”.
O caso agora é enviado de volta ao tribunal de primeira instância para determinar quanto o governo deve pagar.
“A intenção legislativa da antiga Lei de Proteção Eugênica não pode ser justificada à luz das condições sociais da época”, disse o juiz Saburo Tokura ao proferir a sentença, segundo a emissora pública NHK.
“A lei impõe um grave sacrifício sob a forma de perda da capacidade reprodutiva, o que é extremamente contrário ao espírito de respeito pela dignidade e personalidade individuais, e viola o artigo 13º da Constituição”, acrescentou – referindo-se ao direito de cada pessoa à vida, liberdade e a busca pela felicidade.
Após a decisão de quarta-feira, os manifestantes do fora do tribunal – homens e mulheres idosos, muitos em cadeiras de rodas – celebraram com os seus advogados e apoiadores, erguendo faixas onde se lia “vitória”.
Eles estão entre o total de 39 demandantes que entraram com ações judiciais nos últimos anos – seis deles morreram desde então, de acordo com a NHK, destacando a urgência desses casos à medida que as vítimas chegam aos seus anos finais.
Numa conferência de imprensa após a decisão do tribunal, o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressou o remorso e o pedido de desculpas do governo às vítimas, informou a NHK. O governo pagará prontamente a compensação e considerará outras medidas, como uma reunião entre os demandantes e o primeiro-ministro Fumio Kishida, disse ele.
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
versão original
Mundo
Polícia desmobiliza protesto pró-Palestina no parlamento australiano
Manifestantes carregavam faixa em que denunciavam Israel por crimes de guerra
Quatro manifestantes pró-Palestina foram levados sob custódia policial nesta quinta-feira (4) depois de escalarem o telhado do parlamento australiano em Canberra.
Os manifestantes, vestidos com roupas escuras, permaneceram no telhado do prédio por cerca de uma hora. Eles estenderam faixas pretas, incluindo uma que dizia “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, um refrão comum dos manifestantes pró-Palestina, e entoaram slogans.
Os manifestantes empacotaram suas faixas antes de serem levados pela polícia que os aguardava por volta das 11h30, horário local.
Mundo
Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder
País se prepara para entrar em uma nova era política com provável derrota do grupo há 14 anos no comando
Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em uma votação histórica para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais indicam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, vai perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.
A eleição é um referendo sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia.
Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.
Como funcionam as eleições?
O parlamento britânico tem 650 assentos. Para ter maioria, é preciso conseguir 326 assentos.
Após uma campanha de semanas, as urnas serão abertas às 7h, no horário local, desta quinta-feira (3h, horário de Brasília), e permanecerão abertas até às 22h.
Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área.
O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.
Se não houver maioria, eles precisam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.
O monarca tem um papel importante, embora simbólico. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.
A votação antecipada desta quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, mas a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.
O evento, contudo, provavelmente inaugurará um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.
Quem é Keir Starmer?
O rival de Rishi Sunak é o líder trabalhista Keir Starmer, que é amplamente favorito para se tornar o novo primeiro-ministro britânico.
Ex-advogado de direitos humanos muito respeitado que então atuou como o promotor mais sênior do Reino Unido, Starmer entrou na política tarde na vida.
Starmer se tornou um parlamentar trabalhista em 2015 e menos de cinco anos depois era o líder do partido, após uma passagem como secretário do Brexit no Gabinete Paralelo durante a saída prolongada do Reino Unido da União Europeia.
O britânico herdou um partido que se recuperava de sua pior derrota eleitoral em gerações, mas priorizou uma reformulação da cultura, se desculpando publicamente por um escândalo de antissemitismo de longa data que manchou a posição do grupo com o público.
Starmer tentou reivindicar o centro político do Reino Unido e é descrito por seus apoiadores como um líder sério e de princípios. Mas seus oponentes, tanto na esquerda de seu próprio partido quanto na direita do espectro político, dizem que ele não tem carisma e ideias, e o acusam de não ter conseguido estabelecer uma visão ambiciosa e ampla para a nação.
Quando saíram os resultados?
Após a abertura das urnas nesta quinta-feira (3), a mídia britânica estará proibida de discutir qualquer coisa que possa afetar a votação.
Mas no momento que a votação acabar, uma pesquisa de boca de urna será divulgada e definirá o curso da noite. A pesquisa, feita pela Ipsos para a BBC, ITV e Sky, projeta a distribuição de assentos do novo parlamento, e historicamente tem sido muito precisa.
Os resultados reais são contados ao longo da noite; o escopo do resultado da noite geralmente fica claro por volta das 3 da manhã, horário local (23h, horário de Brasília), e o novo primeiro-ministro geralmente assume o cargo ao meio-dia.
Mas as coisas podem demorar mais se o resultado for apertado ou se as vagas principais forem decididas na reta final.
De qualquer forma, a transferência de poder acontecerá no fim de semana, dando ao novo governo algumas semanas para trabalhar em legislações importantes antes do recesso parlamentar de verão.
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