Brasília
UBS orienta mães sobre técnicas de amamentação e cuidados com os bebês
Orientações sobre o uso seguro de chás durante a amamentação, técnicas de massagem e ordenha, prática de alongamento, uso do sling – pedaço de tecido utilizado para carregar bebês junto ao corpo de um adulto – como estratégia de vinculação cuidador-bebê e a manobra de Heimlich, técnica utilizada em casos de engasgamento, foram algumas das atividades oferecidas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Riacho Fundo II para as mães, nesta semana. A ação faz parte do Agosto Dourado, mês de conscientização sobre a importância do aleitamento materno no Brasil.
Juliane Paula Silva, 28 anos, moradora do Riacho Fundo II e mãe de três filhos, Christian Felipe, de 10 anos, Ana Luiza, 7 anos, e Isaac Heitor, de apenas 4 meses, aproveitou a oportunidade para tirar dúvidas sobre a amamentação de seu filho caçula. “As atividades foram muito informativas e a amamentação do meu terceiro filho está sendo mais fácil. Eu tive mais dificuldade com os meus outros filhos porque as informações não eram tão acessíveis, não tinha essa consultoria que estou tendo aqui na UBS”, conta.
“Buscamos as ferramentas que temos em nosso cotidiano que podem facilitar a vida da mãe que é trabalhadora. O sling, por exemplo, é um tecido mais barato e de fácil acesso que vai ajudar a mãe a carregar a criança com mais conforto e facilidade”,Bianca Freitas, assistente social da Gerência de Serviços de Atenção Primária (Gsap) 2 do Riacho Fundo II
A campanha Agosto Dourado deste ano traz debates para promover a garantia do direito da mãe trabalhadora de continuar amamentando. Na UBS 5 do Riacho Fundo II, a equipe deu algumas dicas para auxiliar mães e bebês nessa fase crucial da vida.
“Queremos trazer para essas mães o conhecimento de como elas podem guardar o leite e quais são os direitos relativos à mulher que trabalha e amamenta. Buscamos as ferramentas que temos em nosso cotidiano que podem facilitar a vida da mãe que é trabalhadora. O sling, por exemplo, é um tecido mais barato e de fácil acesso que vai ajudar a mãe a carregar a criança com mais conforto e facilidade”, explica a assistente social da Gerência de Serviços de Atenção Primária (Gsap) 2 do Riacho Fundo II, Bianca Freitas.
Vinculação cuidador-bebê
Além de proporcionar conforto, o sling fortalece o vínculo afetivo. A prática foi ensinada de forma voluntária pela especialista em carregadores de bebês, Maristela Holanda, que trabalha há 15 anos no ramo. O sling é uma faixa de amarração com mais de cinco metros que adapta o corpo do adulto ao corpo do bebê. “Viemos aqui fazer um serviço voluntário para que tanto as mães quanto os pais possam ter a oportunidade de saber como usar o carregador com segurança e a maneira correta de fazer a amarração”, ressalta.
A profissional lembra ainda que o tecido pode ser utilizado assim que a criança nasce e é utilizado até mesmo para sustentar o peso da barriga das gestantes. “É inspirado no método canguru para carregar os bebês prematuros, mas mesmo os que não são se beneficiam. Além disso, a mãe, por exemplo, pode ficar com as mãos livres para fazer outras atividades”, acrescenta.
Atividade física
Para combater o sedentarismo, foram ensinadas práticas de alongamento e uma dança adaptada com o sling. A fisioterapeuta Deborah Freitas revela que, no período de amamentação e cuidado dos filhos pequenos, boa parte das mulheres acaba abandonando a atividade física e adota um comportamento sedentário.
“Além de ter a sobrecarga de carregar o filho quase que o tempo todo, ainda há, às vezes, o receio de deixá-lo com alguém, pois o bebê é muito dependente. Então, elas param de fazer atividade física”, afirma Freitas.
A fisioterapeuta ressalta ainda que um dos objetivos dessas ações é resgatar a possibilidade de fazer atividade física mesmo tendo que ficar com o bebê no colo. “Um dos papéis do fisioterapeuta nesse contexto de aleitamento materno é ajudar com a postura para amamentar e observar se a ‘pegada’ está correta ou não. A gente entra melhorando a postura dessa mãe para que ela possa descobrir que amamentar é legal e não precisa ser dolorido”, completa a profissional.
Orientação
Izolda Pimentel, 33 anos, é mãe de três meninos. Atualmente, amamentando o terceiro filho, Jonas, de apenas dois meses, ela sofre com a mastite – inflamação mamária que pode ser causada pelo acúmulo de leite nas mamas ou por um bloqueio no ducto mamário (canal por onde o leite passa). Ela foi à UBS em busca de auxílio. “Eu tive esse problema de entupimento de ducto que não ocorreu com meus dois primeiros filhos e estou tendo muita dificuldade”, relata.
As mães que sofrem como Izolda podem buscar ajuda nas UBSs. A fonoaudióloga Ana Paula Abreu destaca que muitas mulheres buscam a unidade para esclarecimentos. “As mães chegam aqui com dúvidas, com seio rachado e mastite, por exemplo. Então, nós damos todo o auxílio que elas necessitam”, assegura.
No evento desta semana, as mães puderam ainda aprender mais sobre a técnica de massagem e ordenha. “A mastite pode ocorrer pela má extração do leite devido à falta dessa massagem e ordenha, por isso é tão importante que as mães saibam dessa manobra antes mesmo da amamentação. Nesse evento, ensinamos a fazer a massagem manual”, destaca a fonoaudióloga.
A UBS 5 do Riacho Fundo 2 distribuiu material informativo e frascos estéreis para coleta e doação de leite materno. Para mais informações sobre os Bancos de Leite Humano do DF, acesse o site do Amamenta Brasília.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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